Um grupo de investigadores do Centre for Functional Ecology (CFE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), do Institute for Game and Wildlife Research (IREC) e da Universidade Autónoma de Madrid (UAM) registaram, pela primeira vez, imagens de um conjunto de grifos a alimentarem-se.
Este registo foi feito de noite mas a realidade é que estas aves são diurnas e este comportamento pode representar uma resposta à escassez excecional de alimento, um factor já assinalado como causa de outros comportamentos atípicos em abutres, sugere o estudo publicado na revista "Ecology", da Ecological Society of America.
Estas fotos, captadas à noite, foram registadas na Cordilheira Cantábrica, no Parque Natural Somiedo (Espanha). Esta é a primeira vez em todo o mundo que são registadas evidências gráficas deste comportamento.
Patricia Mateo Tomás, investigadora do CFE que participou no trabalho científico, explica que "a escassez excecional de alimentos aumenta a competição entre os indivíduos. Esta competição intraespecífica pode aumentar quando os recursos favoritos, como por exemplo carcaças grandes, são escassos. Assim, alguns indivíduos podem passar a alimentar-se à noite para evitar a competição e aumentar a sua possibilidade de acesso a animais mortos, expandindo o seu nicho trófico".
Esta expansão "não é de todo um comportamento comum nesta espécie uma vez que só foi registado em 2 das 93 (2%) carcaças monitorizadas entre 2011 e 2014. No entanto, a alimentação noturna junta-se a outros comportamentos inesperados já relatados para esta espécie, como ataques a gado ou alimentação em aterros, que também estão relacionados com uma escassez de alimentos", explica a investigadora.
Os autores deste trabalho recomendam que "futuramente se preste mais atenção às possíveis consequências ecológicas e evolutivas que uma gestão ineficiente de carcaças animais, mediada pelo homem, como a implementada na Europa após o aparecimento da 'doença da vaca louca', ou o desaparecimento da agricultura tradicional, como a transumância,podem ter no nicho trófico de espécies de caça, como os abutres".
De: FG
Este registo foi feito de noite mas a realidade é que estas aves são diurnas e este comportamento pode representar uma resposta à escassez excecional de alimento, um factor já assinalado como causa de outros comportamentos atípicos em abutres, sugere o estudo publicado na revista "Ecology", da Ecological Society of America.
Estas fotos, captadas à noite, foram registadas na Cordilheira Cantábrica, no Parque Natural Somiedo (Espanha). Esta é a primeira vez em todo o mundo que são registadas evidências gráficas deste comportamento.
Patricia Mateo Tomás, investigadora do CFE que participou no trabalho científico, explica que "a escassez excecional de alimentos aumenta a competição entre os indivíduos. Esta competição intraespecífica pode aumentar quando os recursos favoritos, como por exemplo carcaças grandes, são escassos. Assim, alguns indivíduos podem passar a alimentar-se à noite para evitar a competição e aumentar a sua possibilidade de acesso a animais mortos, expandindo o seu nicho trófico".
Esta expansão "não é de todo um comportamento comum nesta espécie uma vez que só foi registado em 2 das 93 (2%) carcaças monitorizadas entre 2011 e 2014. No entanto, a alimentação noturna junta-se a outros comportamentos inesperados já relatados para esta espécie, como ataques a gado ou alimentação em aterros, que também estão relacionados com uma escassez de alimentos", explica a investigadora.
Os autores deste trabalho recomendam que "futuramente se preste mais atenção às possíveis consequências ecológicas e evolutivas que uma gestão ineficiente de carcaças animais, mediada pelo homem, como a implementada na Europa após o aparecimento da 'doença da vaca louca', ou o desaparecimento da agricultura tradicional, como a transumância,podem ter no nicho trófico de espécies de caça, como os abutres".
De: FG
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