Este último episódio de "Into the Badlands" é certamente um dos melhores de sempre e algumas das grandes perguntas da série já foram respondidas mas a verdade é que ainda existem infinitas possibilidades para esta história e é uma pena que estejamos a 3 episódios do fim (maldita AMC!).
"Into the Badlands" pode estar a chegar ao fim mas a excitação dos espectadores (pode não haver 17.5 milhões de espectadores, como aconteceu no primeiro episódio "Game of Thrones, mas os Badlanders, como se auto-apelidam os fãs de Sunny e da Viúva, são fiéis e estão a fazer uma campanha para tentarem que esta produção "sobreviva" num outro canal ou sob uma outra forma) continua e este episódio começa logo a responder a uma das maiores perguntas: quem é a irmã de Sunny?
Depois de ser capturado pelo Black Lotus e levado para a sua fortaleza, Sunny finalmente conhece a sua irmã mais velha, Kannin. Desde que se soube que Sunny tinha uma irmã que se especulava quem seria esta personagem, que tinha sido capaz de trancar o Gift do lutador mais poderoso das Badlands e é a única que é capaz de o destrancar. Primeiro falou-se que poderia ser a Viúva mas para além de ser claramente caucasiana (a actriz que desempenha este papel, Emily Beecham, é filha de mãe americana e pai inglês) é mais nova que Daniel Wu (Wu tem 45 e Beecham 34 anos); depois levantou-se a possibilidade de ser a Mestre (que morreu) neste episódio mas a verdade é que não é nenhuma delas.
Eugenia Yuan, que é filha da lenda do kung fu Cheng Pei-pei (também conhecida como a "rainha das espadas), é Kannin, irmã de Sunny e membro da Black Lotus. Sunny não se lembra desta irmã, aliás, acha que ela está morta, pelo menos foi o que a Ankara lhe disse, mas ela vai ter um grande papel nestes últimos 3 episódios e é graças a ela que podemos ver aquela que possivelmente é a maior revelação da série...Azra!
Os fãs falaram muito sobre onde ou o quê é que poderia ser Azra. Esta era uma cidade "futurista" (vamos dizer desta forma) que era comandada por Sunny e onde ele, a sua irmã e o Peregrino viviam. Nesta cidade todos tinham o Gift mas apenas este trio sobreviveu ao ataque de Magnus e do grupo, Black Lotus, que se dedica a caçar os conhecidos Sinistros.
Falando neles, o Peregrino e o MK conseguiram no Mosteiro um autêntico exército para a batalha que se aproxima. Mas se o número de seguidores do Peregrino está a aumentar graças aos slepers (pessoas com o gift que foram colocadas pela Mestre numa espécie de estado de coma), a saúde dele está a resentir-se e neste episódio corre risco de vida, sendo salvo pelo MK (personagem que não tem salvação e é universalmente odiada pelos fãs da série).
Mas se o MK é o mais odiado, o Bajie é um dos mais amados é a sua suposta "morte" (no episódio anterior) deixou todos chocados. Este foi um choque que durou aproximadamente uma semana mas foi desfeito pela Ankara que usou o seu último "sopro de vida" para o trazer de volta. Esta cena, a do Bajie com o Sunny e a da Mestre com a Viúva são as responsáveis pelas melhores citações da noite.
Já recuperado e depois de ter pedido informações à Ankara (é que mesmo a morrer a senhora foi capaz de dar indicações), o Bajie sai em missão de resgate. Se o Sunny é um mestre em se meter em confusões, o Bajie é um especialista em tirar o Sunny de "apertos". O pior é que os planos do Bajie acabam sempre por correr mal e a dupla é novamente presa e a luta da noite (este episódio, como foi muito mais emocional, teve apenas uma luta) foi do trio Sunny, Bajie e Kannin contra a Black Lotus e o seu líder Magnus, que mais parece o irmão mais velho ou pai do Barão Quinn. É que até a cicatriz na testa é a mesma!
Falando em cicatrizes, a Tilda e o Gaius, que foram brutalmente espancados pela Julietta (mas esta perdeu a cabeça e a justiça foi feita), estavam a salvo, junto a um rio. A Nix colocou-os num lugar a salvo enquanto a Minerva tratava do assunto.
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Novamente vestidos, a Tilda, que estava com a cara feita "num 8", estava a receber os primeiros socorros por parte da Nix. O Gaius estava em pé, perto do rio. A sua irmã tinha lhe queimado o peito com uma tocha a arder mas não sentia dor, não era capaz de sentir dor, apenas preocupação. Estava preocupado pela Minerva. Ela podia ser uma das melhores lutadoras das Badlands mas a sua irmã era uma mulher muito perigosa e temia o que podia acontecer à "mulher da sua vida".
Sabia que uma das duas tinha o seu destino selado naquela tenda e temia ficar sozinho. A Julietta podia ser a sua família de sangue mas a Tilda e a Minerva tinham sido as mulheres que tinha escolhido amar e respeitar o resto dos seus dias e agora corria o risco de...ele retira os olhos do espelho de água. Uma mota aproxima-se a alta velocidade. A Tilda e a Nix também sobressaltam-se com o barulho.
A Minerva pára e desmonta da mota, para grande alívio de todos. Ela estava bem. O Gaius aproxima-se.
- Minerva... - Ele queria agarrar nela e beija-la com toda a força, expressar quanto a amava mas parecia que tinha a garganta seca. As palavras certas não saiam da sua boca.
- Gaius... - Era tão bom vê-los bem. Ela tinha entrado em pânico quando a Ankara mostrou-lhe a visão de estarem a ser torturados e ela não pensou mais. Tinha que os salvar, mesmo que isso lhe custasse a própria vida. -...Como estás? - que raio de pergunta era aquela? Era óbvio que ele não estava bem e ela sabia de tudo mas ele mente, mente para a proteger.
- Bem...dentro do possível. - ele agarra-lhe a mão. Estavam os dois de mãos dadas. - E tudo graças a ti. Tu salvaste a minha - olha para a Tilda -...a nossa vida. - A Minerva sorri com um sorriso doce. Aquele mesmo sorriso doce que tinha quando era criança.
