domingo, 23 de dezembro de 2018

"Into the Badlands" - Temporada 3, Episódio 9.

O nono episódio da terceira temporada da série "Into the Badlands" ainda não tem uma data de retorno definitiva mas alguns dos actores que fizeram parte desta produção apontam para os primeiros meses de 2019. Pelo menos isto nos Estados Unidos. Acredito que aqui em Portugal o AMC só transmita a segunda parte da temporada final (só espero que seja mentira é que a série continue mais um tempo) lá para a altura da Primavera.
A verdade é que esta pausa de temporada é um bocado chata para quem, como eu (e se não acreditam podem ver aqui: https://snarede5.blogspot.com/2018/12/into-badlands-leopard-catches-de-cloud.html), está completamente viciada com a história, guarda-roupa e as cenas de acção que esta produção apresenta. Mas enquanto o ITB não volta e me responda a várias perguntas que ficaram no "ar" com o final do oitavo episódio, tenho pesquisado na internet (mais precisamente em grupos de Facebook e Reditt) as teorias defendidas pela comunidade internacional.
Mas este texto não será um texto sobre as minhas teorias sobre Azra, o Gift ou mesmo, e como algumas pessoas (incluindo um dos actores desta série defende), que na realidade o "Into the Badlands" é uma continuação do "Walking Dead", só que uns 500 anos depois. Não. Não será nada disso. Vou aproveitar, e antes que o episódio verdadeiro vá para o ar, vou escrever como eu faria este episódio (ou pelo menos algumas das cenas do mesmo. Vamos ver se terei paciência para escrever um episódio inteiro). É que me divirto a escrever e, esta é para quem não saiba, eu na realidade sou uma "escrita fracassada" (como podem ver aqui: https://maggiezinhar.blogspot.com/2015/01/adeus.html).
O que vai acontecer a seguir é que poderão ver a minha visão das Badlands, e como tal não ligue se eu diga muitos disparates...

Alguns dias se passaram desde a batalha de Mastanza. Esta batalha acabou com a vitória das forças da Viúva e com a queda de White Bone, a fortaleza da Baronesa Chau. A mais tática de todos os Barões das Badlands foi enganada por uma jogada bastante inteligente da sua arqui-inimiga. Enquanto Moon e Lydia uniam as suas forças para afastar o máximo de guardas possíveis, uma pequena equipa (Tilda, Gaius e a Viúva) entraram em White Bone e massacraram toda a gente.
A Tilda, uma jovem adolescente, conseguiu praticamente sozinha liquidar parte dos guardas que tinham ficado em White Bone. Ela tinha ficado no rés-de-chão enquanto o Gaius terminava o trabalho que tinha começado no campo de refugiados e matava o Regente da Julieta. Essa, a sua querida irmã, ficava para a Minerva. Se eles queriam criar um mundo melhor, sem escravos e com liberdade para todos, a sua irmã tinha que morrer. Os Barões tinham que "morrer" para a democracia, ideia bastante acarinhada pelos antigos, pudesse "renascer".
O plano que tinham montado parecia ser perfeito mas a verdade é que nada é perfeito nas Badlands. O Gift estava nas "mãos" de um homem que quer evangelizar todo o território, nem que seja à força (tal como na inquisição espanhola); o Moon tinha sido ferido em combate (mas estava a recuperar); a Julieta estava presa (na mesma cela onde tinha estado, durante vários anos o Gaius) e a Lydia e a Minerva estavam as duas de cama mas com um prognóstico reservado.
O resto da vida começava a entrar nos trilhos nas Badlands. Agora todo o território estava sobre a égide da Borboleta, as pessoas eram supostamente livres. Mas o que era ser livre? A verdade é que nenhum daqueles homens e mulheres jamais tinham sido livres em toda a sua vida. Aquele território tinha vivido sob um regime feudal em 500 anos e como tal precisavam de um líder, da sua líder, para lhes dizer o que fazer, para onde ir.
Só que as três líderes que restavam estavam ou presas ou de cama. A Lydia estava na sua cama, a recuperar de uma ferida na zona abdominal. Tinha sido o Moon que a tinha levado até casa e era ele que estava a cuidar dela.
Já no caso da Minerva, que tinha sido a baixa de guerra mais estranha (já que tinha apenas um pequeno corte no rosto mas tinha caído sem sentidos no salão de White Bone), estava de volta ao Santuário. Ela estava há vários dias deitada na cama do seu quarto, sem dar qualquer sinal de vida. Havia momentos em que ficava gelada, como se estivesse morta, enquanto noutros momentos ficava cheia de febre, muito quente. Aquele era o efeito que o Gift tinha nela. O "poder" estava novamente nas suas veias, que estavam pretas e inchadas, contrastando com a sua pele clara. Passados 20 anos, ela estava novamente com o Gift, o que eleva as suas capacidades ao extremo. Uma super soldado para os tempos difíceis que se aproximavam.
