sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Os 'novos plásticos' podem colocar em causa a saúde.

A 'luta' contra o plástico é cada vez uma constante na sociedade moderna. Vivemos rodeados de plásticos e como estes deterioram-se muito lentamente deixam a sua 'pegada ambiental' marcada. Mas para além da questão ambiental também existe a questão química e estão a ser procurados substitutos para estes. Só que os 'novos plásticos' podem ser igualmente prejudiciais para a saúde.

Um grupo de investigadores da Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos, descobriu que os 'novos plásticos', que apresentam substitutos do químico bisfenol A, também causam anormalidades genéticas e problemas reprodutivos em ratos de laboratório.
O químico bisfenol A, também conhecido como BPA, é bastante utilizado nos plásticos e pode ser encontrado em garrafas, dispositivos médicos ou forros de latas de comida.
A equipa da Universidade de Washington, que foi liderada pela investigadora Patricia Hunt, descobriu um conjunto de anormalidades dos ratos de laboratório. Uns, aqueles que tinham gaiolas a serem lavadas com determinado detergente, apresentaram anormalidades nos cromossomas do ovo. Já em outros animais foram vistos defeitos reprodutivos. Os animais que apresentaram estes defeitos estavam alojados em gaiolas de plástico feitas com alternativas ao BPA.
«Há crescentes evidências que muitas destas substituições comuns não são muito seguras», explicou Patricia Hunt, que é professora da Escola de Biociências Moleculares desta Universidade.
«Este é um plástico mais estável mas induziu efeitos similares no processo de fabricação de óvulos e espermatozóides. É importante ressaltar que, quando testamos os produtos químicos em experiências controladas, obtivemos sempre um conjunto de resultados semelhantes», conta a investigadora que em conjunto com os seus colegas também usaram outras substituições, como é o caso do BPF, BPAF e o difenil sulfona, mas em todos os casos os ratos de laboratório apresentaram problemas reprodutivos.
O mesmo tipo de problemas, e outras questões de saúde, podem afectar os seres humanos que entrem em contacto com estes 'novos plásticos'.
«Estas descobertas aumentam as evidências crescentes dos riscos biológicos apresentados por esta classe de substâncias químicas», defende Hunt e os seus colegas.
Desde que os resultados desta investigação foram apresentados, a agência americana Food and Drug Administration proibiu o uso do BPA em biberões e copos para crianças.

De: Andreia Rodrigues (publicado em Mood Magazine).

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