Que as alterações climáticas são uma realidade, mesmo que alguns governantes globais não acreditem, ninguém dúvida e um estudo, que será publicado amanhã (dia 14 de Junho) na revista "Nature", defende que as mudanças na Antártida vão ter consequências no resto do planeta e na Humanidade.
Os autores deste estudo, que são todos vencedores do prestigiado prémio Tinker-Muse para a Ciência e Política na Antártida, são especialistas em diversas disciplinas científicas, incluindo biologia, oceanografia, glaciologia, geofísica, ciências climáticas e política. José Xavier, docente do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e investigador do Centro de Ciências do Mar e Ambiente (MARE), foi vencedor deste prémio em 2011 e é o único cientista português a participar neste artigo.
Este estudo contrasta duas narrativas sobre o futuro da Antártida, a partir da perspetiva de um observador em 2070 olhando para trás, para os últimos 50 anos. Cada narrativa realça as ramificações a longo prazo das decisões tomadas hoje. Todos estes cenários representam futuros alternativos plausíveis, em vez de previsões.
Na primeira narrativa apresentada, as emissões de gases de efeito de estufa continuam a aumentar, o clima continua a aquecer, e as ações políticas são poucas para responder aos fatores sociais e ambientais na Antártida.
Neste contexto de elevadas emissões, a Antártida sofrerá mudanças rápidas por toda a região, com consequências no resto do mundo: em 2070, o aquecimento causou o degelo e acelerou o aumento do nível global do mar, alterou os ecossistemas marinhos e o aumento ilimitado do uso humano na Antártida degradou o ambiente e introduziu pestes invasivas.
Na segunda narrativa apresentada, as acções ambiciosas são adoptadas para limitar as emissões dos gases de efeito de estufa e estabelece políticas para reduzir a pressão antropogénica no ambiente, abrandando a taxa de mudança na Antártida.
Neste contexto de baixas emissões, acções rápidas e efectivas para a redução de emissões de gases e implementação de políticas para minimizar mudanças na Antártida. As plataformas de gelo mantêm-se intactas, há um abrandamento do aumento do nível global do mar, os ecossistemas mantêm-se intactos e a pressão humana na Antártida é gerida apropriadamente.
O co-autor deste artigo, José Xavier, realça que esta pesquisa "permitiu-nos compreender quais são as grandes ameaças que enfrentamos hoje na Antártida, como o degelo e a acidificação dos oceanos, e também as suas consequências no resto do mundo, como no nível da água do mar global". O docente da Universidade de Coimbra alerta que: "o que se decidir politicamente em relação ao ambiente na próxima década vai ter consequências para as gerações seguintes. Ainda estamos a tempo de agir, mas está a escassear...".
De: FG
Os autores deste estudo, que são todos vencedores do prestigiado prémio Tinker-Muse para a Ciência e Política na Antártida, são especialistas em diversas disciplinas científicas, incluindo biologia, oceanografia, glaciologia, geofísica, ciências climáticas e política. José Xavier, docente do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e investigador do Centro de Ciências do Mar e Ambiente (MARE), foi vencedor deste prémio em 2011 e é o único cientista português a participar neste artigo.
Este estudo contrasta duas narrativas sobre o futuro da Antártida, a partir da perspetiva de um observador em 2070 olhando para trás, para os últimos 50 anos. Cada narrativa realça as ramificações a longo prazo das decisões tomadas hoje. Todos estes cenários representam futuros alternativos plausíveis, em vez de previsões.
Na primeira narrativa apresentada, as emissões de gases de efeito de estufa continuam a aumentar, o clima continua a aquecer, e as ações políticas são poucas para responder aos fatores sociais e ambientais na Antártida.
Neste contexto de elevadas emissões, a Antártida sofrerá mudanças rápidas por toda a região, com consequências no resto do mundo: em 2070, o aquecimento causou o degelo e acelerou o aumento do nível global do mar, alterou os ecossistemas marinhos e o aumento ilimitado do uso humano na Antártida degradou o ambiente e introduziu pestes invasivas.
Na segunda narrativa apresentada, as acções ambiciosas são adoptadas para limitar as emissões dos gases de efeito de estufa e estabelece políticas para reduzir a pressão antropogénica no ambiente, abrandando a taxa de mudança na Antártida.
Neste contexto de baixas emissões, acções rápidas e efectivas para a redução de emissões de gases e implementação de políticas para minimizar mudanças na Antártida. As plataformas de gelo mantêm-se intactas, há um abrandamento do aumento do nível global do mar, os ecossistemas mantêm-se intactos e a pressão humana na Antártida é gerida apropriadamente.
O co-autor deste artigo, José Xavier, realça que esta pesquisa "permitiu-nos compreender quais são as grandes ameaças que enfrentamos hoje na Antártida, como o degelo e a acidificação dos oceanos, e também as suas consequências no resto do mundo, como no nível da água do mar global". O docente da Universidade de Coimbra alerta que: "o que se decidir politicamente em relação ao ambiente na próxima década vai ter consequências para as gerações seguintes. Ainda estamos a tempo de agir, mas está a escassear...".
De: FG
PS: Fotografia de José Xavier.

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