A minha ideia para este texto seria falar um pouco sobre o meu novo animal de estimação, uma catatua. Agora são quatro pássaros (ja tinha três periquitos) cá em casa, o que é muito para quem antes era alérgica as penas.
Esta era a minha ideia inicial mas hoje dei por mim armada em filósofa e comecei a pensar sobre a morte e sobre o sentido da vida e é sobre isto que vos quero falar. Tudo começa com a morte. Isto é o fim de tudo e nunca ninguém está preparada para ela, por mais que hajam pessoas que se armam em fortalhonas e dizem que não têm medo de nada (o meu irmão é completamente o oposto. A psicóloga lá da escola perguntou aos miúdos o que eles mais temiam e aqui o espertinho foi pronto a responder..a morte).
Até ao momento (e ainda bem!), apenas perdi uma avó com a qual não tive nenhum contacto (logo nunca senti o beijinho bom de um avô. Mas talvez até tenha sido bom, pois segundo um certo professor esta é uma violência que iria fazer empalidecer qualquer activista do movimento #MeToo), uma tia do meu pai velhota e, pelos vistos, uma outra pessoa que durante inúmeros anos fez parte da minha vida. Digo isto mas não sei se é verdade. Não desejo mal a ninguém, e se tal aconteceu que rest in peace, mas talvez esta seja a pá de cal para enterrar uma parte da minha vida que está lá para trás e que, mesmo em vida, já me levou uma pessoa e uma forma de ver a vida.
Sempre me ensinaram que a família era o mais importante e por mais problemas que passemos, não a devemos deixar cair. É o que tento fazer todos os dias com a minha pequena, mas leal, família. Aqueles, os que não foram leais, ficaram lá no passado, ao lado de vários planos e sonhos. Uma vida pensada até à exaustão e onde tudo parecia fácil. Não é que fosse mas tinha sempre um apoio, uma boia de salvação.
Agora, depois de adulta, vivo a minha vida ao sabor das ondas, como se fosse uma surfista. Só que esta surfista, que não é da Baixa da Banheira mas sim de Sesimbra, espera, como os profissionais que estiveram este fim-de-semana em Peniche, de uma melhor ondulação que me faça subir até à "crista da onda".
Mas se acham que é difícil subir para onda (o que no meu caso parece cada vez mais impossível), ficar lá em cima é muitíssimo mais complicado. Li isto é está aqui uma bela verdade. Até dava para bordar numa almofada e colocar lá no sofá da sala. Quer dizer, isto se tiverem jeito para os trabalhos manuais, o que não é o meu caso. Eu sempre fui mais cerebral.
Bem, fica por aqui os meus desvarios de segunda-feira de manhã. Uma boa semana a todos! :)
De: AR.
Esta era a minha ideia inicial mas hoje dei por mim armada em filósofa e comecei a pensar sobre a morte e sobre o sentido da vida e é sobre isto que vos quero falar. Tudo começa com a morte. Isto é o fim de tudo e nunca ninguém está preparada para ela, por mais que hajam pessoas que se armam em fortalhonas e dizem que não têm medo de nada (o meu irmão é completamente o oposto. A psicóloga lá da escola perguntou aos miúdos o que eles mais temiam e aqui o espertinho foi pronto a responder..a morte).
Até ao momento (e ainda bem!), apenas perdi uma avó com a qual não tive nenhum contacto (logo nunca senti o beijinho bom de um avô. Mas talvez até tenha sido bom, pois segundo um certo professor esta é uma violência que iria fazer empalidecer qualquer activista do movimento #MeToo), uma tia do meu pai velhota e, pelos vistos, uma outra pessoa que durante inúmeros anos fez parte da minha vida. Digo isto mas não sei se é verdade. Não desejo mal a ninguém, e se tal aconteceu que rest in peace, mas talvez esta seja a pá de cal para enterrar uma parte da minha vida que está lá para trás e que, mesmo em vida, já me levou uma pessoa e uma forma de ver a vida.
Sempre me ensinaram que a família era o mais importante e por mais problemas que passemos, não a devemos deixar cair. É o que tento fazer todos os dias com a minha pequena, mas leal, família. Aqueles, os que não foram leais, ficaram lá no passado, ao lado de vários planos e sonhos. Uma vida pensada até à exaustão e onde tudo parecia fácil. Não é que fosse mas tinha sempre um apoio, uma boia de salvação.
Agora, depois de adulta, vivo a minha vida ao sabor das ondas, como se fosse uma surfista. Só que esta surfista, que não é da Baixa da Banheira mas sim de Sesimbra, espera, como os profissionais que estiveram este fim-de-semana em Peniche, de uma melhor ondulação que me faça subir até à "crista da onda".
Mas se acham que é difícil subir para onda (o que no meu caso parece cada vez mais impossível), ficar lá em cima é muitíssimo mais complicado. Li isto é está aqui uma bela verdade. Até dava para bordar numa almofada e colocar lá no sofá da sala. Quer dizer, isto se tiverem jeito para os trabalhos manuais, o que não é o meu caso. Eu sempre fui mais cerebral.
Bem, fica por aqui os meus desvarios de segunda-feira de manhã. Uma boa semana a todos! :)
De: AR.

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