- Eu não vos podia deixar morrer. Vocês são a minha família, as pessoas que eu mais amo em toda a minha vida. - Aquilo era bom de se ouvir. Não era nenhum beijo mas era a confirmação que a relação dele estava mais solida do que nunca.
- Tive muito medo de te perder. Tu desapareceste e um monte de guardas apareceu morto em White Bone. A Julietta disse que foste levada por uma mulher de laranja.
- É verdade. Peço desculpa se vos deixei preocupados mas...é uma longa história e eu prometo que um dia vos contarei tudo mas não agora. Primeiro quero mostrar-te uma coisa. - A Minerva abre o saco que trazia na mota e mostra a cabeça da Julietta. - Acabou, Gaius. A guerra acabou! - Primeiro a sua mãe, agora a sua irmã. Os Chau tinham morrido quase todos, tinham sobrado apenas ele e o seu meio-irmão Degon. A mulher que os tinha ensombrado desde pequenos tinha desaparecido. Eles eram finalmente livres. Ela estava aliviada mas ele...via-se o sofrimento no seu rosto marcado -...desculpa.
Tu não tens que pedir desculpa. Apenas fizeste o que tinha que ser feito. A minha irmã sempre foi um empecilho para a nossa luta para libertar as Badlands das grilhetas dos baronatos. - Ela coloca-lhe a mão, carinhosamente nas costas.
- Com a morte dela, ficamos livres. Somos livres! - Ele sorri. Era verdade. A guerra tinha acabado e eles tinham ganho.
- Somos livres...o meu pai sempre disse que eu não chegaria aos 25 anos pois era muito mole para sobreviver às Badlands e agora...eu estou aqui e eles estão todos mortos. O meu pai, a minha mãe, a minha irmã. - Ela faz-lhe uma festa no rosto.
- Já não importa o que eles disseram pois eles já não mandam aqui. Nós é que mandamos. Nós somos os senhores dos nossos destinos e não nos podemos deixar assombrar pelos fantasmas do passado. Temos que olhar para o futuro. - tira o saco da mota e entrega-o ao Gaius -...uma guerra acabou mas outra está a começar e será muito pior do que tudo a que estamos habituados. Estás pronto para voltar a White Bone?
- Sim.
- Leva a Tilda contigo e mostra-lhes a cabeça da tua irmã. Faz com que sejas jurado Barão.
- Eu, Barão?!...
- Sim. - Entrega-lhe o anel que era o símbolo do poder dos Chau -...Eu acredito em ti, sei que só queres o bem das pessoas e para mudarmos as Badlands precisamos de pessoas como tu. A guerra pela nossa liberdade pode ter terminado mas agora vai começar uma guerra muito pior. Vamos ter todos que lutar pelas nossas vidas. É que para termos um futuro precisamos de defender o presente e esse está a ser ameaçado pelo Peregrino. Precisamos de estar juntos, todos!
- Podes contar comigo e com os meus homens. Nunca quis ser Barão. O meu objectivo sempre foi ajudar os mais necessitados mas se o posso fazer como Barão da casa dos Chau, assim o irei fazer. - agarra na mão direita da Minerva e coloca-lhe no dedo anelar o anel dos Chau -...Sei que não é o local nem a hora certa para isto mas...aceitas ser a minha baronesa? - agora quem não sabia o que dizer era ela. O mundo estava a desabar à sua volta e ele tinha acabado de a pedir em casamento. Casamento?!...O seu último casamento tinha sido tudo menos feliz e romântico mas com ele era diferente. Sonhava com aquele momento desde que eram miúdos e o que mais queria era aceitar logo mas antes tinha acabar com o Peregrino.
-...Aceito. - Devolve o anel ao Gaius e coloca o anel de Barão ao mais recente governante das Badlands -...Eu aceito ser a tua baronesa mas primeiro temos que salvar as Badlands. - A Minerva tinha que se ir embora.
- Onde vais? Não voltas com a gente para White Bone?
- Não posso. Vim ter com vocês mas tenho que voltar. - O Gaius dá um passo em frente.
- Mas ela precisa de uma mãe...- a Minerva olha para a Tilda e sorri. A jovem também responde com um sorriso. Elas conheciam-se tão bem que nem precisavam de falar. Ela tinha a sua filha de volta -...e eu de ti. - ela sorri. Só ela sabia como doía ter que se ir embora.
- Eu sei mas tenho mesmo que ir mas prometo voltar. - monta na mota e o Gaius ajoelha-se ao seu lado.
- Como te poderemos encontrar?
- Estarei junto do Bajie e do Sunny. A Nix fica com vocês para vos ajudar pois o Peregrino pode atacar a qualquer momento e toda a ajuda é bem-vinda. Levem-na para o Santuário. - A Minerva liga o motor da mota -...Cuida da Tilda por mim.
- Eu prometo que cuido.
- Eu voltarei. - Trocam um curto beijo e ela arranca em direção ao Mosteiro.
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Só que enquanto a Viúva não chegava ao Mosteiro, assistimos à perda da personagem da Mestre, aquela que todos achávamos que ia fazer parte do grupo dos 7 que vai combater o Peregrino. Mesmo depois de derrotada (numa luta que muitos criticam pois o zelota "roubou" o seu poder há bem pouco tempo e como tal não devia ser capaz de vencer ninguém como a Mestre), ela tentou entrar na cabeça do "irmão" do Sunny mas o MK apareceu e esfaqueou a Mestre.
A personagem do MK é facilmente a mais odiada da série e com estas atitudes a verdade é que não é muito fácil aceita-lo. Ele só consegue criticar o Sunny por ter matado a sua mãe (será que matou mesmo?) mas ele está a fazer o mesmo. Ele é apenas mais um "brinquedo" nas mãos do Peregrino, que disse, isto depois de ter morto a Mestre, que ele era o seu "único filho" (acho que foi esta a tirada). Que fim terá o MK?
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O Gaius aproxima-se da Tilda e da Nix.
- Temos que ir. - Puxa o cavalo dele e monta - A Minerva disse para ires para o Santuário e te apresentares à Lydia, a vice-rainha. Com alguém como o Peregrino à solta, toda a ajuda é necessária.
