sábado, 8 de setembro de 2018

O mundo anda louco!

Depois de ver as capas dos jornais uma pessoa só consegue exclamar que "o mundo está louco!". Estão a acontecer tantas coisas que se fizesse uma noticia para cada tema iria encher o blogue só a falar de Internacional e como não tenho espaço, decidi aglutinar tudo neste texto e por isso só vos posso avisar que este texto, tal como os seguintes, serão longos mas acredito que serão interessantes.
Vou começar com o que está mais perto de nós, a Alemanha. De uma forma ou de outra, acho que todos podemos concordar que estamos a viver num mundo cada vez mais polarizado onde os sentimentos nacionalistas voltam a surgir. Podemos não estar a sentir isto em Portugal mas aqui na Europa infelizmente há cada vez mais o sentimento de nós contra eles. E os eles são os refugiados que chegam quase todos os dias vindos do norte de África e do médio oriente.
A grande maioria vem fugida da guerra e da fome mas ao contrário do que podem pensar (numa reportagem feita pela BBC no porto de Calais, em França, um jornalista perguntou a um grupo de jovens do Sudão o porquê de eles quererem ir para Inglaterra e a resposta foi "porque é bom". Eles não sabem explicar o porquê. Apenas sabem que é bom nada mais) aqui não estamos muito melhor e cada vez mais vivemos tempos conturbados, tempos de mudança (e ou muito bem engano ou esta mudança não será boa para ninguém) e em plena Alemanha assistimos a algo que não víamos desde antes da II Guerra Mundial.
Na cidade alemã de Chemnitz houve uma “caçadas aos imigrantes”. Tudo o que não parece-se alemão foi obrigado a fugir e chegou a haver um morto. Só que os militantes de extrema-direita difundiram a mensagem que o morto era um jovem alemão que tinha defendido uma bela e pura loura de olhos azuis do maldoso emigrante. E quando muita gente diz ao mesmo tempo a mesma coisa há sempre quem acabe por acreditar nesta mentira.
Só que o morto era um alemão filho de mãe alemã e pai cubano e esta “caçadas aos imigrantes” causou o repúdio de todos e para demonstrarem que eram contra este acto, os habitantes da cidade reuniram-se num concerto a favor da emigração. Esta posição de força deverá ser também tomada pelo povo da Suécia, que são os próximos a ir a votos.
Passamos da Europa para a Venezuela, país que está mergulhado na grave crise económica, social, política e de saúde e que todos os dias vê sair mais pessoas. Aqueles que não têm dinheiro fogem mesmo a pé para os países fronteiriços enquanto os emigrantes portugueses e luso descendentes estão de volta a Portugal, país de onde um dia saíram à procura de uma vida melhor.
Só que já não há nada de bom lá. Enquanto os venezuelanos sofrem, Nicolas Maduro continua a falar de uma guerra económica e agora quer que os seus cidadãos comprem ouro. Mas como eles vão poder comprar ouro se o salário mínimo dá para comprar algumas bananas, tomates e chega. Esta ideia, tal como a criação do Petro, são vão servir para perpetuar mais no tempo um homem que está a destruir o que quer que Hugo Chávez tenha criado.
Mas tal como vários ditadores, Maduro não aceita que a culpa possa ser sua e já prendeu mais de 100 pessoas por irem contra o seu plano económico (40% dos negócios do país já fecharam) e chegou mesmo a dizer para que os empresários do país não façam o mesmo que Cristiano Ronaldo, numa clara alusão aos problemas que o jogador português teve com o fisco espanhol.
Os venezuelanos estão a fugir para o Brasil mas o "país irmão" também não está a passar por uma boa situação. Depois de mais de 200 anos terem sido reduzidos a cinzas, o candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro foi esfaqueado durante uma acção de campanha no estado de Minas Gerais. Enquanto estava a ser levado em ombros um homem com uma grande faca, do género das facas de talhantes, aproximou-se do controverso candidato (que defende que todos os brasileiros tenham uma arma e é apologista da castração para conter a natalidade nas camadas mais pobres) e deu-lhe uma facada.
O antigo militar sofreu um grande choque hepático mas encontra-se fora de perigo. Jair Bolsonaro deverá ficar internado durante uma semana. Sou contra as ideias defendidas por Bolsonaro mas também não sou a favor do acto que este homem, que disse estar a seguir os comandos de Deus (nós fazemos coisas tão estranhas em nome do altíssimo), cometeu. Aliás, se acha que com isto ia parar Bolsonaro acho que se enganou redondamente e vamos ter ali o novo presidente do Brasil (isto porque Lula, que estava em primeiro nas sondagens, não se vai poder candidatar).
Temo o que poderá acontecer daqui para a frente neste país que está marcado entre a esquerda e a direita e onde parece não haver ninguém que seja uma alternativa para a cadeira de presidente.
Mas Bolsonaro, a quem muitos apelidam de Trump brasileiro, ainda não ganhou. Vou terminar a falar de alguém que é presidente e não inspira confiança a ninguém (já foram feitos livros e filmes sobre esta figura). Donald Trump viu ser escrito no The New York Times um editorial, assinado por um anônimo, onde se falava de uma bolsa de resistência a Trump dentro do próprio governo. Esta bolsa de resistência tenta minimizar algumas das decisões sem fundamento tomadas por Donald Trump.
Só que Trump, que já não gostava deste jornal (nem de qualquer outro órgão de comunicação social), não achou grande graça a este editorial e exige saber quem o assinou. Até já existem apostas para o nome do autor. Quem vocês acham que é este membro da resistência a Trump?

De: AR.



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