E se todos achavam que a vida nas Badlands era difícil ou que a guerra entre os Barões estava a levar todos para uma morte certa, o que se segue vai ser muito pior e como tal a Mestre saiu do Mosteiro e salvou a Minerva de uma morte certa às mãos dos soldados da Chau. É que as setas que lhe atiraram congelaram no ar e se voltaram contra eles. Tinham todos morrido, menos a Julieta. Essa tinha sido colocado pelo Gaius numa cela.
Falando em Gaius, ele e a Tilda eram os únicos a "levar o barco". Eles estavam a fazer os papéis da Lydia e da Nóbrega enquanto estas recuperavam. Agora que controlavam todo o território, era necessário oferecer às pessoas as condições para serem finamente livres. Tinham que dar às pessoas as ferramentas necessárias para que possam viver numa sociedade igualitária. Eles diziam às pessoas que já eram livres mas estas ainda viam as sombras da Minerva e da Julieta em tudo o que era canto. Necessitavam de acabar com os baronatos. A Minerva tinha seis dos anéis dos Barões, eles apenas precisavam o da Julieta para formalizarem tudo.
A baronesa estava presa na mesma cela que anteriormente tinha recebido o irmão. Falando em irmão, o Gaius, que trajava uma jaqueta roxa, tinha lhe ido fazer uma visita mas esta era de tudo menos de cortesia.
- Espero que estejas a gostar, Julieta. Até deixei tudo arrumado para ti.
- Até deves estar contente por me veres aqui, presa.
- Estás aqui por causa de todos os crimes que cometes-te contra as pessoas das Badlands. Tu escravizas-te e atiras-te os teus soldados para a morte.
- Não acredito que vieste até aqui e deixas-te a tua queridinha sozinha só para me dares uma lição de moral. Não fiz nada de muito diferente do que os outros Barões faziam, do que o nosso pai fazia. Eu durante os últimos anos carreguei o nome da tua família pois tu não foste homem o suficiente para o fazer. Foi por causa da tua falta de coragem que o pai me entregou o baronato.
- E tu deste cabo de tudo. Perdes-te. Os teus homens perderam e tu estás presa. Admite a derrota e entrega-me o anel.
- Para quê? Para assumires o poder?
- Não. Para o destruir, tal como aos outros seis anéis. Os baronatos vão acabar. Vamos ser só uma nação democrática, onde todos são livres de fazer o que quiserem e como quiserem, tal como os antigos defendiam.
- E olha do que lhes valeu?! O mundo deles acabou e o nosso prevaleceu. Aquela gente precisa de nós, os Barões, para poderem viver...Aquela mulher deu-te volta a cabeça, sempre foi assim.
- Isto não tem nada haver com a Minerva. Eu sempre acreditei que todos somos iguais. Porque não te juntas a nós? És inteligente, podes ajudar-nos neste novo estado, nesta nova vida.
- Não, não posso. Entende que eu só estou viva porque aquela mulher esquisita apareceu e tocou com os dois dedos na testa da tua namoradinha. Ouvi dizer que ela não está nada bem. É verdade? - Ela sabia perfeitamente quais eram os seus pontos fracos, o seu ponto fraco. A verdade é que ele não sabia nada da Minerva, como ela estava. Da última vez que a tinha visto estava prostada em cima de uma cama, mais pálida do que o costume.
- CALA-TE! Tu não sabes nada sobre ela e muito menos sobre mim!
- Sei que ela é e sempre será a estúpida da criada apaixonada e tu o filho do Barão que largou tudo por uma paixão impossível - ele sorri. Se antes era impossível, a história deles agora era bem real, tal como a Julieta suspeitava -...afinal era verdade! Esse teu sorisso idiota não engana. Vocês estão juntos. Tu achas mesmo que a vais conseguir amansar? Ele é incapaz de amar, de confiar. Ele fala em querer libertar os escravos e toda essa treta que andas a debitar mas na realidade ela quer mais poder. Esta guerra entre mim e ela foi a vingança dela por aquilo que se passou no dia dos teus anos. Ela só quer a minha cabeça numa bandeja de prata. O mesmo aconteceu com os outros Barões. Não sabias?!...Enquanto estavas aqui presto, a tua namoradinha uniu-se ao Quinn e juntos assassinaram todos os Barões e respectivas famílias. O mesmo irá acontecer comigo e...tu passas enquanto ela achar graça à tua carinha. - Ele levanta-lhe a mão -...Doi, não doi?!...
