terça-feira, 27 de agosto de 2019

"Men in the high Castle" traz um futuro que nunca aconteceu.

Todos nós sabemos que forma os aliados que venceram a II Guerra Mundial e que os Estados Unidos são uma das maiores potencias mundiais mas agora esqueça tudo aquilo que aprendeu na escola e entre num futuro que nunca aconteceu em "Men in the high Castle", da Amazon Prime Vídeo.
Esta série, que é inspirada no livro (que por acaso até já tinha lido) com o mesmo nome de Philip K. Dick, apresenta um mundo onde o III Reich e o Império Japonês governam o mundo (pelo menos é o que dá a entender mas acho que devíamos ter visto um pouco mais do resto do mundo e não só Berlim ou a "antiga" América).
Neste universo "alternativo" temos um homem misterioso que coleciona um conjunto de vídeos que apresenta imagens de um mundo (o nosso) onde o capitalismo e a liberdade são as palavras de ordem. Estes vídeos são muito importantes tanto para a resistência (que está acampada numa zona central dos Estados Unidos onde podemos encontrar as montanhas rochosas) como para os Nazis, que controlam a zona de Nova Iorque e o Atlântico.
É nesta região que podemos encontrar John Smith (Rufus Sewell), um antigo soldado americano veterano da II Guerra Mundial que agora tem um alto posto na hierarquia Nazi e que, no meio de muitas peripécias, consegue avisar Hitler (que aqui morre de velhice) de uma conspiração com o objectivo de o matar. Smith, que aqui pode ser visto como o antagonista, é um nazi convicto mas começa a ter dúvidas quando descobre que o seu filho tem problemas mentais, o que não é bem visto pelo Reich. Aliás, uma das cenas mais comoventes é quando o filho, inspirado pela coragem do pai, que estava a ser louvado pelos seus pares em Berlim, chama as autoridades sanitárias e em frente de uma mãe impotente se entrega às mesmas.
Na antiga São Francisco, que nesta história faz parte do Império Japonês, os ocidentais são vistos como cidadãos de segunda e a cultura oriental está presente em todos os aspectos da vida dos cidadãos. É neste contexto que encontramos a nossa protagonista, Juliana Crane (Alexa Davalos). Juliana tinha uma vida normal ao lado do namorado judeu, Frank Frink (Rupert Evens) quando a sua irmã, que já não via há muito tempo, aparece e a traz para junto da resistência.
Ao longo das quatro temporadas vemos Juliana em diferentes posições e devo dizer que o que mais me prendeu nesta série é a sua história diferente e que nos obriga a pensar em como poderia ter sido o nosso mundo. Uma outra série que adorei ver, e sobre a qual já falei inúmeras vezes aqui, é "Into the Badlands". Num dos últimos episódios, Bajie (Nick Frost) fala sobre como as pessoas quando ficam desleixadas e não fazem nada pelas suas vidas correm o risco de aparecer algum louco que mude o estilo de vida ao qual estavam habituados e é o que temos nesta produção da Amazon Prime.

Links relacionados: https://snarede5.blogspot.com/2019/05/autores-de-into-badlands-pensam-em-spin.html
https://snarede5.blogspot.com/2019/08/the-village-vida-britanica-do-inicio-do.html
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De: Andreia Rodrigues.

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