sábado, 26 de janeiro de 2019

15 anos sem Fehér.

Ele sorriu e caiu. Foi desta forma trágica que acabou a carreira de um jogador que deixou saudades por onde passou e alertou para os cuidados de saúde que os desportistas profissionais devem ter.
A 25 de Janeiro de 2004, o Benfica tinha ido até ao estádio do Vitória de Guimarães e o jogo estava 1-0, golo de Fernando Aguiar (não me perguntem quem ele é pois não consigo dizer), quando o número 29 do SLB, o avançado húngaro Miklós Fehér viu um cartão amarelo, sorriu para o árbitro e caiu inanimado no chão.
O que se passou de seguida resume-se a equipas médicas a correrem de um lado para o outro e jogadores (colegas de equipa e não só) e público presente "lavado em lágrimas". Não havia nada a fazer por Fehér. O jogador de 24 anos morreu com fibrilação ventricular resultante de uma cardiomiopatia hipertrófica.
Deste dia lembro-me do choque, de não acreditar no que estava ouvir. Lembro-me de mudar para a SIC, acho que cortaram a emissão do jogo (como devem entender), e de ver o programa do Herman José.
O humorista costumava começar o seu programa com um conjunto de piadas e quando ele começa o programa a dizer que um jogador do Benfica tinha morrido no meio do campo eu não queria acreditar. Nem eu nem ninguém. As pessoas só acreditaram quando Herman José disse que não estava a brincar e que infelizmente tudo aquilo era muito sério.
Nos dias seguintes aconteceu uma cerimónia no Estádio da Luz (esta foi a primeira vez que um "funeral" foi realizado no estádio. A segunda vez foi com o "King" Eusébio) e o funeral, que contou com a presença de uma enorme comitiva do Benfica, aconteceu na cidade de Tatabánya, na Hungria.
Desde da morte de Fehér, a sua memória tem sido preservada pelo Benfica pois nunca mais ninguém o número 29, que era o número da sua camisola.
A camisola que trazia naquele dia, e que teve que ser rasgada pelas equipas de reanimação mas de nada valeu, está em exposição no Museu do Benfica e quem entrar na Porta 18 poderá encontrar dois bustos. Bustos estes que tem em comum a nacionalidade húngara e o amor que tinham pelo Benfica. Um dos bustos é do maior treinador da história do clube, Bella Gutman. O outros busto é de Fehér. Para além deste busto, existe também uma coroa de flores com as cores da bandeira húngara (vermelho, verde e branco).
Além do Benfica, último clube que representou, Miki Fehér também jogou no Porto, Braga e no Salgueiros.

De: AR.

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