- Será que ela vai acreditar em mim? - A Tilda entrega-lhe um punhal.
- Esse punhal tem o nosso símbolo. Se o apresentares vão te deixar passar. Quando vires a Lydia conta-lhe sobre o que viste aqui. Assim que pudermos vamos lá ter. - A Nix monta no cavalo que lhe tinham arranjado -...Nix, muito obrigada por teres ajudado a minha mãe.
- A tua mãe é uma grande guerreira e uma verdadeira líder. Sei dos erros que ela cometeu no passado, especialmente com a mulher do Sunny, mas vê-la com vocês foi muito bonito. Sempre pensei que o Peregrino e a Cressida eram a minha família mas só agora percebi o que é uma verdadeira família. Tu tens muita sorte em a ter. - Era verdade. Aquela mulher tinha salvo a sua vida várias vezes e mesmo não sendo do mesmo sangue, era a sua mãe e nada ia mudar isso. A Nix vai embora e a Tilda corre para apanhar o Gaius. Puxa-o pelo braço.
-...Se tu lhe fizeres algum mal eu juro que te mato! - Ela estava a falar dele e da Minerva. A ruiva tinha sido sempre muito reservada mas com ele começava a abrir-se de novo para o amor e ela, como filha, tinha como obrigação zelar pela felicidade da mulher que tanto lhe deu. O Gaius percebia bem o que a jovem mulher lhe estava a tentar dizer mas pela Minerva estava disposto a tudo.
- Combinado! - Os dois sorriem e vão em direção a White Bone.
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Muitos dizem que este foi um dos melhores episódios de toda a serie e tenho que concordar. Aqueles últimos 15 minutos foram emocionantes e a música "Sound of Silence", dos Disturbed, "casou" muito bem com as imagens e com a viagem que cada uma das personagens fez até chegar ao momento em que estamos na história.
Os Barões (pelo menos os maus) já não existem, já conhecemos Azra e a irmã do Sunny já foi apresentada (não me importava nada de passar uns 2 ou 3 episódios à volta desta personagem mas a falta de tempo afecta um bocado o excelente trabalho dos autores). Este é o momento de se unirem todos para derrotarem um inimigo em comum, o Peregrino (mas não podemos esquecer o Magnus, o líder da Black Lotus, e a Cressida, que para mim é verdadeira vilã desta história).
Sobre a fuga de Bajie, Sunny e Kannin, esta foi a única luta de todo o episódio (que foi muito mais introspectivo) mas mesmo assim foi excelente. Pensava que seria esta luta a "destrancar" o Gift do Sunny mas tal não aconteceu. Espero que até ao fim possamos ver o Sunny num nível mais elevado e o "destrancar" deste poder pode acontecer caso o Henry esteja em perigo ou a Kannin. Não sei se esta personagem viva muito mais tempo.
Quem voltou dos mortos, tudo graças à Ankara (gostava de a ter visto mais. Ela podia ser muito bem aquela "tia louca" que deixa todos com os nervos à "flor da pele". As interações dela com o Bajie e a Minerva foram muito boas mas faltou vê-la com a Mestre. Agora estão as duas no "mundo dos mortos"), foi o Bajie, que entrou na fortaleza da Black Lotus para salvar o Sunny mas acabou por ser aprisionado.
Uma das coisas que mais gosto desta série é o elenco diversificado. É que temos actores de vários países, até tivemos, mesmo que tenha sido apenas num episódio, um português, o Ivo Canelas, e todos muito bons. Admito que não conhecia nenhum antes mas fiquei fã, tanto da série como dos seus actores e tenho a certeza que no futuro irei acompanhar de perto o trabalho de Daniel Wu, Nick Frost (que fez o filme sobre a Paige, lutadora da WWE), Lewis Tan ou Emily Beecham. Os nomes que deram vida ao Sunny, Bajie, Gaius e Minerva.
Estes foram os homens e mulheres que fizeram com que eu voltasse a gostar de Kung Fu. É que as cenas de acção são tão bem coreografadas e belas que é um crime estes actores, realizador, fotografia, guarda-roupa ou stunt doubles nunca terem sido distinguidos com um Emmy (#Emmy4Badlands!). Admito que não acompanhei as duas primeiras temporadas mas as cenas de acção apresentadas nesta temporada estão muito perto da perfeição e os trailers do próximo episódio prometem mais momentos de acção e muita emoção.
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A Minerva pára a mota e entra a correr no Mosteiro mas ele não estava como ela o tinha deixado. Os monges não estavam em lado nenhum e estava tudo remexido. Ela estava com um mau pressentimento e os seus piores pensamentos confirmaram-se quando encontra a Mestre a esvair-se em sangue no meio do chão.
- O que se passou? - A Mestre estava no chão a esvair-se em sangue e mal conseguia falar, pois estava a cuspir sangue pela boca, mas muito a custo tenta conseguir ganhar ar para contar o que tinha acabado de acontecer.
- ...O Peregrino e o MK...eles estiveram aqui é acordaram os "adormecidos". - A Mestre puxa a mão da Minerva. -...Ele prepara-se para marchar em direção às Badlands e provocar um autêntico apocalipse. Tens que os deter. - A Minerva olha para trás. Parecia que estava à procura de alguém.
- Onde está o Sunny, o Bajie e a Ankara? Eles disseram que vinham para aqui.
- Nunca chegaram e ainda bem. Ainda bem que se salvaram pois é em vocês que reside o futuro das Badlands pois o meu tempo está a chegar ao fim. Minerva...
- Sim?...
- Leva-me até à camara dos espelhos. Antes de partir devo mostrar-te algo. - A Minerva carrega, algo a custo, a Mestre para a sala dos espelhos. Já ali...- Agarra nesse origami. - Os origamis da Mestre tinham algo de esoecial. Era um cheiro que os fazia entrar num transe profundo e ver coisas que mais ninguém via, "mergulhar" no mundo da imaginação -...Vou morrer...
- Não diga isso! - A Minerva estava quase a chorar e nem sabia muito bem o por quê. Durante anos tinha culpado aquela mulher e o Bajie por tudo o que de mau tinha acontecido na sua vida e agora estava ali. Com a sua antiga Mestre morimbuda.