- Tu não falas comigo assim! Eu não sou o teu cãozinho nem o dela. Se não me quiseres dar o anel, não dês. Não podes parar a revolução que há lá fora. Fica aqui, é mesmo melhor para ti. É que não é só a Minerva que quer a tua cabeça.
O que era bem verdade. A baronesa Julieta Chau não era muito amada pelos seus súbditos. Ela era uma mulher implacável que tanto era capaz de dar umas vergastadas a alguém em tão tenra idade como aprisionar o próprio irmão. Só que a Julieta era a última preocupação do Gaius. Ele queria era ver a Minerva mas a outra mulher, aquela que apareceu no meio do salão da sua casa, não deixava ninguém chegar perto dela.
Nem ele, nem a Tilda. A jovem Tilda estava em frente do quarto da mãe. A verdade é que por mais que diga que a relação delas tenha mudado, e a verdade é que mudou, já que ela não era mais a adolescente ingênua que fazia tudo o que a mãe lhe dizia. Só que tudo mudou depois de descobrir que a grande defensora das mulheres tinha "vendido" para o Quinn, o Barão mais perverso de toda a Badlands, a Veil e o pequeno Henry.
Era verdade que ela tinha feito muitas coisas más mas todos merecem uma segunda oportunidade e a Tilda não conseguia esconder a preocupação que tinha por causa da saúde da sua mãe adoptiva.
- O que tens miúda? - Ele tinha chegado sem ela ter dado conta, o que não era normal nela. Ela estava sempre atenta e agora estava assim...ausente.
- Aquela mulher está lá dentro há dias e não deixa ninguém entrar! O que se estará a passar?
- Também não sei e também não estou a achar graça nenhuma. Não entendo o porquê de não podermos ver a Minerva mas aquela mulher parecia a conhecer muito bem, bem melhor do que nós os dois.
- Mas como? Quem é aquela mulher e como ela conhece tão bem a minha... - O Gaius sorri. Ela estava preocupada com a mãe.
- Podes dizer mãe. Eu prometo que não digo nada a ninguém...Sobre aquela mulher, também não sei quem é mas dá para entender que ela conhece bem a Minerva, provavelmente de antes de ela ir parar à minha casa.
- Como ela era? - Senta-se no sofá. Ele faz o mesmo.
- A Minerva...- sorri ao se lembrar de quando eram pequenos -...era inteligente, muito bonita e, naquela altura, já não deixava que ninguém mandasse nela. Lembro-me de, uma vez, sozinha ter iniciado uma revolta no meio dos empregados. Ela subiu a um banco e começou a falar sobre eles não serem menos do que nós. Aliás, é verdade...Tilda, a tua mãe é uma mulher muito especial que sofreu muito e em parte graças à minha irmã e à minha família. Acho que se ela nunca tivesse ido para a minha casa jamais tinha tido a vida que teve. Talvez não estivéssemos todos aqui. Mas isso são um bando de ses. A realidade é que ela entrou na tua vida, na minha vida, e teve um impacto que jamais alguém teve ou terá...ela é muito importante para mim. Queria que soubesses disso. - era ele. Era ele que a estava a mudar. Ela nunca a tinha visto daquela forma, tão boazinha, e tudo se deve ao amor. Este é mesmo capaz de mudar uma pessoa. E ela começava a entender o porquê. Ele era diferente dos outros homens que tinha conhecido, para além de ser muito bonito. Ela encosta-se ao ombro dele e começa a chorar.
- Estou com medo. Tenho medo de a perder sem lhe ter dito como gosto dela, como ela salvou a minha vida. Antes de sairmos, no armeiro, ela tentou aproximar-se de mim e eu afastei-me. A verdade é que ela é a única pessoa que me resta. Perdi a Odessa, o MK está com o Peregrino e eu sem ela fico sem ninguém. Sempre fomos nós contra o mundo e agora sinto-me sozinha.
- Não é bem assim...Tu...vocês agora tem me a mim. Nunca mais vos deixarei sozinhas. Acredita em mim. - O Gaius estava a ser sincero. O que ele mais queria era criar um novo mundo, uma nova vida ao lado da Minerva. Ele, ela e a Tilda. Podiam não ser uma família tradicional mas eram uma família de guerreiros.
Uma autêntica luta era o que a Nóbrega estava a enfrentar. Já há vários dias que estava em coma e tal como os especialistas defendem, mesmo em coma somos capazes de sentir, de ver coisas que de outra forma seriam impossíveis de ver. Desde que caiu no salão de White Boné, desde que a Mestre lhe tinha restituído o Gift, ela tinha se lembrado de coisas que estavam guardadas no fundo do seu cérebro. Tinha novamente visto o rosto do pai (já não se lembrava dele), o filho (que tal como ela também era dotado) ou o falecido marido. Estavam todos em volta dela, numa floresta perto do mosteiro onde tinha conhecido o Bajie, quando aparece a Mestre.
