segunda-feira, 13 de maio de 2019

"Into The Badlands - Seven Strike as One": Review.

É difícil de escrever isto mas este foi o fim de "Into The Badlands". Trinta e dois episódios depois, a história de Sunny (Daniel Wu), The Widow (Emily Beecham), Bajie (Nick Frost) e muitos mais terminou e a todos os envolvidos nesta produção, que foi gravada maioritariamente (2 temporadas) na bela Irlanda, apenas posso dizer "Muito Obrigada".
Devo dizer que no início não era muito adepta de artes marciais pois sempre as associei a Bruce Lee (sei que até blasfêmia dizer isto mas os gritos que ele dava antes de aplicar cada golpe sempre me enervava) e a Jackie Chan. Adoro este último e o realismo que ele transmite em todos os seus filmes, já que ele faz a grande maioria se não todos os seus stuns, mas ele é muito engraçado (pelo menos para mim).
Falando no Jackie Chan, para mim o Daniel Wu é um Jackie Chan mais novo e sério e se não acreditam em mim vão lá ver a luta que ele tem contra um esquadrão da Black Lotus no armazém do River King. Quando ele usa as escadas faz lembrar muito Jackie Chan.
Mas agora que esta bela série (todos os aspectos, desde a coreografia até ao guarda-roupa, me prenderam até ao fim) terminou e ainda não sabemos o que virá de seguida (a luta para salvar ITB e todos podemos fazer a nossa parte, por mais pequena que esta pareça. Vão até as redes sociais e usem em força as hastags: #IntotheBadlands, #SavetheBadlands e para os Emmys juntem #Emmy4Badlands), vale a pena olhar profundamente para o último episódio.
O último episódio começa com um call back a uma personagem que deveria ter voltado mas ouvi dizer que o actor está a gravar o novo filme da saga "Avatar". Nesta cena vemos também a nova relação que a Minerva e o Sunny criaram. É que eles nos últimos episódios desta história deixaram de ser inimigos mortais para ficarem unidos e tudo graças ao fofinho do Henry.
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A Minerva e o Sunny entram no armeiro. Este era nada mais nada menos que uma tenda repleta de espadas, lanças e todo o material bélico que conseguiram esconder na aldeia dos refugiados antes do ataque ao Santuário.
- Quero mostrar-te uma coisa! - A Minerva estava bastante animada mas ele só via uma caixa de madeira. O que uma simples caixa de madeira podia ter de tão importante?
- O que isto é? - A ruiva sorri. Ela adorava fazer surpresas e muito mais quando falamos daquele tipo de "brinquedos".
- Abre e verás! - O Sunny abre a caixa. Lá dentro estava uma bela espada mas aquela não era uma espada qualquer. Aquela era a espada do...
- Waldo. Isto era do Waldo!
- Ele deixou isso na minha casa antes de desaparecer. Não sei se esqueceu-se ou foi um último presente mas acho que ele ficaria feliz se tu a tivesses. É como se ele ainda estivesse aqui connosco. Gostava que ele estivesse aqui. O que achas que ele diria se nos visse nesta situação, prontos a defrontar um homem que acha que é Deus e que tem um exército de "pequenos demônios"?
- Primeiramente nos chamaria de doidos e depois ia inventar um plano de mestre para conseguirmos levar a nossa avante. Era o que ele faria se estivesse aqui connosco mas talvez seja mesmo melhor assim. É que caso não consigamos parar o Peregrino e caso ainda ele esteja neste mundo, tenho a certeza que ele vai fazer a "vida negra" ao meu "irmão perdido de Azra". - A Minerva relembra as conversas que teve com o Waldo. Ele podia ter um humor corrosivo (costumava chama-la de "Lady Butterfly" e à Tilda Sininho) mas era um sobrevivente nato e uma espécie de pai para ela...para eles.
- Tens razão mas gostaria de saber o que lhe aconteceu...mas que esteja bem onde estiver. Sei que ele estará vivo algures e que nos abençoaria nesta nossa guerra. Pode não estar ao nosso lado fisicamente mas a sua espada está contigo. - O Sunny guarda a espada na ilharga.
