O filme "Little Joe", da realizadora austríaca Jessica Hausner (o primeiro que fez em língua inglesa), foi um dos filmes (em conjunto com "RocketMan" ou "Dolor y Gloria) que estreou durante o festival de cinema de Cannes.
Esta pelicula, que é protagonizada por Emily Beecham e Ben Whishaw, conta a história de uma planta modificada geneticamente que deita um pólen que faz com que as pessoas mudem de personalidade e deixem de se preocupar com o que antes era importante para elas. Mais ou menos o que acontece quando tomamos comprimidos. Ficamos "zombificados" e para mim esta produção é uma alegoria à sociedade em que vivemos.
"Little Joe" é considerado um thriller de ficção científica e desde que estreou em Cannes que tem deixado muita gente a falar sobre ele. Como tal perdi um pouco de tempo para ler e ver este filme e até fiquei agradavelmente surprendida e em baixo vou vos dizer o porquê.
Tudo começa com a realizadora, Jessica Hausner (que em 2009 gravou o filme "Lourdes"). A austríaca é apenas uma das quatro realizadoras a concurso ("Little Joe" está a concorrer para a Palma de Ouro) e é sempre de salutar ver uma mulher como realizadora ou argumentista principal. Muitos dizem que devia, pelo menos em Cannes (para encontrarmos uma mulher que tenha ganho o Óscar de melhor realizadora temos que recuar bastante no tempo) haver uma proporcionalidade nos realizadores a concurso e concordo. Falamos bastante em "revolução feminina" mas para que esta aconteça temos que dar mais espaço para que as mulheres se destaquem nas mais diversas áreas.
Continuando a falar sobre o género feninino, tenho que destacar a protagonista, Emily Beecham. Nesta película vemos a actriz anglo-americana com o cabelo bem mais curto e com um ar algo frágil mas será ela, a criadora do "monstro" que esta planta é, a única a não sucumbir aos seus efeitos hipnóticos. É que o seu filho, Joe (Kit Connor, um jovem actor muito interessante que estreou dois filmes em Cannes. O outro foi "RocketMan"), e o seu colega de trabalho, Chris (Ben Whishaw, o Q dos filmes de James Bond), que sempre foi apaixonado por ela, mudam completamente por causa desta planta vermelha que parece uma criação de um designer qualquer.
A estética cuidada (basta olharmos para a flor que mais parece um candeiro feito por um designer, as batas imaculadamente brancas dos cientistas
ou o cabelo da Emily Beecham que parece um capacete) e a realização algo fria deste filme é bastante cuidada e os planos próximos contribuem bastante para uma sensação algo claustrofóbica, o que ajuda ainda mais para entrarmos no espírito deste thriller austro-britânico.
Sobre se irá estrear no circuito comercial português, esta ainda é uma incógnita.
De: AR.
Esta pelicula, que é protagonizada por Emily Beecham e Ben Whishaw, conta a história de uma planta modificada geneticamente que deita um pólen que faz com que as pessoas mudem de personalidade e deixem de se preocupar com o que antes era importante para elas. Mais ou menos o que acontece quando tomamos comprimidos. Ficamos "zombificados" e para mim esta produção é uma alegoria à sociedade em que vivemos.
"Little Joe" é considerado um thriller de ficção científica e desde que estreou em Cannes que tem deixado muita gente a falar sobre ele. Como tal perdi um pouco de tempo para ler e ver este filme e até fiquei agradavelmente surprendida e em baixo vou vos dizer o porquê.
Tudo começa com a realizadora, Jessica Hausner (que em 2009 gravou o filme "Lourdes"). A austríaca é apenas uma das quatro realizadoras a concurso ("Little Joe" está a concorrer para a Palma de Ouro) e é sempre de salutar ver uma mulher como realizadora ou argumentista principal. Muitos dizem que devia, pelo menos em Cannes (para encontrarmos uma mulher que tenha ganho o Óscar de melhor realizadora temos que recuar bastante no tempo) haver uma proporcionalidade nos realizadores a concurso e concordo. Falamos bastante em "revolução feminina" mas para que esta aconteça temos que dar mais espaço para que as mulheres se destaquem nas mais diversas áreas.
Continuando a falar sobre o género feninino, tenho que destacar a protagonista, Emily Beecham. Nesta película vemos a actriz anglo-americana com o cabelo bem mais curto e com um ar algo frágil mas será ela, a criadora do "monstro" que esta planta é, a única a não sucumbir aos seus efeitos hipnóticos. É que o seu filho, Joe (Kit Connor, um jovem actor muito interessante que estreou dois filmes em Cannes. O outro foi "RocketMan"), e o seu colega de trabalho, Chris (Ben Whishaw, o Q dos filmes de James Bond), que sempre foi apaixonado por ela, mudam completamente por causa desta planta vermelha que parece uma criação de um designer qualquer.
A estética cuidada (basta olharmos para a flor que mais parece um candeiro feito por um designer, as batas imaculadamente brancas dos cientistas
ou o cabelo da Emily Beecham que parece um capacete) e a realização algo fria deste filme é bastante cuidada e os planos próximos contribuem bastante para uma sensação algo claustrofóbica, o que ajuda ainda mais para entrarmos no espírito deste thriller austro-britânico.
Sobre se irá estrear no circuito comercial português, esta ainda é uma incógnita.
De: AR.

 
 
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