Segundo um relatório criado pela OCDE e apresentado na passada sexta-feira, Portugal é um dos países com menor mobilidade social. Em Portugal, as origens sócio-económicas ainda são muito redutoras quando se pretende conseguir uma carreira profissional de sucesso.
Quando se nasce pobre e por mais estudos que se tenha, o “capital humano” dos pais acaba por prender ainda muito os filhos quando estes pretendem conseguir uma carreira profissional diferente da dos pais.
A minha tia costuma dizer que tanto filhos de doutores como os filhos dos calceteiros, "somos todos feitos da mesma massa". E é verdade. Todos temos sangue vermelho (por mais que alguns digam que têm sangue azul), veias e um dia vamos acabar por morrer. Somos todos iguais, as oportunidades é que são diferentes. Mais rapidamente um filho de uma pessoa com bons conhecimentos consegue uma posição primeiro que alguém que não tem "padrinhos".
Com isto voltamos à antiga história do factor C, o factor cunha. Já usaram alguma vez o factor C nas vossas vidas? Devo admitir que é agradável passar à frente numa fila para um concerto ou ter aquelas prendas que as marcas dão. São apenas dois exemplos de cunhas mas estes existem às centenas e de uma forma ou de outra todos nós o utilizamos, mesmo que não o admitimos.
A falta de oportunidades é algo de gritante em Portugal. É pena mas é verdade. Temos uma das gerações mais qualificadas da história (isto porque a educação é universal em Portugal) mas talvez seja aquela que está em pior situação. Somos qualificados mas pobres. Ganhamos pouco (ou nada) e acabamos por sufocar as nossas famílias e se estas já são pobres acabamos por viver num ciclo vicioso que dificilmente é quebrado. Não é que não aconteça mas é difícil.
Para todos os Cristianos Ronaldos a ganharem milhões, existem milhares de Antonios e Marias que não têm oportunidades de trabalho, que não consegue ascender a uma melhor posição social. Portugal é um país com uma grande desigualdade social marcante. Esta pode não ser tão visível como em países como o Brasil (que por cada estrela da Globo que haja existem milhões de pessoas a viverem nas favelas. Para mudarmos esta situação em Portugal, ainda há muito trabalho a fazer.
De: AR
PS (vídeo relacionado): https://youtu.be/fmNFP5F5msA
Quando se nasce pobre e por mais estudos que se tenha, o “capital humano” dos pais acaba por prender ainda muito os filhos quando estes pretendem conseguir uma carreira profissional diferente da dos pais.
A minha tia costuma dizer que tanto filhos de doutores como os filhos dos calceteiros, "somos todos feitos da mesma massa". E é verdade. Todos temos sangue vermelho (por mais que alguns digam que têm sangue azul), veias e um dia vamos acabar por morrer. Somos todos iguais, as oportunidades é que são diferentes. Mais rapidamente um filho de uma pessoa com bons conhecimentos consegue uma posição primeiro que alguém que não tem "padrinhos".
Com isto voltamos à antiga história do factor C, o factor cunha. Já usaram alguma vez o factor C nas vossas vidas? Devo admitir que é agradável passar à frente numa fila para um concerto ou ter aquelas prendas que as marcas dão. São apenas dois exemplos de cunhas mas estes existem às centenas e de uma forma ou de outra todos nós o utilizamos, mesmo que não o admitimos.
A falta de oportunidades é algo de gritante em Portugal. É pena mas é verdade. Temos uma das gerações mais qualificadas da história (isto porque a educação é universal em Portugal) mas talvez seja aquela que está em pior situação. Somos qualificados mas pobres. Ganhamos pouco (ou nada) e acabamos por sufocar as nossas famílias e se estas já são pobres acabamos por viver num ciclo vicioso que dificilmente é quebrado. Não é que não aconteça mas é difícil.
Para todos os Cristianos Ronaldos a ganharem milhões, existem milhares de Antonios e Marias que não têm oportunidades de trabalho, que não consegue ascender a uma melhor posição social. Portugal é um país com uma grande desigualdade social marcante. Esta pode não ser tão visível como em países como o Brasil (que por cada estrela da Globo que haja existem milhões de pessoas a viverem nas favelas. Para mudarmos esta situação em Portugal, ainda há muito trabalho a fazer.
De: AR
PS (vídeo relacionado): https://youtu.be/fmNFP5F5msA
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