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Infelizmente não vimos o Waldo de volta neste último episódio mas caso esta produção seja salva esta era uma das personagens que eu gostaria que voltasse. As outras são a Jade e o Noos (o líder da cidade fora da muralha onde o Bajie e o Sunny roubaram um carro).
"Seven Strike as One" dá nos uma batalha épica, a maior luta de kung fu jamais vista em televisão mas como em todas as grandes batalhas existe sempre uma preparação e vemos os líderes de ambas as facções a darem os seus discursos.
No início desta temporada admito que até gostava do Peregrino e dos seus discursos inspiracionais mas desde que ele roubou o Gift do Henry começou a ficar louco mas não como o Quinn. O Quinn era um vilão que metia medo enquanto o Peregrino era uma espécie de Thanos mas menos grandioso e que vai ver o seu sonho, a sua Azra, ser novamente destruída. Só que desta vez a Black Lotus vai contar com a ajuda de "sete samurais". Um grupo de vingadores que se uniu para salvar as Badlands e assim garantir um futuro para o pequeno Henry e para o filho ou filha que a Minerva carrega no ventre.
A história foi muito apressada e alguns momentos que mereciam ter sido contados de uma forma mais explicita. Para mim merecíamos ter sabido mais sobre o Gift, Azra, os baronatos e o mundo exterior, o mundo antigo...há tanta coisa que não continuar esta história é quase criminoso. As Badlands precisam de viver de alguma forma, não importa qual!
Mas para viver é preciso lutar e o grupo do Sunny reuniu-se para uma última reunião antes de atacarem o Museu do Peregrino. Nesta reunião marcaram o ataque para o dia seguinte. Aqui pudemos ver o Sunny a finalmente assumir o seu papel de líder. Ele aqui é o Tony Stark desta equipa de Vingadores e tal como em "EndGame", o protagonista acaba por morrer (só que um está bem morto enquanto outro está numa espécie de purgatório. Está junto da Mestre para se preparar para um novo desafio. Agora basta saber quanto tempo teremos que esperar para o ver de volta) por um bem maior.
Este bem maior é a salvação das Badlands. É que só com a morte do Peregrino e dos seus sinistros é que o seu filho poderá crescer em paz.
O último momento de paz do Sunny foi ao lado do Henry. Ele segurou o filho pela última vez e prometeu voltar para ele quando tudo acaba-se. Infelizmente sabemos que isto não vai acontecer.
O final deixou uma "porta aberta" para esta história continuar mas gostaria que o final fosse o Sunny a ir embora com o filho ou ele numa casinha com o Henry e com a "pequena Minerva". Acredito que numa próxima temporada veríamos muito mais destas crianças. Estas, ao lado dos respectivos pais, seriam o futuro deste show. E é sobre o futuro que a Minerva e o Sunny acabam por falar na cabana da curandeira.
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- Nunca te arrependeste?... - O Sunny nem a tinha visto entrar. Custava-lhe tanto se despedir, mais uma vez, do filho que nem reparou que estava a ser observado de perto há um bom par de minutos.
- Do quê? É que os arrependimentos são tantos que tens que ser mais específica. - A Minerva, que ainda estava na ombreira da porta, entra para o interior da cabana.
- Nunca te arrependeste de ter um filho, de o trazer para um mundo cão como este?...
- O Henry é a única coisa da qual não me arrependo.
- Ele mudou-te muito, não foi?
- Eu antes era um clipper, um simples assassino...agora sou pai. Se antes o meu trabalho era matar pessoas, agora o meu trabalho é protege-lo custe o que custar. Por ele dou tudo, até a minha própria vida!
- Mas não tens medo? Não tens medo de o deixar? Sabemos muito bem que nas Badlands a morte pode ser encontrada na ponta da lâmina de qualquer um. Achas mesmo que este é o lugar ideal para educar uma criança?!
- Não é o local ideal, tens razão, mas esta é a nossa terra e a minha obrigação como pai é lutar para que ele tenha um futuro melhor do que o meu...É óbvio que morro de medo de poder nunca mais ver o meu filho mas esse medo não me enfraquece. O medo é o que me ajuda a voltar para ele e será por ele que irei lutar amanhã. - Mas a grande luta só seria no dia seguinte. Naquela noite deveriam descansar e se despedir daqueles que amam pois nem todos voltariam. -...Sei que estás numa situação complicada mas se quiseres um conselho de pai, não desistas. - Ela tinha ido até à curandeira para que ela lhe desse algo para abortar. Não estava segura se conseguiria novamente ser mãe. Não depois da perda dramática do Percival mas ver o laço único que o Sunny tinha com o filho e aquela conversa estava a ter um efeito único nela -...O teu filho merece abrir os olhos e ver um mundo melhor. Mas para tal temos que vencer o Peregrino. Só assim poderemos garantir que ele, o Henry e todos aqueles que estão lá fora possam ser felizes. Pensa nisso!
