Hoje foi um dia de emoções fortes, mas fortes mesmo (tipo daquelas em que se pode morrer), mas não há nada que um pouco de café+vinho tinto+moscatel (não falando da coca-cola do almoço) não resolva. Agora já estou mais calma e como tal pensei em escrever um pouco sobre a minha "singela" manhã.
Tudo começou com uma simples ida ao marisco e comigo a queixar-me que tinha frio nas mãos. Como ainda estávamos perto de casa, pedi a chave à minha mãe e decidi voltar a trás. Foi quando cheguei a casa que entendi que havia uma chave do lado de dentro da porta. Isto significava que estávamos trancados (o que já nem é a primeira vez. Da outra vez, tinha eu chegado da praia, o meu vizinho do lado teve que saltar de uma varanda para a outra e rastejar pelo meu quarto) e se o caso já era mau, tudo piora quando estamos no terceiro andar....
O que fazer quando se fica trancado fora de casa num terceiro andar?!...Uma pessoa normal responderia a esta pergunta com um simples: chamar os bombeiros. Foi exactamente nisso que pensei mas posso vos dizer que não foi o que aconteceu. O que aconteceu de seguida foi muito mais ruidoso e perigoso.
Primeiro, pedi emprestadas algumas ferramentas da minha vizinha e tentei desmontar a fechadura. Pensei que assim a chave caísse mas estava enganada. Agora, depois de todo o stress, é que compreendo que tem alguma lógica. É que tal se fosse possível faria com que fosse muito fácil assaltar uma casa. Bastava algumas ferramentas e seria possível tirar uma fechadura pelo lado de fora.
Se eu tentei virar carpinteira, o meu pai fez muito pior. Ele transformou-se num autêntico "Homem-Aranha". É verdade! Ele ligou a um amigo e com um conjunto de escadas e uma corda com um gancho conseguiu subir cerca de 13 metros. Esta é mais ou menos a altura que separa o chão da varanda do quarto do meu irmão, em pleno terceiro andar.
Devo dizer que nunca tive medo de alturas e até me considero uma pessoa forte (sou daquele tipo que só "quebra" depois do fim da guerra) mas naquele tempo enquanto tive que agarrar na escada e sentir todo o seu peso (que não é pouco) a bambolear em cima dela, senti um pânico único.
Tudo acabou em bem e depois desta aventura fomos todos às compras e agora estou eu aqui de robe a escrever um pouco sobre mais uma confusão de família. A verdade é que histórias como esta há muitas e, tal como o meu pai disse, também estava a achar que era bom demais para ser verdade que o ano ia acabar de uma forma calma e tranquila. É que nada é calmo e tranquilo nesta casa e muito menos na minha vida.
Para terminar, apenas vos digo para terem cuidado com os gestos mais pequenos pois nunca sabemos quando algo pode correr mal.
Bom ano!
De: AR.
Tudo começou com uma simples ida ao marisco e comigo a queixar-me que tinha frio nas mãos. Como ainda estávamos perto de casa, pedi a chave à minha mãe e decidi voltar a trás. Foi quando cheguei a casa que entendi que havia uma chave do lado de dentro da porta. Isto significava que estávamos trancados (o que já nem é a primeira vez. Da outra vez, tinha eu chegado da praia, o meu vizinho do lado teve que saltar de uma varanda para a outra e rastejar pelo meu quarto) e se o caso já era mau, tudo piora quando estamos no terceiro andar....
O que fazer quando se fica trancado fora de casa num terceiro andar?!...Uma pessoa normal responderia a esta pergunta com um simples: chamar os bombeiros. Foi exactamente nisso que pensei mas posso vos dizer que não foi o que aconteceu. O que aconteceu de seguida foi muito mais ruidoso e perigoso.
Primeiro, pedi emprestadas algumas ferramentas da minha vizinha e tentei desmontar a fechadura. Pensei que assim a chave caísse mas estava enganada. Agora, depois de todo o stress, é que compreendo que tem alguma lógica. É que tal se fosse possível faria com que fosse muito fácil assaltar uma casa. Bastava algumas ferramentas e seria possível tirar uma fechadura pelo lado de fora.
Se eu tentei virar carpinteira, o meu pai fez muito pior. Ele transformou-se num autêntico "Homem-Aranha". É verdade! Ele ligou a um amigo e com um conjunto de escadas e uma corda com um gancho conseguiu subir cerca de 13 metros. Esta é mais ou menos a altura que separa o chão da varanda do quarto do meu irmão, em pleno terceiro andar.
Devo dizer que nunca tive medo de alturas e até me considero uma pessoa forte (sou daquele tipo que só "quebra" depois do fim da guerra) mas naquele tempo enquanto tive que agarrar na escada e sentir todo o seu peso (que não é pouco) a bambolear em cima dela, senti um pânico único.
Tudo acabou em bem e depois desta aventura fomos todos às compras e agora estou eu aqui de robe a escrever um pouco sobre mais uma confusão de família. A verdade é que histórias como esta há muitas e, tal como o meu pai disse, também estava a achar que era bom demais para ser verdade que o ano ia acabar de uma forma calma e tranquila. É que nada é calmo e tranquilo nesta casa e muito menos na minha vida.
Para terminar, apenas vos digo para terem cuidado com os gestos mais pequenos pois nunca sabemos quando algo pode correr mal.
Bom ano!
De: AR.
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