quarta-feira, 20 de março de 2019

"Into the Badlands" - Resgatando Gaius!

A Minerva tinha desaparecido de White Bone há várias semanas e ninguém sabia se ela estaria viva ou morta. As Borboletas estavam a procurar a sua "mãe" por toda a Badlands mas não havia sinal e por mais que ninguém quisesse admitir, a verdade é que já estavam a perder a esperança de a encontrar e a Lydia, aos poucos, estavam a começar a fazer o papel da Minerva como Barão.
Eles estavam concentrados em unir as Badlands na luta contra o Peregrino. Pelo menos isto é o que acontecia com a Lydia, Moon e Tilda. O Gaius não conseguia ficar parado no Santuário é abandonou tudo para a encontrar mas ela não estava em lado nenhum. Parecia que tinha evaporado no ar! A cada pista que provava estar errada só conseguia pensar nos homens da sua irmã mortos e na falta delas. Será que tinha acontecido alguma coisa às duas ou mesmo só a uma?...
Esta era a questão que ia na sua mente quando é atacado, junto de um rio onde tinha estado uma vez com a Minerva (ali eram apenas o Gaius e a Minerva e não a Baronesa e o irmão da Baronesa Chau). Os homens que o atacaram pareciam ser salteadores e estavam armados com machados. Ele conseguiu escapar de vários golpes mas uma luta de 1 contra 5 é sempre desleal e ele acaba por perder os sentidos quando é golpeado na cabeça.
Já desmaiado, é amarrado, é colocado no interior de uma carrinha e levado para um antigo circo. Na tenda estavam alguns militares vestidos de branco. Estes militares agarram no Gaius ao colo e amarram-no a uma roda como aquelas que são utilizadas no tiro com facas. O Gaius é despido e colocado numa posição de crucificação. Os militares afastam-se para avisar a Pátria que a encomenda já tinha chegado.

Horas depois, o Gaius finalmente recupera os sentidos. Ele estava amarrado a uma roda e tinha à sua frente 4 soldados a empunhar facas. O Gaius tenta-se libertar mas era impossível e os soldados ameaçavam usa-lo como "boneco" de tiro ao alvo caso se mexe-se. Quando eles iam atirar aparece uma figura que lhe era bem famíliar.
- Julietta... - A sua irmã ria de toda a situação, de todo o sofrimento que se preparava para perpetrar contra o irmão mais novo.
- Mas que cara de espanto é essa maninho? Não te lembras do circo onde costumávamos ir com a mãe? Sei que andas muito tristinho com o desaparecimento da criadita e achei que virmos até ao circo seria uma boa ideia para animares mas parece que estás mas é ainda mais zangado. - Ele estava cheio de raiva mas a verdade é que também tinha um pouco de medo. Ele conhecia bem a sua irmã e sabia que esta não o tinha matado há mais tempo por causa da mãe de ambos mas o aliar-se à Minerva tinha sido como assinar a sua própria sentença de morte e a mesma ia ser cumprida ali mesmo no meio da arena do circo.
-...Como sabias que eu estava no rio? O que queres de mim? - aproxima-se mais do irmão, ficando a menos de um palmo da cara dele.
- Nunca te esqueças que eu sei de tudo, rapazinho estúpido. Eu sempre sei de tudo! Tu achas mesmo que eu te deixei ir atrás do Peregrino só porque sim?
- O nosso trato era eu acabar com ele e tu deixavas-me livre!
- Desculpa mas tu sabes que não posso. Tu e os teus ideais são muito perigosos para mim. É por isso que estás aqui. - O Gaius inspira fundo e faz a pergunta sacramental, a pergunta que vai marcar a sua vida...ou morte.
-....estava a pensar em primeiro brincar um pouco contigo. - A Julietta indireita-se. - Ainda gostas de palhaços? - Mas que raio de conversa era aquela?! Ele não estava a entender nada mas a Julietta também não lhe dá muito tempo para formular uma resposta pois naquele momento entra um número de homens vestidos de uniforme branco, eram guardas fiéis à sua irmã, e com máscaras de palhaço na cara. - Acredita que destes não vais gostar nem um pouco. - Ela sai e eles começam a tortura-lo. Rodavam a roda e atiravam as facas à vez. Aquela era uma cena capaz de deixar até o maior amante de palhaços com medo deles. Mas haviam torturas ainda muito maiores guardadas para Gaius Chau.