O Sunny sai pois ainda era preciso fazer muita coisa e o tempo era escasso. É que a cada minuto que passava o Peregrino ficava mais forte e a possibilidade deles vencerem.
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O dia da grande batalha nasceu e todos os heróis tinham escolhido quais eram as armas que iam usar (o Bajie escolheu matracas mas acho que ele fica melhor com o polvo) para a guerra. Mas não iam sozinhos.
Quando olham para a planície (a imagem dos sete no topo do penhasco ajuda ainda mais na construção de um momento épico) podemos ver um exército com mais de 100 membros da Black Lotus. Estes vão, com o Sunny, Bajie, Kannin e Moon atacar o Museu do Peregrino. O resto tinha como missão explodir com a Câmara do Meridiano e garantir que mais ninguém poderia lá adquirir o Dark Chi.
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- É aqui que nos separamos. Nós temos que nos fazer ao rio o mais rapidamente possível.
- Mas eu também quero lutar contra o Peregrino, não quero fugir! - Ela nunca tinha fugido de nenhuma luta e era verdade que tinha levantado a ideia de fugir para os territórios exteriores mas agora estava disposta a tudo para garantir o futuro das Badlands e do seu filho por nascer.
- Vocês não vão fugir mas sim lutar pelo futuro. A verdade é que não sabemos se vamos conseguir vencer o Peregrino e caso não consigamos pelo menos temos que garantir que a câmara do meridiano é destruída de uma vez por todas. Completem o trabalho que comecei. Nós temos que garantir que ele não consegue "fabricar" mais nenhum sinistro.
- Não te preocupes. A gente vai rebentar com aquele sítio.
- Eu sei que sim, Tilda. Minerva, quero pedir-te um último favor. Aliás, quero pedir aos dois. - Olha para a Minerva e o Gaius. Já todos sabiam que eles eram um casal e na realidade eles eram a última esperança de o amor triunfar num mundo feito de mortes e de sangue. A história do Sunny com a Minerva não havia começado muito bem mas olhando para eles relembra-se da sua relação com a Veil e do amor profundo que sentiam um pelo outro. Ela era o mundo dele e via-se nos olhos do Gaius que a Minerva tinha a mesma importância para o Chau e o que antigo clipper do Quinn mais queria é que o seu filho pudesse crescer numa casa repleta de amor -...caso eu não volte...- Custava-lhe acabar aquela frase mas havia essa possibilidade e era bem real e não podia partir sem garantir o futuro do seu filho -...prometam que cuidam do Henry. Eu tenho que saber que ele vai crescer protegido e numa casa onde a mãe e o pai o amam. - Todos ficam admirados com o pedido do Sunny. A parentalidade tinha mesmo o mudado. Ele podia ser um assasino inaplicável mas também era pai e preocupava-se com o filho e tinha que saber que ele ficava em boas mãos e a Minerva já tinha demonstrado ser de confiança e a verdade é que se tinha afectuado bastante ao menino. Ela não sabia o que dizer. Tinha os olhos repletos de lágrimas e só conseguia fazer que sim com a cabeça. O Gaius olha longamente nos olhos da namorada. Ele estava mais do que preparado e ansioso para ser pai e agora estava a ser lhe dada a oportunidade de criar duas crianças.
- Eu prometo. - Coloca a mão no ombro da ruiva. Ele também estava emocionado mas estava mais do que pronto para criar uma família ao lado do seu amor de sempre e cuidar da Tilda, do Henry e do filho que estava para nascer. -...Iremos proteger o Henry com as nossas próprias vidas, como se fosse um filho. - Aquele era um momento emocionante mas a verdade é que não tinham tempo para aquilo. O Bajie interrompe o momento pois estavam quase a chorar e o Peregrino não irei ser de lágrima tão fácil.