- Mestre...O que você faz aqui? Onde estou? - A Mestre aponta para o alto da montanha, onde ficava o Mosteiro.
- Já não te lembras do mosteiro, Flea? Esta é a floresta onde te encontrámos e para onde fugiste com o Bajie.
- Mas como é que cheguei até aqui? Eu estava em White Bone e agora... - A Mestre levanta a mão para a calar. Ela não tinha tempo para gastar em conversa fiada.
- Não há tempo para isto. Acorda que eu estou à tua espera. - A Mestre desapareceu mas ela ainda era capaz de ouvir a sua voz - Anda, Minerva. ACORDA! - Como se de um choque se tratasse, a Nóbrega finalmente acorda. Estava assustada, a sua respiração era ofegante. Não tinha sido um sonho. A Mestre estava mesmo à sua frente mas ela já não estava na floresta. Aquele era o seu quarto, a sua cama. A Minerva tenta se levantar, encostar-se na cama - Vai com cuidado. - A Minerva leva a mão à cabeça.
- Doi-me a cabeça!
- É normal. Estiveste desacordada muito tempo. - A Minerva levanta-se e vai até ao espelho de corpo inteiro que tem no seu quarto. Procurava uma ferida, algo que tivesse feito com que ficasse de cama tanto tempo mas não havia nada. Ela estava perfeitamente normal.
- O que se passou comigo?....O que está aqui a fazer?...Eu estava em White Bone e agora estou aqui?...Como?!...
- Tantas perguntas! Não sei é se serei capaz de responder a todas.
- Eu estava na floresta onde o meu pai me deixou...eu vi o meu filho. Como?!...Como fez aquilo?!
- Eu não fiz nada, foste tu. O teu subconsciente te levou até à floresta para te recuperares. Eu apenas te chamei de volta. Tens coisas mais importantes para fazer. Não tens tempo para dormires, para viveres uma ilusão.
- Uma ilusão?! Eu vi o meu filho, ao meu lado, vivo! Eu finalmente vi a cara do meu pai. Eu não lembrava mais do rosto dela mas eu vi-o! - A Minerva estava a começar a irritar-se e todos sabem que quando alguém dotado se irrita, é quando o poder se manifesta na sua máxima plenitude. -...Porque voltou à minha vida?!...Eu ia matar a Chau!
- Não, não ias. Ela é que te ia matar.
-...Se assim fosse, mesmo que ela me mata-se, morreria pelo meu povo, para libertar as Badlands. Mas o que você quer de mim?! Quer que lhe agradeça por me ter salvo, é isso?!...Vocês me trancaram num baú, como se fosse uma boneca...
- Sabes perfeitamente o porquê. Tu eras muito perigosa.
- Era uma criança! Eu era uma criança assustada e sozinha. Tinha acabado de correr meio mundo com o meu pai a...espera ai...eu lembro-me! Eu lembro-me de tudo! Eu lembro-me do meu pai, de Azra, da Lótus Negra! O que você me fez! - Os olhos da Nóbrega tornam-se negros. Ela agarra na Mestre pela túnica e a eleva no ar - O que se está a passar comigo?!...- Grita. A Mestre estica os dois dedos e toca na testa da Minerva.
- Que a paz esteja contigo. - A Minerva larga-a e cai de joelhos no chão, incrédula. A Viúva olha para as suas mãos despidas. O que não é muito normal dela pois costumava andar sempre de luvas. Só que naquele dia não estava. Ao olhar para as suas mãos, para a sua alva cor de pele, repara em algo muito estranho. As suas veias pareciam que estavam inchadas, negras.
-...Isto foi?...
- A tua luta não é a libertação das Badlands. A tua verdadeira luta vai começar agora e como tal preciso que estejas preparada. Depois de todos estes anos e devido aquilo que vem ai...tu precisas de estar na tua melhor forma. Eu preciso que lutes.
- Por ti?!...Eu não sou uma monge!
- Não. Por eles. Tens que salvar o teu povo. Foi por isso que te dei de volta o Gift. Usa-o com sabedoria. É apenas a única coisa que te peço. - Depois de anos de busca, ela tinha recuperado o seu Dom. Ela agora era invencível! Só que não entendia aquela conversa da Mestre. Que guerra estaria para começar?...

Bem, estas seriam as primeiras cenas. Talvez num outro dia escreva mais sobre a conversa da Mestre com a Minerva e o reencontro desta com a Tilda e o Gaius.

De: AR.

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