- É a verdade. Gostava de partir em paz e que me fizesses companhia nesta ultima viagem. Aceitas? - A Minerva nem conseguia falar, apenas acena com a cabeça. Dão as mãos e inspiram o cheiro forte que emanava do origami. Pouco depois, já não estavam naquela sala mas sim no meio do campo, de um campo gelado.
- Que sítio é este?
- A minha casa. - E era verdade. Ao fundo via-se uma pequena casa, um cavalo e um poço coberto, -...o último local onde fui realmente feliz, onde não era a Mestre mas sim a Ada.
- Ada?...
- Sim. Esse é o meu nome. Achavas que eu sempre fui uma Mestre? - A ruiva nem responde. A verdade é que sempre a conheceu com o hábito e nem a conseguia imaginar como uma menina normal a correr por aqueles campos -...eu já fui uma menina como tu. Eu brincava por estes campos com o meu irmão mais velho e quando estava bom tempo costumávamos ir apanhar bagas. Foi numa dessas vezes que a minha vida mudou.
- O que aconteceu?
- Estávamos a brincar quando magoei o braço num toro de madeira. Depois...depois não me lembro. Quando voltei a "recuperar os sentidos" o meu irmão estava no chão, morto. Alguém lhe tinha partido o pescoço como se de um galho se tratasse. No início não sabia que tinha sido eu mas quando cheguei a casa e vi o olhar se medo da minha mãe é que entendi o que tinha acontecido. Essa foi a primeira vez que o gift se manifestou em mim.
- Eu não me lembro da minha primeira vez. Aliás, eu não me lembro da minha infância antes de chegar ao mosteiro. Apenas me lembro de borboletas e do livro sobre Azra que o meu pai me deu.
-...Foi nesse dia que descobri que era um monstro e com a vergonha e o remorso fugi. Corri o máximo que podia até que descobri o mosteiro. Afinal existia outras pessoas como eu, especiais. Sempre achei que devíamos estar escondidos dos outros. Tanto para o bem deles como para o nosso. Dediquei a minha vida a "caçar" pessoas com o gift para as controlar, para as ensinar mas para quê? Achava que sabia tudo, que era a Mestre, mas foram os meus actos que levaram-nos a esta situação. Tu e o MK não passavam de duas crianças e eu...
- Eu também errei com o rapaz. Eu achava que se conseguisse reviver o seu poder podia ganhar a minha guerra contra a Chau e trazer a paz às Badlands. Eu achei que se ganhasse o meu poder de volta...Agora estamos perdidos!
- Não procures a resposta para os teus problemas nos outros mas sim em ti. Minerva, tu és o meu último teste. Sei que errei contigo, que te abandonei quando eras uma criança mas mesmo assim estás aqui, a lutar por um mundo melhor. Vais que ser tu a parar o Peregrino. - A Mestre arranca um pequeno lírio branco e entrega-o à líder das Borboletas.
- Como? Como posso para-lo?
- Ataca já! Ele está fraco. O gift enfraquece uma pessoa e ele não nasceu com ele, roubo-o ao filho do Sunny. Aproveita agora. Não percas tempo.
- Mas como o posso parar sozinha? Eu sou apenas uma mulher!
- Não. Tu não és apenas uma mulher. Tu és uma lutadora, uma líder. A tua aprendizagem está completa, Minerva, mas não te esqueças de uma coisa, de um último conselho...o verdadeiro poder ataca quando menos esperamos. Usa a tua força para construir um novo mundo, um mundo onde mestres, como eu, ou barões, como tu, já não sejam necessários- A Mestre afasta-se. O seu trabalho ali estava feito. Aquela era a altura de ir ter com o seu irmão. A Minerva vê-a afastar-se. Aquele era o fim da Mestre. A Ada ia voltar a juntar-se à família no mundo dos espíritos.
A Minerva volta a despertar na sala dos espelhos mas o corpo da Mestre já não estava ao seu lado. A passagem tinha sido completa. A última coisa que lhe tinha sido deixada era o pequeno lírio branco e um pedido, para que não existam mais mestres e ela ia cumprir o último desejo da Ada custe o que custar. Ela levanta-se e agarra num archote e incendeia o Mosteiro. Num mundo sem mestres, um local como aquele já não seria necessária.
A história dela, da Ada, do MK, do Bajie, da Ankara e de centenas de pessoas como eles ia acabar naquele fogo purificador. A Minerva monta na mota e afasta-se no mosteiro em chamas sem pestanejar. A pequena Flea ia ficar ali, já ela tinha que voltar a casa e salvar as Badlands.
O que ela não sabia é que enquanto se afastava do mosteiro, o Bajie, o Sunny e a Kannin, que tinham acabado de fugir do Magnus e do seu grupo, iam naquela direção.
Em White Bone, o Gaius e a Tilda estavam no topo da escadaria e empunham, bem alto, a cabeça decepada da Julietta para que todos os homens pudessem ver.
- A guerra acabou e a minha irmã foi derrotada! Os seus anos de tirania vão ficar para trás e quem se quiser juntar a mim - olha para a Tilda -...a nós na construção de um mundo melhor será muito bem-vindo. A verdade é que gastamos muito tempo numa guerra pela liberdade que custou a vida de milhares de inocentes. Mas o que ganhamos? Espero que tenhamos ganho a nossa liberdade mas antes ainda temos um último desafio pela frente. Temos que lutar pelas nossas vidas, temos que lutar pela nossa terra! As Badlands podem não ser o melhor lugar do mundo mas é o local onde nascemos, onde vivemos. Foi aqui onde rimos e choramos. Foi aqui que odiamos e amamos. Só que o nosso modo de vida está a ser colocado em causa por um homem que se denomina de Peregrino. Este homem quer lançar nas Badlands uma era de sangue, sofrimento e caos mas nós não vamos deixar!...Peço que lutem, mais uma vez...só que agora já não vai ser as raposas da Chau contra as borboletas. Agora já não vai ser irmão contra irmã. Agora seremos um só! Quem está comigo?!... - Os soldados ajoelham-se e em uníssono juram a sua lealdade ao mais novo Barão das Badlands, Gaius Chau.