- Peço desculpa por estar a interromper este momento tão belo mas infelizmente temos que ir andando. É agora pessoal! - Os dois grupos separam-se mas a Minerva olha uma última vez para trás. Ela precisava de se despedir do seu antigo regente (Moon), o seu mais recente amigo (Sunny) e o seu professor (Bajie).
- Boa sorte! - Grita a Minerva.

O grupo do Sunny, Kannin, Moon e Bajie (que foi pirata mas não gosta muito de água) faz-se ao rio nos belíssimos barcos vermelhos da Black Lotus que tanto tem inspirações nórdicas como japonesas.
Já em terra temos a Minerva, o Gaius e a Tilda. Eles fazem o caminho até à câmara do meridiano para não chamarem à atenção de nenhum membro do culto do Peregrino que possa estar na redondezas. A Tilda ia à frente, deixando o casalzinho um pouco sozinhos.
- Estás diferente. Ainda ontem querias fugir e hoje já estavas pronta para saltar para a frente do Peregrino. O que aconteceu?
- Nada de especial. Apenas tive uma pequena conversa com o Sunny onde ele me fez compreender que agora, mais do que nunca, temos que lutar pelo futuro das Badlands. O amanhã tem que existir para o Henry e para... - O Gaius pára. Ela tinha lhe dito que não conseguia trazer aquela criança a um mundo tão violento como aquele mas aquele sorrisinho no canto da boca demonstrava que havia a possibilidade de ter mudado de ideias.
-...e do nosso filho. - Ele estava esperançoso e ansioso para ser pai. Sempre achou que o apelido Chau seria uma maldição para o seu filho mas agora só pensava em ver como seria o seu rosto. -...o Sunny conseguiu convencer-te a ter o nosso filho?!...- A Minerva também pára a sua marcha e sorri. Ela tinha que lhe dar a novidade e aquele podia ser o último momento de felicidade deles. Não sabia se conseguiriam voltar a câmara do meridiano mas caso conseguissem ela estava pronta a dar uma nova oportunidade ao amor e criar um lar para o seu filho.
- Caso sobrevivamos ao dia de hoje e consigamos livrar as Badlands da loucura do Peregrino. Vamos ter muito trabalho para fazer e sem barões vamos finalmente conseguir implementar uma democracia. O que sempre quisemos. - Para além de serem incrivelmente apaixonados um pelo outro os sentimentos de igualdade e a luta por um mundo melhor foi sempre algo que os juntou, desde muito pequenos. -...e no meio espero que tenhamos tempo para ensinar o nosso filho a ser uma pessoa melhor e a não cometer os mesmos erros que nós. - Ali estava a confirmação. Eles iam ser mesmo pais! O Gaius sorri embevecido.
- É o que mais quero. Poder estar junto de vocês é o sonho da minha vida. - Abraçam-se. Amar e morrer. Por ela sempre esteve disposto a morrer e a matar mas o que mais queria era vencer aquela guerra e nunca mais a soltar dos seus braços. Já a tinha perdido uma vez pois não tinha sido capaz de a defender mas agora as coisas tinham mudado. Já não era um rapazinho com medo do pai. Agora era um homem que ia ser pai e pelo seu filho e pela sua mulher era capaz de enfrentar qualquer obstáculo. Aproximam as cabeças um do outro de uma forma carinhosa e a Minerva coloca a mão direita do Gaius perto do seu ventre.
- Preparado? - Sorri e ele sorri para ele. Eles estavam prontos.
- Preparado. - Beijam-se. O passado ia ficar para trás e apenas iam-se focar no futuro, num futuro onde a família dele já não os ia incomodar e onde poderiam ser finalmente feliz. Mas para poderem ter o seu final feliz tinham que conseguir derrotar o Peregrino.
- Mãe! - Desfazem o beijo. A Tilda tinha visto algo e pela sua cara parecia não ser bom. A Minerva e o Gaius adiantam o passo para chegarem perto da jovem borboleta que estava parada horrorizada a olhar para um acampamento completamente destruído. -...Os homens do Peregrino estiveram aqui. A Minerva caminha por entre corpos decepados de homens, mulheres e crianças.