Enquanto o Gaius estava a ser brutalmente torturado pela irmã, a Minerva tinha voltado ao Santuário e explicado à Lydia, ao Moon e à Tilda onde tinha estado nas últimas semanas. Desde White Bone, a Mestre tinha estado a treinar a Viúva para a dura guerra que se aproximava. Para derrotarem o Peregrino e o seu exército de Dark Ones tinham que contar com os melhores guerreiros das Badlands.
Mas antes de partir para a guerra, a Minerva voltou ao Santuário para garantir que ficavam todos bem. É que por mais más decisões que tinha tomado, as suas Borboletas eram a sua família e como tal tinha que garantir que tanto elas como os refugiados ficavam bem. Ela ia abdicar a favor da Lydia, a sua vice-rainha, mas a Tilda acaba por lhe contar que o Gaius tinha desaparecido.
Tinha certo dia saído dali à sua procura e nunca mais tinha voltado. Mas será que era mesmo verdade? Será que ele a tinha ido procurar ou pura e simplesmente tinha desertado? É que ela não conseguia esquecer as palavras da Julietta. Será que ela era mesmo mais uma das miúdas ingênuas que tinha caído na conversa do filho do poderoso Barão? Enquanto estava presa nos seus próprios pensamentos vê o Alazão, o seu cavalo favorito, a chegar mas sem ninguém na garoupa. O cavalo pára mesmo em frente dela.
- Mas o que estás aqui a fazer? Tu devias estar na cavalariça. - Pois devia mas estava sozinho na rua e estava celado. Alguém tinha saído com ele mas não havia sinal do misterioso cavaleiro. O seu cavalo estava muito perturbado e com a cabeça a empurrava. Até parecia que queria que ela o acompanhasse até algum lado. E era isso mesmo que ele queria. Ele morde-a pela manga e empurra-a. Queria que ela montasse e é o que ela acaba por fazer. Já em cima do belo cavalo negro, ela deita-se sobre o seu dorso, faz-lhe festas no pelo e fala muito ternamente ao ouvido. - Onde me queres levar? - Numa arrancada, o cavalo afasta-se dos portões do Santuário. Ela só tempo de agarrar nas rédeas para não cair.

Eles param junto de um rio. Mas aquele não era um rio qualquer. Ela já tinha estado ali. Primeiro quando era pequena e era uma das escravas dos Chau e depois, já em adulta, com o Gaius. Eles tinham feito ali um pic-nic. Ela salta do cavalo.
- Não entendo o que estou aqui a fazer. Porque fui fazer o que o raio do cavalo "disse"?! Ele não passa de um cavalo! -O cavalo impinasse. Ela leva os braços à cara para se proteger de um possível coice mas ele não ia bater nela. Ele com as patas afasta a relva e ele baixa-se para apanhar uma adaga que estava ali caída. - Mas esta é a minha adaga!...Será?...- O Gaius antes de se ir embora apanhou a adaga pois esta era uma recordação dela. - Saiste com o Gaius, foi? - o cavalo faz que sim com a cabeça. - Vocês pararam aqui e...para ele deixar sair a adaga é porque algo de muito grave se passou. Onde andas Gaius? - A Minerva tira uma das luvas e toca com a mão despida na lâmina da adaga. Com este género ela liberta o seu dark chi mas este tinha outras capacidades para além da força sobre-humana. Pessoas especiais conseguiam ativar o terceiro olho e ver mais além.
Ela vê uma tenda de circo e guardas vestidos de branco, como os da Chau. Também conseguia ver o interior. Aquilo era um antigo circo e ainda tinha o trapézio e outras coisas normais do circo. Também havia uma roda daquelas que é utilizada para atirar facas. Ela só conseguia ver a parte de trás desta roda. De repente ouve uma voz bem familiar a gritar. Ela deixa a faca cair
- GAIUS! - Ele estava preso naquela tenda de circo e precisava de ajuda pois pelos gritos alguma coisa de muito grave se passava. Ela agarra na faca e volta a montar a cavalo.

