sábado, 10 de novembro de 2018

Os muros não nos podem separar.

No último dia da Web Sumitt, o Presidente da República exortou os presentes para o aumento dos regimes totalitários e a diminuição das democracias. Vivemos num mundo cada vez mais insensível, onde o sofrimento dos outros nada nos diz.
A crise dos migrantes no mediterrâneo, o problema da Venezuela e agora a caravana dos migrantes que se dirige para os Estados Unidos. Estes homens, mulheres e crianças estão actualmente no México mas certamente não serão tão bem recebidos nos Estados Unidos como estão a ser recebidos aqui. É que se alguém pensava que Trump iria acalmar um pouco depois das eleições intercalares, parece que não. É que se anteriormente tinha dito que estes migrantes iriam ser recebidos por uma força policial musculada, Trump voltou a afirmar que iria construir um muro para separar os Estados Unidos do México.
Esta declaração foi feita ontem. Enquanto Trump falava (e não nos podemos esquecer do ataque ao bar perto de Los Angeles que matou 12 pessoas), uma escola na Carolina do Norte foi atacada por um atirador.
Num mundo cada vez mais extremado, o preconceito contra a comunidade Gay e LGBT tende a ser pior cada vez. Já falei deste filme aqui e voltou a falar mas não é pela história em si mas por causa do que aconteceu quando foi emitido num cinema brasileiro. Durante a exibição de "Bohemian Rapsody", o público de uma sala de cinema no brasil revoltou-se com uma cena que tinha uma conotação mais gay e começaram a gritar "Bolsonaro vai tratar de vocês!". A estas pessoas só posso dizer uma coisa: não querem, não vejam. Toda a gente sabe que o Fredy Mercury era bissexual (já agora, quando escreverem um nome em inglês façam primeiro uma pequena pesquisa para não escreverem nenhum disparate) logo é normal que esteve filme apresente algumas cenas gay. Este é um filme sobre um músico excepcional que merece muito ver a sua vida e música serem preservadas.
Algo que não se pode esquecer é a "Noite de Cristal". Esta aconteceu há precisamente 80 anos atrás e podemos dizer que deu o "pontapé de saída" para a perseguição dos judeus. Estes primeiro viram as suas sinagogas e lojas serem destruídas (dai o nome "Noite de Cristal") e acabou com o maior genocídio que o mundo já viram.
Só que parece que nem todos aprenderam com a perseguição ao povo judeu. É que na França, país que tanto sofreu durante a II Guerra Mundial, os ataques contra esta comunidade cresceram em apenas 1 ano cerca de 70%.
Algo que continua, e que já faz 3 anos, foram os acordos que levaram à união das esquerdas neste governo que todos chamamos de "geringonça" e que governa o nosso país pelo menos até ao ano de 2019.
A verdade é que não existe nenhum lugar no mundo onde possamos dizer que estamos 100% seguros. Até na longínqua Austrália já há ataques terroristas e recentemente um homem armado com uma faca matou uma pessoa é feriu outras duas.
O mundo está a tornar-se num local cada vez mais perigoso mas não são muros nem políticas bélicas que vão mudar esta situação. O diálogo é que é capaz mudar tudo.

De: AR.

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