No XIX Congresso da Associação Ibérica de Limnologia, que vai acontecer de 24 a 29 de Junho no Polo II da Universidade de Coimbra, os grandes problemas que ameaçam os cursos de água doce vão ser discutidos.
A sessão de abertura do congresso, que vai juntar 340 participantes de 22 países, vai realizar-se às 09:00 do dia 25 de Junho e será seguida de uma palestra proferida por Margaret Palmer, da Universidade de Maryland, EUA, uma das especialistas mundiais na área de restauração ecológica de rios e conhecida pelos seus depoimentos no Senado Americano relativamente a práticas de mineração que poluem os lençóis freáticos, deixando um legado de contaminação por muitas décadas após a cessação das atividades mineiras.
Este encontro, que vai ser organizado pelos investigadores do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da FCTUC, vai contar com a participação de Čedo Maksimović, do Imperial College, Reino Unido, que irá falar sobre Blue Green Dream project, isto é, trazer o verde para as cidades. Particularmente, como os rios e os seus ecossistemas podem ser integrados na paisagem urbana, com impactos positivos para as cidades, como mitigar as alterações climáticas e eventos extremos (seca, cheias), melhorar a qualidade do ar, melhorar a saúde e a qualidade de vida dos cidadãos e simultaneamente constituir locais para a preservação da biodiversidade.
Neste congresso serão apresentadas 36 comunicações, que serão apresentadas em 25 sessões e vão "tratar de assuntos emergentes ou de grande atualidade relacionados, por exemplo, com o efeito das atividades humanas sobre os sistemas aquáticos ou a gestão dos recursos hídricos. Entre as sessões, uma é dedicada aos rios temporários, rios que secam durante algum período. Estes rios têm sido negligenciados mas, segundo alguns cálculos, correspondem a metade dos rios do mundo, número que deverá aumentar no contexto do aquecimento global em curso. No entanto, a informação sobre a ecologia destes rios, a qualidade das suas águas quando começam a correr e o transporte de sedimentos e poluentes é ainda bastante escassa", explica Manuel Graça, presidente da comissão organizadora do congresso.
O investigador do MARE relembra que "alguns dos piores desastres ambientais estão relacionados com uma má gestão da água (p.e. o colapso do Mar Aral). A má gestão da água ocorre presentemente, com grandes rios a secarem (p.e. Colorado, Indus, Yellow) e planos hidrológicos duvidosos que ameaçam a biodiversidade e marginalizam sociedades humanas (p.e. delta interior do Níger). Água de má qualidade mata mais pessoas que todas as guerras; estima-se que 1,7 milhões de pessoas morram todos os anos devido a problemas relacionados com a água".
Manuel Graça alerta que as águas interiores: "providenciam serviços às pessoas, incluindo água de boa qualidade para consumo e irrigação, energia hidroelétrica, alimento e valores culturais e espirituais. No entanto, o aumento da população humana e das suas necessidades, as alterações climáticas, a fertilização e a poluição estão a colocar em risco a quantidade e a qualidade das águas interiores".
Além das sessões e comunicações científicas, o congresso, dirigido a cientistas, decisores políticos, gestores ambientais, indústria e todos os interessados nas águas interiores, engloba outras actividades.
No dia 25 de Junho vai ser inaugurada a exposição “Mulheres na Ciência” que sobre o papel das mulheres na Limnologia Ibérica e pretende dar continuidade aos esforços da Associação Ibérica de Limnologia para promover a igualdade de género na investigação em limnologia.
Já o dia 27 de Junho vai ser dedicado a visitas a locais de interesse histórico ou natural na região, como por exemplo uma descida do Mondego em kayak, uma caminhada na Serra da Lousã, uma caminhada no Baixo Mondego, uma visita às ruínas romanas em Conímbriga ou um passeio por locais históricos em Coimbra (este último oferecido pela Divisão de Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Coimbra).
