segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Descobrimentos ou escravatura?

Depois de ter lido que no condado de Los Angeles (Estados Unidos), uma estátua de Colombo tinha sido derrubada pois este tinha contribuído para a escravatura dos povos indígenas, este tema dos Descobrimentos/Escravatura (mas dizer desta forma) voltou a reacender-se dentro de mim.
A verdade é que este é um tema que sempre foi e sempre será bastante controverso. Se estiver na Europa, mais precisamente em Portugal ou Espanha, nas escolas aprendemos a grande história dos nossos antepassados e como eles com parcos recursos (pelo menos comparando com o que temos hoje em dia) conseguiram dar "Novos Mundos ao mundo". Pelo menos esta a ideia que é passada aqui no "Velho Continente" (mas mesmo aqui em Portugal nem todos são a favor da história e do papel que Portugal teve nos Descobrimentos. Não podemos esquecer a discussão toda que está a haver em volta do nome, de apenas um nome, a dar a um futuro museu sobre este tema).
Já no "Novo Mundo", mais especialmente no Brasil (isto tudo baseia-se em comentários lidos on-line, o que tem o valor que cada um está disposto a dar), o papel dos portugueses não é muito bem visto e não é muito incomum ouvir declarações como: "preferia que tivessem sido os espanhóis a chegarem primeiro" ou "devolvam-nos o ouro!" (isto por causa da utilização de ouro e outras pedras preciosas provenientes daquele território nas igrejas portuguesas).
Sobre toda esta discussão, e sendo eu uma amante de história e uma grande apreciadora dos feitos dos portugueses (este foi claramente o melhor período da nossa história), acho que os Descobrimentos foram bastante importantes para a história da humanidade (isto porque muitos dão o início da globalização nesta exacta altura) mas é impossível esquecer a morte dos índios ou os escravos provenientes de África.
São dois momentos negros, mas claramente não os únicos, deste período da história mas este mesmo período não deve ser apagado da nossa história (peço desculpa por esta repetição) é muito menos dos nossos corações. É que portugueses, brasileiros, moçambicanos, angolanos, cabo-verdianos, naturais de São Tomé e Príncipe, guinenses, macaenses e a população de Timor-Leste têm laços muito mais fortes que a distância física que nos separa.
A água pode nos separar mas a língua portuguesa, uma das mais faladas do mundo (por mais que se diga que não é bem assim, já que a a grande maioria da população destes países/territórios não têm no português a sua língua materna), faz com que a lusofonia seja cada vez mais forte.

De: AR.

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