terça-feira, 16 de outubro de 2018

Existe uma nova firma de monitorizar a doença pulmonar obstrutiva crónica.

Um grupo de nove investigações de Coimbra são os responsáveis pelo Welcome Vest. Este é um colete inovador para monitorização contínua da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), uma doença que, segundo previsões da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2030 será a quarta causa de morte e a sétima de morbilidade no mundo.
Este projecto foi desenvolvido ao longo dos últimos quatro anos e tem como objectivo desenvolver um sistema tecnológico que mude o paradigma no tratamento e acompanhamento dos pacientes que sofrem de DPOC com comorbilidades (designadamente insuficiência cardíaca, ansiedade, depressão e diabetes), apostando na designada Medicina P4, preditiva, preventiva, personalizada e participativa.
Este colete tem um sistema de tomografia, o que permite obter, de forma não invasiva, imagens dos pulmões geradas através da passagem de uma corrente eléctrica.
"Esta foi a grande inovação do projeto, mas o colete, que é apenas uma parte da solução tecnológica desenvolvida, integra tecnologia diversa, concretamente um vasto conjunto de diferentes tipos de sensores para monitorização contínua de sinais fisiológicos (eletrocardiograma, saturação de oxigénio, sons respiratórios, frequência respiratória e atividade física)", descreve Rui Pedro Paiva, docente do Departamento de Engenharia Informática da FCTUC e coordenador da equipa portuguesa.
"O WELCOME Vest efectua a aquisição em tempo real de um imenso volume de dados muito díspares e envia-os para um dispositivo do paciente (tablet ou smartphone), onde é realizado o pré-processamento da informação recolhida para validar a sua qualidade. Também no tablet, o paciente dispõe de uma aplicação com um conjunto de tarefas a realizar pelo próprio, tais como resposta a questionários de fadiga, medição de pressão arterial, pesagem ou visualização de vídeos (in)formativos", esclarece o professor sobre este colete. Todos os dados conectados são remetidas para uma “central de informação” instalada na Cloud (computação na nuvem), onde se encontram todos os algoritmos desenvolvidos pelos cientistas do consórcio, "para o processamento dos diferentes tipos de informação que permita traçar o quadro do paciente e prever exacerbações (episódios de agravamento da doença), fornecendo ao médico, através de um sistema inteligente de apoio à decisão, informação que possibilite atuar atempadamente, evitando internamentos e atuando ao nível da prevenção e mitigação das comorbilidades da DPOC", realça o investigador.
A investigação agora vai centrar-se na melhoria da robustez e fiabilidade do sistema tecnológico deste colete.

De: FG.

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