- Ele já nem dá tempo para que ninguém se "converta". Todos os que não tenham o dark chi vão morrer caso não o consigamos parar. - Havia pelo menos um homem crucificado mas a Minerva não conseguia parar de olhar para uma mulher que tinha morrido com o filho nos braços. Falavam em lutar por um futuro melhor mas aquela criança não iria ter nenhum futuro e a verdade é que aquela mulher morta podia muito bem ser ela caso não consiga derrotar o Peregrino. Todos eles vão estar marcados para morrer caso o Sunny não consiga destruir o seu "irmão de Azra". Ela não podia deixar que mais nenhuma mãe ou criança morresse por causa daquele lunático.
- Eu vou matar aquele filho da mãe! - A Minerva desembainha a espada da ilharga. A Mestre havia lhe dito que o seu pior problema era deixar-se levar pelas emoções mas a verdade é que não conseguia ficar indiferente ao ver aquela chacina. Tinha que vingar aquela gente e para tal estava disposta a tudo. Ela podia morrer mas não era capaz de colocar a Tilda novamente em perigo. -...mas tu podias ir embora. - A Tilda não passava de uma miúda e ela sabia bem que o encontro com a Odessa no campo de refugiados tinha mexido com ela.
- Mas eu não quero!
- Tu mereces ser feliz e estar a salvo. O Sunny tem razão quando disse que podemos falhar mas caso falhemos peço-te que protejas as pessoas da aldeia dos refugiados e as leves para um local seguro. Viste o que eles estão a fazer a quem não tem o dark chi, eu não posso deixar que mais ninguém morra e sei que és a pessoa ideal para os proteger. Treinei-te para que um dia me sucedesses, para que fosses uma boa Barão e enquanto foste o Coelho de Ferro mostras-te mais do que apta para o papel. Por favor, parte enquanto tens tempo.
-...Eu não quero ir. Eu não te quero abandonar, mãe. - A Minerva sorri e a Tilda tinha os olhos marejados de lágrimas. Tinham sido sempre as duas contra o mundo e iriam ser assim até ao fim.
- Tu ainda tens a oportunidade de ser feliz. Volta para a aldeia dos refugiados e diz-lhe o quanto a amas. Eu sei que a amas e acredita que ficarei bem por saber que estás com ela. Sei que tivemos os nossos problemas no passado e que te criei para seres mais...fria...mas a verdade é que ninguém pode viver sozinho. - Olha para o Gaius. Ele a tinha mudado muito. -...ninguém consegue viver sem amor.
- Ela já tem outra.
- Pode ter mas não perdes nada em voltar para trás e abrires o teu coração. O amor é das coisas mais importantes da nossa vida. Muito mais importante que qualquer título ou poder que possas ter. - E ela sabia muito bem do que falava. Agora que os Barões tinham acabado, o mundo dela centrava-se neles.
- Tu és a minha família. É verdade que ainda amo a Odessa mas tu és a minha mãe e eu não te vou abandonar. - Olha para a mãe e para o Gaius -...nós começamos esta história juntos e vamos acaba-la juntos! - A Minerva estava a ficar emocionada com aquelas palavras da sua filha. Malditas hormonas de grávida! O Gaius sorri. Adorava a cada dia que passava aquelas mulheres.
- Vamos faze-lo em família. - O Gaius também desembainha a sua espada e os três vão para a câmara do meridiano.
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A segunda parte deste episódio está focada na batalha contra o Peregrino e, tal como os actores várias vezes avisaram, esta é uma das melhores cenas de luta que alguma vez vi em televisão. Nesta cena os actores lutam por todo o set e pela primeira vez vemos os sete heróis a lutarem lado-a-lado ao mesmo tempo.
Tenho que começar por dizer que era uma das pessoas que queria que o Moon tivesse a sua vingança mas a Cressida conseguiu fugir no seu pequeno barquinho a motor. O Moon apenas gritou a palavra "Fuck" mas a vingança ficou incompleta e caso houvesse uma quarta temporada ou spin-off acredito que estes dois se voltariam a encontrar.