À porta do antigo circo Chen, que tinha sido abandonado há vários anos, estavam guardas armados vestidos de branco. Eram claramente guardas da Chau que tinham fugido com a sua Baronesa depois da tomada de White Bone pelas forças da Viúva. Para além daqueles dois guardas, mais quatro entram no interior da tenda.
Sem que ninguém a visse, a Minerva estava escondida numa árvore a espiar as movimentações dos guardas da Chau. Ela tinha contado seis mas eles seriam certamente muitos mais lá dentro. Eram um pequeno exército e ela era apenas uma mulher que tinha ido até lá por uma visão, por uma voz que não saia da sua cabeça. Mas será que era tudo verdade ou era a mente dela a pregar-lhe uma partida? A resposta aquela pergunta veio com mais um grito do Gaius. Ele estava mesmo ali e ela tinha que agir naquele exacto momento pois ele parecia estar em sarilhos. Ela atira duas borboletas que atingem em cheio as cabeças dos soldados que estavam a guardar a tenda. Ela salta da árvore e arrasta os dois homens para trás de um carro. Entra à socapa para a tenda e sobe por um cabo, como aqueles que os trapezistas costumavam usar. Ai consegue ter uma visão global da tenda e era como ela temia. Estava lá dentro um pequeno exército e a...
-...Chau...- ela tinha a Julietta na mira da sua arma quando aparece um dos soldados aos gritos.
- Homens abatidos! Homens abatidos! - Tinha sido descoberta. Os homens rodeiam a Chau e preparavam-se para a levar para um sítio seguro. Ela tinha que atacar antes que ela fugisse novamente. A Minerva usa a besta que tinha roubado a um dos homens para atirar e consegue abater três. Olham todos para cima e vêm uma mulher vestida de negro a agarrar por uma mão o trapézio.
- Minerva...- A raiva podia ser ouvida perfeitamente na voz da Julietta. Mas se a Chau parecia que estava a ver uma fantasma à frente dela, isto porque no seu último confronto a Minerva tinha sido levada por uma misteriosa mulher, o outro Chau presente naquela tenda, o Gaius, que tinha sido de tal forma torturado que mal conseguia abrir os olhos, ganha uma nova vida por ouvir o nome do seu anjo.
A Minerva voa pelos ares mas é atingida no braço por uma flecha que a faz cair desamparada. Os soldados da Chau a rodeiam e desembainham as espadas.
- Uma bela entrada mas a aterragem podia ser bem melhor. - A Minerva levanta os olhos do chão mas nem lhe responde. Prefere retirar a flecha que tinha no braço esquerdo. - Tu não me largas mesmo, chata!
- Sabes como sou.
- Sei sim. Uma impretignada que acha-se mais do que na realidade é. A verdade é que vocês os dois se merecem mesmo. - A Minerva e o Gaius trocam olhares. Já não se viam desde White Bone e só os deuses sabiam as saudades que ele tinha dela mas aquele não era o local ideal para um reencontro romântico. -A verdade é que poderíamos ter tido uma bela relação se não fossem esses vossos ideais. - A Minerva estava agarrada ao braço. Sentia que o sangue estava a escorre-lhe pelo braço. Não havia muito mais tempo até o seu poder ser libertado. -...Bem...mas a verdade é que nós os dois nunca tivemos uma relação normal de irmãos e tu não passas de uma escrava que matou o marido para se tornar Baronesa. - A Minerva levanta-se e levanta os braços em sinal de paz.
- Tu sabes muito bem o porquê de ter morto o meu marido mas eu não tenho que te dar explicações. O teu tempo acabou Julietta. - A Julietta ri. Que lata!
- Acho que te enganas. O teu tempo....o vosso tempo acabou. Vejo-me livre dos dois de uma vez só. É que tu até me podes ter apanhado à traição uma vez mas não me apanhas a segunda. Olha bem à tua volta. Não tens forma de saires daqui viva. Tu tens um exército à tua volta! Por mais que as tuas Borboletas e os escravos fação de ti uma lenda, a grande Viúva, a realidade é que não passas de uma simples mulher que está encurralada. Este vai ser o vosso fim! - A Minerva leva a mão à ilharga, onde tinha a espada. A Julietta repara no gesto - Tira a mão dai!
- Ok...Rapazes, o que se vai passar é o seguinte. Ou vocês depõe as armas e me prestam lealdade ou...
- Não liguem! Ela está pura e simplesmente a fazer conversa para conseguir escapar. - Os olhos da Minerva passam de verdes para negros. O chi tinha sido libertado e agora ninguém seria capaz de a travar.
Os homens da Chau dão um passo atrás com a visão dos olhos da Viúva, é que eles sabiam que ela era uma grande guerreira, a melhor de todas as Borboletas, mas ela com o Gift transformava-se num ser totalmente imparável. Mas por mais que a temessem tinham que atacar, ordens da Baronesa Chau.
O resto foi história...
Como dizem os clippers, com poucos golpes a Minerva conseguiu "ceifar" vários homens da Chau. Eles podiam ser mais do que ela mas ela era bem mais rápida, ágil e sob o efeito do Gift tinha uma força sobre-humana que a transformava numa verdadeira máquina de guerra.
Ao ver os seus soldados a serem derrotados com tanta facilidade por uma simples mulher, a Julietta tenta fugir dali mas a Minerva corre atrás dela e a impede.
- Eu disse que este seria o teu fim. - Aponta-lhe a espada.
- Mas quem és tu?
- Eu?! Eu sou a tua pior inimiga. - Quando a Julietta esperava que a Minerva a ataca-se com a espada, o que era bastante letal pois ela era uma grande esgrimista, a Viúva surpreende com um potente pontapé que faz com que a Chau atravessa-se uma parede. Aquela era a luta final entre aquelas duas. Depois daquele dia iria deixar de haver Barões. O sonho da Minerva estava prestes a se concretizar. Sem a Chau ia haver, finamente, paz nas Badlands. Mas depois de derrubar a Julietta tinha que subir uma montanha muito pior e mais mortífera do que alguma vez tinha visto, o Peregrino.
Quando parecia que a Minerva ia aplicar o golpe final, ela perde o Chi e cai de joelhos, agarrada à cabeça. Ela tinha recuperado os seus poderes mas precisava de voltar a controla-los. Ela estava caida e desamparada. Aquele era o momento ideal para a Julietta acabar com a Minerva, que continuava de joelhos ali mesmo à sua frente.
O Gaius, que entretanto tinha aproveitado toda a confusão para se soltar, atira uma faca que acerta no pulso da irmã. A Nóbrega aproveitou esta oportunidade para agarrar na sua espada e desferir um golpe mortal na zona da barriga. Pronto, estava feito. Tinha se vingado de tudo o que tinha passado às mãos da Julietta. Essa jazia morta no meio do chão. O baronato dos Chau tinha finalmente acabado e ela tinha ganho a guerra. Só que a sua vitória não ia ter assim um sabor tão doce.
O Gaius, que tinha sido brutalmente torturado, não aguenta mais e desmaia. A Minerva corre na direção dele mas ele não dava qualquer sinal de vida e tinha o pulso bastante fraco. Ele tinha conseguido sobreviver agarrando-se à imagem dela e à vontade que tinha de a voltar a ver mas agora que ela estava ali já podia partir. Já podia fechar os olhos e descansar. Ele podia estar pronto para partir mas ela não estava disposta a perde-lo. Lá com muito custo conseguiu carrega-lo até ao carro e depois de fazer uma ligação directa arranca a toda a velocidade em direção ao Santuário.
- Aguenta, meu amor, que vou levar-te para casa. - Ele estava num local que costumamos chamar de limbo. Este é aquele sítio onde as almas costumam repousar antes de ascenderem aos céus ou descerem aos infernos. É um local onde vamos a um local ou vemos aquelas pessoas que mais amamos. É o momento onde fazemos uma pequena revisão da nossa vida e isto era o que estava a acontecer ao Gaius.

