O aborto é um tema que está em voga na Argentina. A sociedade deste país está dividida em verde (a favor) e azul (contra) e depois de uma votação que durou várias horas (e que levou a algumas declarações polémicas, como foi a que o senador de Salta fez e onde disse que as violações não provocam, sempre, dor e sofrimento), o senado argentino chumbou (por 36 votos) um projecto de lei que pretendia tornar válido o aborto até às 14 semanas. Os procedimentos seriam pagos pelo estado.
Mas não nos deixemos enganar, pois mesmo que o aborto não seja legal não quer dizer que este não é feito. O aborto é feito quer os governos deixem ou não. A despenalização, tal como aconteceu em Portugal, serve para proteger a mulher e garantir que caso esta avance com um aborto (há um enorme conjunto de factores que pode levar uma mulher a abortar) não o faça num "vão de escada", onde a sua vida está em risco.
Pessoalmente, sou a favor do aborto e explico desde já o porquê. O corpo é meu, a decisão é minha! Se eu quiser abortar de um filho que não é desejado (e este pode não ser "querido" por ter acontecido devido a um aborto, a algum tipo de deficiência ou por não ter capacidades financeiras para criar esta criança), eu devo ter essa capacidade. Para mim, e o que vou dizer vai ser algo conturbado, é preferível abortar antes do nascimento, antes de dar o nome aquela criança ou ver o seu rosto, do que fazer com que aquele ser tenha uma vida de sofrimento.
Agora vão dizer que os fetos sofrem no momento do aborto. É verdade, também li o mesmo. Ele sofre mas não fala, não se queixa e, para mim, só "começa a contar" no dia do nascimento. Antes do parto, e até as 14 semanas deve ser possível abortar, decidir como queremos organizar a nossa vida. Essa é uma capacidade que deve ser dada as mulheres e não deve estar nas mãos do patriarcado ou dos políticos, como aconteceu na argentina.
Fora do parlamento, os activistas anti-aborto celebraram a decisão. Caso Caso a lei tivesse passado, a Argentina passaria a ser um dos poucos países da América Central e do Sul que permitem o aborto até às 14 semanas de gestação. Apenas Cuba, Uruguai, as Guianas e a Cidade do México legalizaram o aborto.
Mesmo esta lei não tendo sido votada, o governo, segundo alguns meios de comunicação argentinos, estuda a possibilidade de deixar de penalizar a mulher na reforma do Código Penal que está a ser preparada.
Depois deste chumbo, que continua a dividir o país e que já levou a confrontos entre os apoiantes desta medida (que são na sua maioria jovens) e a polícia, o parlamento só poderá votar esta proposta legislativa daqui a um ano. Por enquanto, na Argentina, só é possível realizar um aborto se a gravidez for furto de uma violação ou se a vida e a saúde da mulher estiver em risco.
De: AR.
Mas não nos deixemos enganar, pois mesmo que o aborto não seja legal não quer dizer que este não é feito. O aborto é feito quer os governos deixem ou não. A despenalização, tal como aconteceu em Portugal, serve para proteger a mulher e garantir que caso esta avance com um aborto (há um enorme conjunto de factores que pode levar uma mulher a abortar) não o faça num "vão de escada", onde a sua vida está em risco.
Pessoalmente, sou a favor do aborto e explico desde já o porquê. O corpo é meu, a decisão é minha! Se eu quiser abortar de um filho que não é desejado (e este pode não ser "querido" por ter acontecido devido a um aborto, a algum tipo de deficiência ou por não ter capacidades financeiras para criar esta criança), eu devo ter essa capacidade. Para mim, e o que vou dizer vai ser algo conturbado, é preferível abortar antes do nascimento, antes de dar o nome aquela criança ou ver o seu rosto, do que fazer com que aquele ser tenha uma vida de sofrimento.
Agora vão dizer que os fetos sofrem no momento do aborto. É verdade, também li o mesmo. Ele sofre mas não fala, não se queixa e, para mim, só "começa a contar" no dia do nascimento. Antes do parto, e até as 14 semanas deve ser possível abortar, decidir como queremos organizar a nossa vida. Essa é uma capacidade que deve ser dada as mulheres e não deve estar nas mãos do patriarcado ou dos políticos, como aconteceu na argentina.
Fora do parlamento, os activistas anti-aborto celebraram a decisão. Caso Caso a lei tivesse passado, a Argentina passaria a ser um dos poucos países da América Central e do Sul que permitem o aborto até às 14 semanas de gestação. Apenas Cuba, Uruguai, as Guianas e a Cidade do México legalizaram o aborto.
Mesmo esta lei não tendo sido votada, o governo, segundo alguns meios de comunicação argentinos, estuda a possibilidade de deixar de penalizar a mulher na reforma do Código Penal que está a ser preparada.
Depois deste chumbo, que continua a dividir o país e que já levou a confrontos entre os apoiantes desta medida (que são na sua maioria jovens) e a polícia, o parlamento só poderá votar esta proposta legislativa daqui a um ano. Por enquanto, na Argentina, só é possível realizar um aborto se a gravidez for furto de uma violação ou se a vida e a saúde da mulher estiver em risco.
De: AR.

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