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Sobre o episódio de amanhã, e segundo as previews, só posso esperar o melhor. O Sunny, Bajie e a Kannin vão até ao mosteiro, que tinha sido incendiado pela Minerva; o Peregrino ataca o Santuário e temos uma luta no topo da muralha e uma chuva de sangue cai sobre as Badlands.
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De: AR.
"Into the Badlands" pode estar a chegar ao fim mas a excitação dos espectadores (pode não haver 17.5 milhões de espectadores, como aconteceu no primeiro episódio "Game of Thrones, mas os Badlanders, como se auto-apelidam os fãs de Sunny e da Viúva, são fiéis e estão a fazer uma campanha para tentarem que esta produção "sobreviva" num outro canal ou sob uma outra forma) continua e este episódio começa logo a responder a uma das maiores perguntas: quem é a irmã de Sunny?
Depois de ser capturado pelo Black Lotus e levado para a sua fortaleza, Sunny finalmente conhece a sua irmã mais velha, Kannin. Desde que se soube que Sunny tinha uma irmã que se especulava quem seria esta personagem, que tinha sido capaz de trancar o Gift do lutador mais poderoso das Badlands e é a única que é capaz de o destrancar. Primeiro falou-se que poderia ser a Viúva mas para além de ser claramente caucasiana (a actriz que desempenha este papel, Emily Beecham, é filha de mãe americana e pai inglês) é mais nova que Daniel Wu (Wu tem 45 e Beecham 34 anos); depois levantou-se a possibilidade de ser a Mestre (que morreu) neste episódio mas a verdade é que não é nenhuma delas.
Eugenia Yuan, que é filha da lenda do kung fu Cheng Pei-pei (também conhecida como a "rainha das espadas), é Kannin, irmã de Sunny e membro da Black Lotus. Sunny não se lembra desta irmã, aliás, acha que ela está morta, pelo menos foi o que a Ankara lhe disse, mas ela vai ter um grande papel nestes últimos 3 episódios e é graças a ela que podemos ver aquela que possivelmente é a maior revelação da série...Azra!
Os fãs falaram muito sobre onde ou o quê é que poderia ser Azra. Esta era uma cidade "futurista" (vamos dizer desta forma) que era comandada por Sunny e onde ele, a sua irmã e o Peregrino viviam. Nesta cidade todos tinham o Gift mas apenas este trio sobreviveu ao ataque de Magnus e do grupo, Black Lotus, que se dedica a caçar os conhecidos Sinistros.
Falando neles, o Peregrino e o MK conseguiram no Mosteiro um autêntico exército para a batalha que se aproxima. Mas se o número de seguidores do Peregrino está a aumentar graças aos slepers (pessoas com o gift que foram colocadas pela Mestre numa espécie de estado de coma), a saúde dele está a resentir-se e neste episódio corre risco de vida, sendo salvo pelo MK (personagem que não tem salvação e é universalmente odiada pelos fãs da série).
Mas se o MK é o mais odiado, o Bajie é um dos mais amados é a sua suposta "morte" (no episódio anterior) deixou todos chocados. Este foi um choque que durou aproximadamente uma semana mas foi desfeito pela Ankara que usou o seu último "sopro de vida" para o trazer de volta. Esta cena, a do Bajie com o Sunny e a da Mestre com a Viúva são as responsáveis pelas melhores citações da noite.
Já recuperado e depois de ter pedido informações à Ankara (é que mesmo a morrer a senhora foi capaz de dar indicações), o Bajie sai em missão de resgate. Se o Sunny é um mestre em se meter em confusões, o Bajie é um especialista em tirar o Sunny de "apertos". O pior é que os planos do Bajie acabam sempre por correr mal e a dupla é novamente presa e a luta da noite (este episódio, como foi muito mais emocional, teve apenas uma luta) foi do trio Sunny, Bajie e Kannin contra a Black Lotus e o seu líder Magnus, que mais parece o irmão mais velho ou pai do Barão Quinn. É que até a cicatriz na testa é a mesma!
Falando em cicatrizes, a Tilda e o Gaius, que foram brutalmente espancados pela Julietta (mas esta perdeu a cabeça e a justiça foi feita), estavam a salvo, junto a um rio. A Nix colocou-os num lugar a salvo enquanto a Minerva tratava do assunto.
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Novamente vestidos, a Tilda, que estava com a cara feita "num 8", estava a receber os primeiros socorros por parte da Nix. O Gaius estava em pé, perto do rio. A sua irmã tinha lhe queimado o peito com uma tocha a arder mas não sentia dor, não era capaz de sentir dor, apenas preocupação. Estava preocupado pela Minerva. Ela podia ser uma das melhores lutadoras das Badlands mas a sua irmã era uma mulher muito perigosa e temia o que podia acontecer à "mulher da sua vida".
Sabia que uma das duas tinha o seu destino selado naquela tenda e temia ficar sozinho. A Julietta podia ser a sua família de sangue mas a Tilda e a Minerva tinham sido as mulheres que tinha escolhido amar e respeitar o resto dos seus dias e agora corria o risco de...ele retira os olhos do espelho de água. Uma mota aproxima-se a alta velocidade. A Tilda e a Nix também sobressaltam-se com o barulho.
A Minerva pára e desmonta da mota, para grande alívio de todos. Ela estava bem. O Gaius aproxima-se.
- Minerva... - Ele queria agarrar nela e beija-la com toda a força, expressar quanto a amava mas parecia que tinha a garganta seca. As palavras certas não saiam da sua boca.
- Gaius... - Era tão bom vê-los bem. Ela tinha entrado em pânico quando a Ankara mostrou-lhe a visão de estarem a ser torturados e ela não pensou mais. Tinha que os salvar, mesmo que isso lhe custasse a própria vida. -...Como estás? - que raio de pergunta era aquela? Era óbvio que ele não estava bem e ela sabia de tudo mas ele mente, mente para a proteger.
- Bem...dentro do possível. - ele agarra-lhe a mão. Estavam os dois de mãos dadas. - E tudo graças a ti. Tu salvaste a minha - olha para a Tilda -...a nossa vida. - A Minerva sorri com um sorriso doce. Aquele mesmo sorriso doce que tinha quando era criança.
