quarta-feira, 5 de junho de 2019

Um ano de S na Rede.

Foi neste dia, há sensivelmente 1 ano atrás, que decidi criar o S na Rede. A verdade é que me sentia infeliz e pouco valorizada no trabalho que estava a ter no Infocul e queria ter uma oportunidade para me valorizar e crescer enquanto jornalista, um mercado bem mais difícil de entrar do que alguma vez esperava. Pensei que se não conseguisse uma oportunidade teria que criar a minha.
Sei que foi um sonho empreendedor algo acima das minhas posses mas quem me conhece sabe que eu sempre fui uma sonhadora mas entretanto já aprendi, e da pior forma, que eu não consigo realizar nenhum dos meus sonhos. Mentira! Eu sonhei e me tornei jornalista mas infelizmente não consigo fazer carreira nesta área que sempre amei.
O S na Rede funciona mais como escape para a minha condição de desempregada (ou "biscateira", como se costuma dizer nas obras) de longa duração. É que com 27 anos, feitos no último dia 14 de Maio, sou a personificação da nulidade. Estou no desemprego, ainda vivo na casa dos meus pais, sou solteira e tenho alguns problemas com excesso de peso.
Mas o objectivo deste texto não me é lamentar (mas a verdade é que não vão ser poupados aos lamentos) mas sim fazer um pequeno apanhado do que foram os últimos 12 meses de vida do S na Rede, da minha própria vida e da busca incessante por trabalho.
Logo em Julho, um mês após ter começado este blogue, arranjo um estágio parcial na " Mood Magazine". Três meses depois é me anunciado que ainda sou muito "verde", dão me um certificado de estágio e sou obrigada a procurar uma nova oportunidade. E a oportunidade que eu pretendo tem que ser remunerada pois a verdade é que estou farta de viver "do ar".
Ainda no verão descubro que o primeiro lugar onde estagiei, o jornal "O Sesimbrense", estava a necessitar de uma jornalista profissional e decidi candidatar-me. A verdade é que sempre achei que a comunicação aqui no concelho é feita de uma forma deficiente. É que em vez de se aproximar das populações mais jovens acaba por as afastar e a verdade é que sem leitores ou ouvintes qualquer órgão passa por dificuldades. Depois de duas reuniões, várias conversas e alguns meses há espera é me anunciado que não fiquei. Devem ter encontrado alguém mais competente ou com conexões que não tenho.
Mais ou menos ao mesmo tempo sei de uma oportunidade no Benfica. Aquela não era a primeira vez que ia até ao Estádio da Luz mas aquela era uma entrevista para uma vaga no departamento de comunicação. Para mim não importava bem qual seria o trabalho. Estava nas "nuvens" quando sai daquele estádio. Poder trabalhar no clube do meu coração seria incrível e quanto mais fazer aquilo que eu mais gosto era um autêntico sonho. Mas este parece mais um daqueles meus sonhos impossíveis de concretizar.
E falando em sonhos impossíveis de concretizar, o meu objectivo de trabalhar em televisão esteve perto de acontecer neste ano por duas vezes. Primeiro foi quando respondi a um anúncio de um estágio na RTP África. Obviamente que esse estágio seria feito aqui em Portugal e sinceramente era do meu agrado pois sempre gostei de temas internacionais. A Ana Leal, que foi minha professora, uma vez disse que esta podia ser vertente do jornalismo menos querida mas adoraria ser correspondente num outro país. Deve ser uma experiência completamente fascinante.
Depois do internacional, outra vertente do jornalismo que eu sempre gostei e onde me via a trabalhar era em desporto. Sempre fui uma apaixonada por desporto e sou daquele tipo de pessoas que é capaz de falar sobre este tópico durante horas. Mas parece que os meus conhecimentos, amor pelas diferentes modalidades e (alegadamente) boa voz não foram o suficiente para conseguir ser contratada por um certo canal de desporto português. Não é que tenha ficado chateada por não ter ficado. Eu até sou capaz de compreender. O que não compreendo é ter ficado a "marinar" nas mãos dele e durante tantos meses.
Actualmente continuo na minha busca incessante para entrar no mercado de trabalho como jornalista a 100%. Bem...desejem-me sorte!

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