sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Cinco anos sem Eusébio.

Há cinco anos atrás, Eusébio da Silva Ferreira, a eterna "Pantera Negra", um dos maiores nomes da história do futebol, morria. Esta morte abalou todo o país e em especial a "nação benfiquista", que perdeu de uma forma subdita a sua maior estrela, a sua maior referência.
Não vi o Eusébio a jogar, apenas em reportagens e documentários antigos, mas sempre soube quem era e vê-lo partir até a mim me custou. Lembro-me perfeitamente do dia da sua morte mas em especial do enterro pois eu estava lá. Quer dizer, não estive no enterro, que foi no Dia de Reis. Uma data deverás engraçada. O King foi enterrado no dia de reis. Foi no mínimo poético e algo macabro ver o caixão no meio do relvado da Catedral.
A despedida tinha que ser feita daquela forma. Foi ali que ele passou a sua vida, foi ali que se deu a conhecer ao mundo. E o mundo naquela altura era bem diferente pois não havia agentes ansiosos por vender um jogador nem o YouTube para vermos vídeos com habilidades do jogador. É que muitas vezes os jogadores não são nem metade daquilo que é apresentado nesses vídeos. Só que quando o presidente se apercebe disso, o jogador já foi contratado e tem um salário altíssimo (caugh...caugh...Viviano).
Só que o Eusébio não era assim. Ele corria de uma ponta à outra do campo e parecia ter uma energia incrível. Para além disto, quando rematava a bola era praticamente impossível de apanhar. Apenas um guarda-redes russo conseguiu tal proeza.
Eusébio era um jogador "de outro mundo" e para mim sempre foi e será um dos melhores da história, ali ao lado do Pelé e do Maradona (que deu entrada de urgência no hospital por causa de um sangramento nos intestinos mas já está em casa). Podia apresentar-vos mil razões para o Eusébio ser especial mas acho que ninguém precisa. Todos os portugueses, e não só, sabem que foi um jogador ímpar e que ainda hoje, cinco anos após, a sua morte, é acarinhado por muitos.
Se tivesse uma máquina do tempo, se tal fosse possível, eu traria o Eusébio de volta e o colocaria naquele belo verão de 2016 para que ele pudesse viver a alegria de finamente ser campeão. É que ele e todos aqueles que foram ao Mundial de 66 eram os verdadeiros campeões; depois, em 2004, na nossa casa, a "geração de ouro" e um jovem CR17 (é que o 7 naquela altura ainda era o Figo) "morreram na praia" mas mesmo assim nos deram momentos emocionantes como foi com aquele pênalti que o Ricardo bateu e depois defendeu com as sábias orientações de Eusébio. Se houve alguém que nasceu para ser campeão foi ele e mesmo não estando lá em França, acredito que ele gritou tão alto quanto nós quando o Éder marcou aquele golo e nos entregou a taça.
Bem, este texto está a ficar algo emocional e Eusébio é para ser recordado e não chorado. Qual é a vossa melhor memória da "Pantera Negra"?

De: AR.

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