- Eu não vos podia deixar morrer. Vocês são a minha família, as pessoas que eu mais amo em toda a minha vida. - Aquilo era bom de se ouvir. Não era nenhum beijo mas era a confirmação que a relação dele estava mais solida do que nunca.
- Tive muito medo de te perder. Tu desapareceste e um monte de guardas apareceu morto em White Bone. A Julietta disse que foste levada por uma mulher de laranja.
- É verdade. Peço desculpa se vos deixei preocupados mas...é uma longa história e eu prometo que um dia vos contarei tudo mas não agora. Primeiro quero mostrar-te uma coisa. - A Minerva abre o saco que trazia na mota e mostra a cabeça da Julietta. - Acabou, Gaius. A guerra acabou! - Primeiro a sua mãe, agora a sua irmã. Os Chau tinham morrido quase todos, tinham sobrado apenas ele e o seu meio-irmão Degon. A mulher que os tinha ensombrado desde pequenos tinha desaparecido. Eles eram finalmente livres. Ela estava aliviada mas ele...via-se o sofrimento no seu rosto marcado -...desculpa.
Tu não tens que pedir desculpa. Apenas fizeste o que tinha que ser feito. A minha irmã sempre foi um empecilho para a nossa luta para libertar as Badlands das grilhetas dos baronatos. - Ela coloca-lhe a mão, carinhosamente nas costas.
- Com a morte dela, ficamos livres. Somos livres! - Ele sorri. Era verdade. A guerra tinha acabado e eles tinham ganho.
- Somos livres...o meu pai sempre disse que eu não chegaria aos 25 anos pois era muito mole para sobreviver às Badlands e agora...eu estou aqui e eles estão todos mortos. O meu pai, a minha mãe, a minha irmã. - Ela faz-lhe uma festa no rosto.
- Já não importa o que eles disseram pois eles já não mandam aqui. Nós é que mandamos. Nós somos os senhores dos nossos destinos e não nos podemos deixar assombrar pelos fantasmas do passado. Temos que olhar para o futuro. - tira o saco da mota e entrega-o ao Gaius -...uma guerra acabou mas outra está a começar e será muito pior do que tudo a que estamos habituados. Estás pronto para voltar a White Bone?
- Sim.
- Leva a Tilda contigo e mostra-lhes a cabeça da tua irmã. Faz com que sejas jurado Barão.
- Eu, Barão?!...
- Sim. - Entrega-lhe o anel que era o símbolo do poder dos Chau -...Eu acredito em ti, sei que só queres o bem das pessoas e para mudarmos as Badlands precisamos de pessoas como tu. A guerra pela nossa liberdade pode ter terminado mas agora vai começar uma guerra muito pior. Vamos ter todos que lutar pelas nossas vidas. É que para termos um futuro precisamos de defender o presente e esse está a ser ameaçado pelo Peregrino. Precisamos de estar juntos, todos!
- Podes contar comigo e com os meus homens. Nunca quis ser Barão. O meu objectivo sempre foi ajudar os mais necessitados mas se o posso fazer como Barão da casa dos Chau, assim o irei fazer. - agarra na mão direita da Minerva e coloca-lhe no dedo anelar o anel dos Chau -...Sei que não é o local nem a hora certa para isto mas...aceitas ser a minha baronesa? - agora quem não sabia o que dizer era ela. O mundo estava a desabar à sua volta e ele tinha acabado de a pedir em casamento. Casamento?!...O seu último casamento tinha sido tudo menos feliz e romântico mas com ele era diferente. Sonhava com aquele momento desde que eram miúdos e o que mais queria era aceitar logo mas antes tinha acabar com o Peregrino.
-...Aceito. - Devolve o anel ao Gaius e coloca o anel de Barão ao mais recente governante das Badlands -...Eu aceito ser a tua baronesa mas primeiro temos que salvar as Badlands. - A Minerva tinha que se ir embora.
- Onde vais? Não voltas com a gente para White Bone?
- Não posso. Vim ter com vocês mas tenho que voltar. - O Gaius dá um passo em frente.
- Mas ela precisa de uma mãe...- a Minerva olha para a Tilda e sorri. A jovem também responde com um sorriso. Elas conheciam-se tão bem que nem precisavam de falar. Ela tinha a sua filha de volta -...e eu de ti. - ela sorri. Só ela sabia como doía ter que se ir embora.
- Eu sei mas tenho mesmo que ir mas prometo voltar. - monta na mota e o Gaius ajoelha-se ao seu lado.
- Como te poderemos encontrar?
- Estarei junto do Bajie e do Sunny. A Nix fica com vocês para vos ajudar pois o Peregrino pode atacar a qualquer momento e toda a ajuda é bem-vinda. Levem-na para o Santuário. - A Minerva liga o motor da mota -...Cuida da Tilda por mim.
- Eu prometo que cuido.
- Eu voltarei. - Trocam um curto beijo e ela arranca em direção ao Mosteiro.
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Só que enquanto a Viúva não chegava ao Mosteiro, assistimos à perda da personagem da Mestre, aquela que todos achávamos que ia fazer parte do grupo dos 7 que vai combater o Peregrino. Mesmo depois de derrotada (numa luta que muitos criticam pois o zelota "roubou" o seu poder há bem pouco tempo e como tal não devia ser capaz de vencer ninguém como a Mestre), ela tentou entrar na cabeça do "irmão" do Sunny mas o MK apareceu e esfaqueou a Mestre.
A personagem do MK é facilmente a mais odiada da série e com estas atitudes a verdade é que não é muito fácil aceita-lo. Ele só consegue criticar o Sunny por ter matado a sua mãe (será que matou mesmo?) mas ele está a fazer o mesmo. Ele é apenas mais um "brinquedo" nas mãos do Peregrino, que disse, isto depois de ter morto a Mestre, que ele era o seu "único filho" (acho que foi esta a tirada). Que fim terá o MK?
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O Gaius aproxima-se da Tilda e da Nix.