O grupo da Minerva atacou os homens que estavam à entrada da câmara do meridiano mas nesta cena gostaria que a Tilda atira-se por uma última vez as suas borboletas ninja. O Gaius, que é um homem grande, quando agarra num saco, tipo os que usamos para ginástica, com explosivos faz uma careta como se tivesse pesado mas a Tilda não se queixa. Está aqui mais uma prova que as mulheres são mais fortes que os homens :)
No Museu do Peregrino tivemos o grupo do Sunny a "varrer o chão" com os homens do novo líder de Azra. Deles apenas sobreviveu 1, o rapaz louro. Este rapaz nos episódios anteriores foi várias vezes focado e o grande "gancho" deste episódio é protagonizado por ele. Será que numa quarta temporada o veríamos num papel de protagonismo?
Começou como um dos protagonistas destas história, ao lado do Sunny, mas nesta terceira temporada vimos o MK "abraçar" o seu lado negro e a verdade é que acabou como a personagem mais odiada desta produção. Em outras reviews disse que não conseguia ver grande salvação para o "magic kid" (ainda pensei que poderia ser o Percival, o filho perdido da Viúva) e o último episódio de "Into the Badlands" deu-nos a morte do adolescente que apenas queria encontrar a mãe e voltar para Azra.
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A Tilda e o Gaius acabam de armadilhar a câmara do meridiano. Eles tinham colocado uma quantidade tão grande de C4 naquele lugar que a explosão iria provocar uma enorme cratera.
- Já está tudo.
- Então agarra no controlo remoto e vamos embora antes que apareça alguém. - Tarde demais. Eles não estavam sozinhos.
- Aqui ninguém vai a lado nenhum! - O MK aparece no topo das escadas. O Peregrino tinha-o mandado até lá para proteger a câmara do meridiano mas quando encontrou os dois seguranças mortos reparou que algo de muito grave se estava a passar.
- Sai nos da frente, MK! - A Tilda mostra o controlo remoto. Bastava carregar num botão e iriam todos pelos ares. -...vamos rebentar com tudo isto quer queiras quer não e se for preciso eu faço detonar os explosivos com nós os 4 aqui dentro. Eu estou pronta para morrer.
- Tu até podes estar Tilda mas será que ela está?... - Olha para a Minerva. A Tilda e o Gaius agrupam-se ao seu lado. Eles estavam prontos para lutar.
- Eu não posso deixar que mais nenhum inocente morra.
- E para tal eles estão dispostos a abdicar da vida deles. Até ai eu já entendi mas e tu? Tu sabes perfeitamente que o Peregrino é capaz de devolver-te o teu gift. Não foi isso que sempre quiseste?... - Até ai ele tinha toda a razão. Ela sempre pensou que precisava do gift para controlar mas a Mestre a tinha feito compreender no monstro que se teria tornado se tivesse os seus poderes de volta.
- Tens razão. - O Gaius e a Tilda olham para ela espantados. Será que ela os ia trair e aliar-se ao MK e ao Peregrino. -...eu sempre quis os meus poderes de volta pois achava que com mais poderes podia ajudar a mudar o mundo e proteger os mais fracos mas agora sei que não seria assim. O gift desperta em nós os piores instintos humanos...
- Nós somos deuses!
- Não, não somos deuses. Eu...tu...todos nós não passamos de simples humanos. Compreende, MK.
- Desiste miúdo!
- Desistam vocês. Ninguém é capaz de parar o Peregrino. Tens a certeza que não queres aceitar a nossa proposta, Viúva? Ao nosso lado podias finalmente cumprir o teu sonho de dominar o mundo.
- Eu não quero dominar o mundo mas sim o muda-lo. De vocês eu não quero nada! - O MK encolhe os braços.
- Muito bem, tu e o teu filho é que ficam a perder. - A Tilda olha admirada para a mãe. Mas que conversa era aquela do MK? Mas de que filho é que ele estaria a falar. -...Ela não te disse nada? A Cressida a nós disse, ela nos diz tudo. - O MK desembainha as suas espadas. -...esta é a tua última oportunidade de escolha. Continuas com esta guerra ou poupas a vida do teu filho. É fácil como isto. - Não havia volta a dar. Algum deles, ou mesmo todos, não iria sair daquele subterrâneo vivo.
- Desculpa filha. Eu ia contar-te mas achei que não era o momento certo. Agora entendes o porquê de eu querer que voltasses atrás? Eu tinha que saber que pelo menos era capaz de proteger um dos meus filhos. - A Tilda queria estar chateada com ela por não lhe ter contado a verdade mas não era capaz. Ela ia ser irmã e ia proteger aquele bebé custe o que custasse.