Este congresso vai encerrar com a atribuição de prémios de melhor comunicação oral e melhor painel (três primeiros lugares) a jovens investigadores.
De: FG
A sessão de abertura do congresso, que vai juntar 340 participantes de 22 países, vai realizar-se às 09:00 do dia 25 de Junho e será seguida de uma palestra proferida por Margaret Palmer, da Universidade de Maryland, EUA, uma das especialistas mundiais na área de restauração ecológica de rios e conhecida pelos seus depoimentos no Senado Americano relativamente a práticas de mineração que poluem os lençóis freáticos, deixando um legado de contaminação por muitas décadas após a cessação das atividades mineiras.
Este encontro, que vai ser organizado pelos investigadores do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da FCTUC, vai contar com a participação de Čedo Maksimović, do Imperial College, Reino Unido, que irá falar sobre Blue Green Dream project, isto é, trazer o verde para as cidades. Particularmente, como os rios e os seus ecossistemas podem ser integrados na paisagem urbana, com impactos positivos para as cidades, como mitigar as alterações climáticas e eventos extremos (seca, cheias), melhorar a qualidade do ar, melhorar a saúde e a qualidade de vida dos cidadãos e simultaneamente constituir locais para a preservação da biodiversidade.
Neste congresso serão apresentadas 36 comunicações, que serão apresentadas em 25 sessões e vão "tratar de assuntos emergentes ou de grande atualidade relacionados, por exemplo, com o efeito das atividades humanas sobre os sistemas aquáticos ou a gestão dos recursos hídricos. Entre as sessões, uma é dedicada aos rios temporários, rios que secam durante algum período. Estes rios têm sido negligenciados mas, segundo alguns cálculos, correspondem a metade dos rios do mundo, número que deverá aumentar no contexto do aquecimento global em curso. No entanto, a informação sobre a ecologia destes rios, a qualidade das suas águas quando começam a correr e o transporte de sedimentos e poluentes é ainda bastante escassa", explica Manuel Graça, presidente da comissão organizadora do congresso.
O investigador do MARE relembra que "alguns dos piores desastres ambientais estão relacionados com uma má gestão da água (p.e. o colapso do Mar Aral). A má gestão da água ocorre presentemente, com grandes rios a secarem (p.e. Colorado, Indus, Yellow) e planos hidrológicos duvidosos que ameaçam a biodiversidade e marginalizam sociedades humanas (p.e. delta interior do Níger). Água de má qualidade mata mais pessoas que todas as guerras; estima-se que 1,7 milhões de pessoas morram todos os anos devido a problemas relacionados com a água".
Manuel Graça alerta que as águas interiores: "providenciam serviços às pessoas, incluindo água de boa qualidade para consumo e irrigação, energia hidroelétrica, alimento e valores culturais e espirituais. No entanto, o aumento da população humana e das suas necessidades, as alterações climáticas, a fertilização e a poluição estão a colocar em risco a quantidade e a qualidade das águas interiores".
Além das sessões e comunicações científicas, o congresso, dirigido a cientistas, decisores políticos, gestores ambientais, indústria e todos os interessados nas águas interiores, engloba outras actividades.
No dia 25 de Junho vai ser inaugurada a exposição “Mulheres na Ciência” que sobre o papel das mulheres na Limnologia Ibérica e pretende dar continuidade aos esforços da Associação Ibérica de Limnologia para promover a igualdade de género na investigação em limnologia.
Já o dia 27 de Junho vai ser dedicado a visitas a locais de interesse histórico ou natural na região, como por exemplo uma descida do Mondego em kayak, uma caminhada na Serra da Lousã, uma caminhada no Baixo Mondego, uma visita às ruínas romanas em Conímbriga ou um passeio por locais históricos em Coimbra (este último oferecido pela Divisão de Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Coimbra).
Este congresso vai encerrar com a atribuição de prémios de melhor comunicação oral e melhor painel (três primeiros lugares) a jovens investigadores.
De: FG
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