- Temos que ir. - Puxa o cavalo dele e monta - A Minerva disse para ires para o Santuário e te apresentares à Lydia, a vice-rainha. Com alguém como o Peregrino à solta, toda a ajuda é necessária.
- Será que ela vai acreditar em mim? - A Tilda entrega-lhe um punhal.
- Esse punhal tem o nosso símbolo. Se o apresentares vão te deixar passar. Quando vires a Lydia conta-lhe sobre o que viste aqui. Assim que pudermos vamos lá ter. - A Nix monta no cavalo que lhe tinham arranjado -...Nix, muito obrigada por teres ajudado a minha mãe.
- A tua mãe é uma grande guerreira e uma verdadeira líder. Sei dos erros que ela cometeu no passado, especialmente com a mulher do Sunny, mas vê-la com vocês foi muito bonito. Sempre pensei que o Peregrino e a Cressida eram a minha família mas só agora percebi o que é uma verdadeira família. Tu tens muita sorte em a ter. - Era verdade. Aquela mulher tinha salvo a sua vida várias vezes e mesmo não sendo do mesmo sangue, era a sua mãe e nada ia mudar isso. A Nix vai embora e a Tilda corre para apanhar o Gaius. Puxa-o pelo braço.
-...Se tu lhe fizeres algum mal eu juro que te mato! - Ela estava a falar dele e da Minerva. A ruiva tinha sido sempre muito reservada mas com ele começava a abrir-se de novo para o amor e ela, como filha, tinha como obrigação zelar pela felicidade da mulher que tanto lhe deu. O Gaius percebia bem o que a jovem mulher lhe estava a tentar dizer mas pela Minerva estava disposto a tudo.
- Combinado! - Os dois sorriem e vão em direção a White Bone.
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Muitos dizem que este foi um dos melhores episódios de toda a serie e tenho que concordar. Aqueles últimos 15 minutos foram emocionantes e a música "Sound of Silence", dos Disturbed, "casou" muito bem com as imagens e com a viagem que cada uma das personagens fez até chegar ao momento em que estamos na história.
Os Barões (pelo menos os maus) já não existem, já conhecemos Azra e a irmã do Sunny já foi apresentada (não me importava nada de passar uns 2 ou 3 episódios à volta desta personagem mas a falta de tempo afecta um bocado o excelente trabalho dos autores). Este é o momento de se unirem todos para derrotarem um inimigo em comum, o Peregrino (mas não podemos esquecer o Magnus, o líder da Black Lotus, e a Cressida, que para mim é verdadeira vilã desta história).
Sobre a fuga de Bajie, Sunny e Kannin, esta foi a única luta de todo o episódio (que foi muito mais introspectivo) mas mesmo assim foi excelente. Pensava que seria esta luta a "destrancar" o Gift do Sunny mas tal não aconteceu. Espero que até ao fim possamos ver o Sunny num nível mais elevado e o "destrancar" deste poder pode acontecer caso o Henry esteja em perigo ou a Kannin. Não sei se esta personagem viva muito mais tempo.
Quem voltou dos mortos, tudo graças à Ankara (gostava de a ter visto mais. Ela podia ser muito bem aquela "tia louca" que deixa todos com os nervos à "flor da pele". As interações dela com o Bajie e a Minerva foram muito boas mas faltou vê-la com a Mestre. Agora estão as duas no "mundo dos mortos"), foi o Bajie, que entrou na fortaleza da Black Lotus para salvar o Sunny mas acabou por ser aprisionado.
Uma das coisas que mais gosto desta série é o elenco diversificado. É que temos actores de vários países, até tivemos, mesmo que tenha sido apenas num episódio, um português, o Ivo Canelas, e todos muito bons. Admito que não conhecia nenhum antes mas fiquei fã, tanto da série como dos seus actores e tenho a certeza que no futuro irei acompanhar de perto o trabalho de Daniel Wu, Nick Frost (que fez o filme sobre a Paige, lutadora da WWE), Lewis Tan ou Emily Beecham. Os nomes que deram vida ao Sunny, Bajie, Gaius e Minerva.
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A Minerva pára a mota e entra a correr no Mosteiro mas ele não estava como ela o tinha deixado. Os monges não estavam em lado nenhum e estava tudo remexido. Ela estava com um mau pressentimento e os seus piores pensamentos confirmaram-se quando encontra a Mestre a esvair-se em sangue no meio do chão.
- O que se passou? - A Mestre estava no chão a esvair-se em sangue e mal conseguia falar, pois estava a cuspir sangue pela boca, mas muito a custo tenta conseguir ganhar ar para contar o que tinha acabado de acontecer.
- ...O Peregrino e o MK...eles estiveram aqui é acordaram os "adormecidos". - A Mestre puxa a mão da Minerva. -...Ele prepara-se para marchar em direção às Badlands e provocar um autêntico apocalipse. Tens que os deter. - A Minerva olha para trás. Parecia que estava à procura de alguém.
- Onde está o Sunny, o Bajie e a Ankara? Eles disseram que vinham para aqui.
- Nunca chegaram e ainda bem. Ainda bem que se salvaram pois é em vocês que reside o futuro das Badlands pois o meu tempo está a chegar ao fim. Minerva...
- Sim?...
- Leva-me até à camara dos espelhos. Antes de partir devo mostrar-te algo. - A Minerva carrega, algo a custo, a Mestre para a sala dos espelhos. Já ali...- Agarra nesse origami. - Os origamis da Mestre tinham algo de esoecial. Era um cheiro que os fazia entrar num transe profundo e ver coisas que mais ninguém via, "mergulhar" no mundo da imaginação -...Vou morrer...
- Não diga isso! - A Minerva estava quase a chorar e nem sabia muito bem o por quê. Durante anos tinha culpado aquela mulher e o Bajie por tudo o que de mau tinha acontecido na sua vida e agora estava ali. Com a sua antiga Mestre morimbuda.
- É a verdade. Gostava de partir em paz e que me fizesses companhia nesta ultima viagem. Aceitas? - A Minerva nem conseguia falar, apenas acena com a cabeça. Dão as mãos e inspiram o cheiro forte que emanava do origami. Pouco depois, já não estavam naquela sala mas sim no meio do campo, de um campo gelado.