A jovem borboleta sorri para a mãe. Elas mais tarde falariam. Aquele era o momento de salvarem o mundo mas para tal tinham que ultrapassar o MK. Eram três bons lutadores contra alguém com o Gift. Para o vencerem tinham que trabalhar em equipa e foi isso que fizeram. Só que os ataques concentrados da família da Minerva nenhum efeito de maior tinham no MK.
Ele já não era o rapazinho indefeso e com medo que elas tinham conhecido no princípio. Ele agora era um homem forte e atlético. O treino que tinha recebido do Sunny tinha o feito quase impossível de derrotar. Ele agora era um perigoso assassino que não tinha pena por ninguém...quer dizer, isso não era bem assim. Ele teve a oportunidade de colocar a ponta da sua espada na garganta da Tilda mas em vez de a matar apenas lhe deu uma pancada que a colocou a dormir.
Ao verem a Tilda caída, o Gaius e a Minerva atacam ao mesmo tempo. Ela salta por cima do Gaius mas o MK aterra em cima da pedra basilar da câmara do meridiano. O antigo colt do MK volta a atacar e acerta no Barão dos Chau, que vai parar na outra ponta da sala. O Gaius desmaia. Tanto a sua filha como o pai do seu filho por nascer estavam caidos no chão como se estivessem mortos.
Ela estava sozinha contra o MK e ele estava decidido em fazer cumprir aquilo que tinha vaticinado da última vez que se tinham visto no Santuário da Minerva. Ele disse que tinha tido uma visão dela deitada no meio do chão, morta. Ele ia faze-la pagar por tudo e com um grande murro atira-a contra a pedra do meridiano. Ela cai e cospe sangue. O sangue já estava coberto com o sangue dela. Será que aquele era o fim da história da "miúda" com o Gift?
O MK ia na direção da ruiva para dar o golpe fatal. Ela levanta-se. Até podia morrer mas morreria como as árvores, de pé. A Tilda é que não tem a mesma opinião e coloca-se em frente da mãe para a salvar da lâmina da sua antiga paixão.
A borboleta acaba por ser atingida no estômago. Assim que percebe o que fez, o "filho" do larga as suas armas. Ele podia ter dito uma vez ao Sunny que as única pessoas quais se preocupava estavam no lado do Peregrino mas não era bem assim. Ele ainda se preocupava com a Tilda mas tinha acabado de atingir mortalmente.
A jovem estava a morrer nos braços da sua mãe, que estava completamente devastada pela dor. Já tinha perdido o Percival, não conseguia perder a sua Tilda.
- Não Tilda, não...não me deixes filha...eu não posso ficar sem ti...- As lágrimas rolavam pela cara da Viúva. Nunca ninguém a tinha visto chorar. Pelo menos não em público. Ela sempre fora uma pedra de gelo mas a verdade é que tinha mudado muito. Podia já não ser a mesma mulher mas o amor por aquela menina sempre fora imenso. Desde o primeiro dia que a viu que criou com ela um laço muito poderoso e não estava disposto a quebra-lo. -...Não, isto não pode acabar assim...- A Tilda estava muito fraca. A facada tinha sido no estômago e estava a perder muito sangue. Se não fosse atendida o mais rápido possível não iria sobreviver. A Minerva estava com os olhos postos no sangue que saia do corpo da filha. -...eu vou vingar-te. Eu prometo, Tilda. - A Minerva estava de olhos fechados. Não conseguia parar de chorar. -...Miúdo, vais arrepender-te disto. Vais sentir a minha dor!
A ruiva abre de repente os olhos mas estes já não tinham a sua habitual coloração clara. Os seus olhos verdes estavam pretos. A Minerva levanta-se. O corpo da Tilda cai no chão. O MK dá um dá um passo atrás. Tinha ouvido as histórias do Bajie sobre a pequena Flea mas nunca a tinha visto com o Dark Chi e ali estava ela toldada pela dor e pronta para o esmagar como se fosse um parasita.