Ele estava em frente de uma porta com o símbolo de uma borboleta. Aquela parecia mesmo uma das portas do Santuário. Ele entra. Tinha acabado de entrar no Conservatório. Lá estavam os vitrais, o mapa das Badlands com as borboletas e...
- Minerva...- Ela estava junto da janela e sorri. - estamos no Santuário. Como voltamos para aqui? Como me encontraste? - A Minerva aproxima-se dele.
- A nossa casa é onde está o nosso coração e acho que este é o nosso Santuário. - Como ela tinha razão. Aquela não era a casa dele mas adorava tudo ali. Isto porque tudo naquela local, desde a mais pequena flor à glamorosa escadaria, o fazia lembrar dela. E lá estava ela, o seu primeiro amor, o seu único amor. 
- Nunca pensei sentir-me tão bem neste local. Sinto-me feliz, em paz. É como se sonhasse com este lugar toda a minha vida. É um sonho. 
-...Não, não é. Esta é a nossa vida, Gaius. - Ele faz-lhe um festa no rosto.
- Como gostava que fosse verdade. 
- E é verdade. O teu lugar é ao meu lado Gaius. Volta Gaius! GAIUS!...- De repente um raio de luz o encandeia. É como se fosse puxado para outro lugar.

A Minerva tinha conseguido levar o Gaius de volta para o Santuário. Ele estava deitado em cima de uma cama enquanto ela passava um pano húmido pela testa dele. Estava naquele estado há várias horas quando, de repente, acorda.
- Gaius! - Ele tinha acordado, voltado do mundo dos mortos, por ela. A história de Minervus não podia nem vai acabar num antigo circo abandonado.

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