Este texto começa com uma notícia que tem como protagonistas o apresentador Sílvio Santos e a cantora Cláudia Leitte. Num programa especial, a cantora brasileira apresentou-se com uma saia mais curta e o conhecido apresentador (que é um dos mais conhecidos do país e é o dono do canal de televisão SBT) admitiu que estava excitado por aquela vestimenta mais ousada e que deixava a imaginação mais solta.
Esta história acabou com a cantora meio envergonhada a dizer que ou mudava de roupa ou ia-se embora mas não devia ser assim. Os homens, por mais idade ou poder que tenham, não podem dizer tudo aquilo que querem e muito menos olharem para as mulheres como bonecas. Isto acontecia há uns anos mas temos que mudar este conceito que muita gente defende e que, em situações extremas, como é o caso de uma violação, haverem ainda pessoas que são capazes de dizer que a culpa é da vítima pois esta estava com uma saia mais curta ou um top mais decotado.
Claramente são as mulheres as roupas que fazem o carácter de uma mulher e os homens não podem mais dizer o que uma mulher pode ou não vestir (como já escrevi sobre este tema algumas vezes, deixo aqui dois trabalhos da minha autoria para poderem ver: https://maggiezinhar.blogspot.com/2017/08/o-seio-da-discordia.html e https://maggiezinhar.blogspot.com/2017/08/pelo-direito-ao-uso-do-biquini.html).
Mas esta história com o Sílvio Santos, e que está a correr a internet, não me chocou só pelo facto de ele ter dito em directo que estava com uma ereção e como tal não podia abraçar a Cláudia Leitte. O que mais me chateou, e não estou aqui a dizer que gosto ou não das suas capacidades vocais, foi ele ter transmitido que ter um corpo bem feito e uma cara bonita é mais importante que o trabalho e o talento.
Mas não vamos ser tão cínicos e temos que admitir que, mesmo já se dando importância ao talento, se a pessoa for bonita tem sempre uma maior hipótese de ficar com uma posição mais elevada. E isto acontece em tudo, até no jornalismo. E sobre isto, e esta é uma história já com várias décadas mas, bem mais raramente, continua a acontecer (aliás, uma vez aconteceu quase à minha frente. Fui para uma entrevista para repórter e tive que esperar bem mais de uma hora para poder falar com o coordenador. Isto porque estava lá dentro outra candidata. Só que ninguém tinha passado por mim, só havia uma porta e quando finalmente entrei para o escritório ela estava na casa-de-banho. O que fizeram? Não sei. Só sei que eu não fiquei com o lugar).
A verdade, e por mais que gritemos a favor do feminismo e da igualdade de género, é que o machismo continua bem presente na nossa sociedade e esta história do Sílvio Santos é apenas mais um exemplo.
De: AR.
Esta história acabou com a cantora meio envergonhada a dizer que ou mudava de roupa ou ia-se embora mas não devia ser assim. Os homens, por mais idade ou poder que tenham, não podem dizer tudo aquilo que querem e muito menos olharem para as mulheres como bonecas. Isto acontecia há uns anos mas temos que mudar este conceito que muita gente defende e que, em situações extremas, como é o caso de uma violação, haverem ainda pessoas que são capazes de dizer que a culpa é da vítima pois esta estava com uma saia mais curta ou um top mais decotado.
Mas esta história com o Sílvio Santos, e que está a correr a internet, não me chocou só pelo facto de ele ter dito em directo que estava com uma ereção e como tal não podia abraçar a Cláudia Leitte. O que mais me chateou, e não estou aqui a dizer que gosto ou não das suas capacidades vocais, foi ele ter transmitido que ter um corpo bem feito e uma cara bonita é mais importante que o trabalho e o talento.
Mas não vamos ser tão cínicos e temos que admitir que, mesmo já se dando importância ao talento, se a pessoa for bonita tem sempre uma maior hipótese de ficar com uma posição mais elevada. E isto acontece em tudo, até no jornalismo. E sobre isto, e esta é uma história já com várias décadas mas, bem mais raramente, continua a acontecer (aliás, uma vez aconteceu quase à minha frente. Fui para uma entrevista para repórter e tive que esperar bem mais de uma hora para poder falar com o coordenador. Isto porque estava lá dentro outra candidata. Só que ninguém tinha passado por mim, só havia uma porta e quando finalmente entrei para o escritório ela estava na casa-de-banho. O que fizeram? Não sei. Só sei que eu não fiquei com o lugar).
A verdade, e por mais que gritemos a favor do feminismo e da igualdade de género, é que o machismo continua bem presente na nossa sociedade e esta história do Sílvio Santos é apenas mais um exemplo.
De: AR.
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