A Minerva estica a mão e consegue agarrar o MK sem se aproximar dele. É que o poder dela fazia com que fosse capaz de mover objectos sem agarrar nele. A ruiva tinha as suas mãos no pescoço do rapaz. Parecia que o queria estrangular até à morte mas o atira para o chão e volta a olhar para a filha. O Gaius já estava ao pé dela e estava a tentar estancar o sangue.
A ruiva volta a focar-se no MK e novamente usando a força atira-o contra a pedra basilar da câmara do meridiano. Ele não se conseguia mexer. Era como se algo o estivesse a prender. A Minerva aplica o golpe final com a adaga que era do pai do Gaius.
- NO MERCY! - Aquele era o fim do MK. Ele tinha desistido de viver. Com o choque de tudo o que tinha acabado de fazer, a Minerva cai de joelhos no chão. A sua filha e o MK tinham acabado de morrer e ela detinha novamente o dark chi.
Se há uns tempos atrás ficaria encantada por voltar a ter o poder negro a pulsar nas suas veias. Mas isso era antes. Ela só conseguia ver a lâmina do MK a trespassar o corpo da filha.
- Minerva...MINERVA! - A ruiva "acorda" do transe em que estava. -...Ela está fraca mas ainda tem pulso. Se a quisermos salvar temos que a levar imediatamente à curandeira. Entendes? -Ele apanha na Tilda e sai com ela dali. Na entrada reparou que havia uma carrinha.
Depois de colocar a Tilda na parte de trás da carrinha de caixa aberta volta ao subterrâneo para buscar a Minerva mas a sua namorada estava a falar sozinha para o corpo já sem vida do MK.
- Lamento por tudo MK. A sério. - Coloca a bússola de Azra na mão. -...Espero que finalmente possas encontrar Azra e a tua mãe.
- Não temos mais tempo, Minerva. Temos que sair com a Tilda já daqui. - A antiga baronesa fecha os olhos do rapaz e os dois saiem a correr dali.
Já instalados na carrinha, a Minerva ia atrás com a filha, o Gaius arranca a toda a velocidade. Todos os momentos contavam para salvar a vida da Tilda. A jovem ainda respirava mas muito a custo. A verdade é que a cada inspiração perdia força e a mãe temia que não conseguissem chegar a tempo à aldeia dos refugiados para salvarem a vida da rapariga.
A vida da Tilda estava em perigo mas eles tinham cumprido a parte deles do plano. A câmara do meridiano tinha explodido com o MK lá dentro. A explosão tinha sido de tal forma poderosa que o Moon tinha conseguido ver tudo através da ilha do Peregrino.
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Sobre a última cena, pelo menos de acção do episódio, a Kannin tinha razão. Para o Peregrino morrer o Sunny também tinha que deixar este mundo. Todos pensávamos que o gift apareceria aqui mas tal não aconteceu. A morte do Peregrino aconteceu numa luta normal e os poderes do Sunny só se manifestaram quando este estava a morrer. Os seus olhos ganharam uma cor amarelada, mais ou menos como os da Mestre.
E é a ela que se vai juntar no além. O protagonista desta série na realidade não morreu mas está sim a preparar-se para um novo e muito mais perigoso perigo...as armas! (pelo menos deveria ser já que o grande final é o último "recruta" do Peregrino a disparar uma arma.

Sobre este final, que acabou com um "gancho" gigantesco!, não gostei mas compreendo. Não gostei como é (pelo menos por agora) o fim e como tal gostaria de ver cada um dos membros do grupo seguir com a sua vida mas a verdade é que também consigo compreender esta escolha. Esta é a "porta" que os autores deixaram aberta para que alguém adquira esta série para uma 4 temporada ou decida avançar para uma nova história (tema que vou falar num próximo artigo sobre "Into the Badlands").

Para terminar esta review/fanfic, queria reforçar que este não será o fim do acompanhamento de "Into the Badlands" e da sua equipa neste blogue. Como ficou muito para contar e como adoro escrever, irei continuar a escrever estas pequenas histórias a partir do momento em que a série nos deixou.
Espero que gostem :)

#SaveTheBadlands!

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De: AR.

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Vox inclui Portugal no mapa de Espanha.

O Vox, partido de extrema-direita liderado por Santiago Abascal, marcou para o próximo dia 12 de Janeiro uma manifestação de cariz nacional...