- Que sítio é este?
- A minha casa. - E era verdade. Ao fundo via-se uma pequena casa, um cavalo e um poço coberto, -...o último local onde fui realmente feliz, onde não era a Mestre mas sim a Ada.
- Ada?...
- Sim. Esse é o meu nome. Achavas que eu sempre fui uma Mestre? - A ruiva nem responde. A verdade é que sempre a conheceu com o hábito e nem a conseguia imaginar como uma menina normal a correr por aqueles campos -...eu já fui uma menina como tu. Eu brincava por estes campos com o meu irmão mais velho e quando estava bom tempo costumávamos ir apanhar bagas. Foi numa dessas vezes que a minha vida mudou.
- O que aconteceu?
- Estávamos a brincar quando magoei o braço num toro de madeira. Depois...depois não me lembro. Quando voltei a "recuperar os sentidos" o meu irmão estava no chão, morto. Alguém lhe tinha partido o pescoço como se de um galho se tratasse. No início não sabia que tinha sido eu mas quando cheguei a casa e vi o olhar se medo da minha mãe é que entendi o que tinha acontecido. Essa foi a primeira vez que o gift se manifestou em mim.
- Eu não me lembro da minha primeira vez. Aliás, eu não me lembro da minha infância antes de chegar ao mosteiro. Apenas me lembro de borboletas e do livro sobre Azra que o meu pai me deu.
-...Foi nesse dia que descobri que era um monstro e com a vergonha e o remorso fugi. Corri o máximo que podia até que descobri o mosteiro. Afinal existia outras pessoas como eu, especiais. Sempre achei que devíamos estar escondidos dos outros. Tanto para o bem deles como para o nosso. Dediquei a minha vida a "caçar" pessoas com o gift para as controlar, para as ensinar mas para quê? Achava que sabia tudo, que era a Mestre, mas foram os meus actos que levaram-nos a esta situação. Tu e o MK não passavam de duas crianças e eu...
- Eu também errei com o rapaz. Eu achava que se conseguisse reviver o seu poder podia ganhar a minha guerra contra a Chau e trazer a paz às Badlands. Eu achei que se ganhasse o meu poder de volta...Agora estamos perdidos!
- Não procures a resposta para os teus problemas nos outros mas sim em ti. Minerva, tu és o meu último teste. Sei que errei contigo, que te abandonei quando eras uma criança mas mesmo assim estás aqui, a lutar por um mundo melhor. Vais que ser tu a parar o Peregrino. - A Mestre arranca um pequeno lírio branco e entrega-o à líder das Borboletas.
- Como? Como posso para-lo?
- Ataca já! Ele está fraco. O gift enfraquece uma pessoa e ele não nasceu com ele, roubo-o ao filho do Sunny. Aproveita agora. Não percas tempo.
- Mas como o posso parar sozinha? Eu sou apenas uma mulher!
- Não. Tu não és apenas uma mulher. Tu és uma lutadora, uma líder. A tua aprendizagem está completa, Minerva, mas não te esqueças de uma coisa, de um último conselho...o verdadeiro poder ataca quando menos esperamos. Usa a tua força para construir um novo mundo, um mundo onde mestres, como eu, ou barões, como tu, já não sejam necessários- A Mestre afasta-se. O seu trabalho ali estava feito. Aquela era a altura de ir ter com o seu irmão. A Minerva vê-a afastar-se. Aquele era o fim da Mestre. A Ada ia voltar a juntar-se à família no mundo dos espíritos.
A Minerva volta a despertar na sala dos espelhos mas o corpo da Mestre já não estava ao seu lado. A passagem tinha sido completa. A última coisa que lhe tinha sido deixada era o pequeno lírio branco e um pedido, para que não existam mais mestres e ela ia cumprir o último desejo da Ada custe o que custar. Ela levanta-se e agarra num archote e incendeia o Mosteiro. Num mundo sem mestres, um local como aquele já não seria necessária.
A história dela, da Ada, do MK, do Bajie, da Ankara e de centenas de pessoas como eles ia acabar naquele fogo purificador. A Minerva monta na mota e afasta-se no mosteiro em chamas sem pestanejar. A pequena Flea ia ficar ali, já ela tinha que voltar a casa e salvar as Badlands.
O que ela não sabia é que enquanto se afastava do mosteiro, o Bajie, o Sunny e a Kannin, que tinham acabado de fugir do Magnus e do seu grupo, iam naquela direção.
Em White Bone, o Gaius e a Tilda estavam no topo da escadaria e empunham, bem alto, a cabeça decepada da Julietta para que todos os homens pudessem ver.
- A guerra acabou e a minha irmã foi derrotada! Os seus anos de tirania vão ficar para trás e quem se quiser juntar a mim - olha para a Tilda -...a nós na construção de um mundo melhor será muito bem-vindo. A verdade é que gastamos muito tempo numa guerra pela liberdade que custou a vida de milhares de inocentes. Mas o que ganhamos? Espero que tenhamos ganho a nossa liberdade mas antes ainda temos um último desafio pela frente. Temos que lutar pelas nossas vidas, temos que lutar pela nossa terra! As Badlands podem não ser o melhor lugar do mundo mas é o local onde nascemos, onde vivemos. Foi aqui onde rimos e choramos. Foi aqui que odiamos e amamos. Só que o nosso modo de vida está a ser colocado em causa por um homem que se denomina de Peregrino. Este homem quer lançar nas Badlands uma era de sangue, sofrimento e caos mas nós não vamos deixar!...Peço que lutem, mais uma vez...só que agora já não vai ser as raposas da Chau contra as borboletas. Agora já não vai ser irmão contra irmã. Agora seremos um só! Quem está comigo?!... - Os soldados ajoelham-se e em uníssono juram a sua lealdade ao mais novo Barão das Badlands, Gaius Chau.
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Sobre o episódio de amanhã, e segundo as previews, só posso esperar o melhor. O Sunny, Bajie e a Kannin vão até ao mosteiro, que tinha sido incendiado pela Minerva; o Peregrino ataca o Santuário e temos uma luta no topo da muralha e uma chuva de sangue cai sobre as Badlands.
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De: AR.
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