sábado, 29 de dezembro de 2018

Um dia de emoções fortes.

Hoje foi um dia de emoções fortes, mas fortes mesmo (tipo daquelas em que se pode morrer), mas não há nada que um pouco de café+vinho tinto+moscatel (não falando da coca-cola do almoço) não resolva. Agora já estou mais calma e como tal pensei em escrever um pouco sobre a minha "singela" manhã.
Tudo começou com uma simples ida ao marisco e comigo a queixar-me que tinha frio nas mãos. Como ainda estávamos perto de casa, pedi a chave à minha mãe e decidi voltar a trás. Foi quando cheguei a casa que entendi que havia uma chave do lado de dentro da porta. Isto significava que estávamos trancados (o que já nem é a primeira vez. Da outra vez, tinha eu chegado da praia, o meu vizinho do lado teve que saltar de uma varanda para a outra e rastejar pelo meu quarto) e se o caso já era mau, tudo piora quando estamos no terceiro andar....
O que fazer quando se fica trancado fora de casa num terceiro andar?!...Uma pessoa normal responderia a esta pergunta com um simples: chamar os bombeiros. Foi exactamente nisso que pensei mas posso vos dizer que não foi o que aconteceu. O que aconteceu de seguida foi muito mais ruidoso e perigoso.
Primeiro, pedi emprestadas algumas ferramentas da minha vizinha e tentei desmontar a fechadura. Pensei que assim a chave caísse mas estava enganada. Agora, depois de todo o stress, é que compreendo que tem alguma lógica. É que tal se fosse possível faria com que fosse muito fácil assaltar uma casa. Bastava algumas ferramentas e seria possível tirar uma fechadura pelo lado de fora.
Se eu tentei virar carpinteira, o meu pai fez muito pior. Ele transformou-se num autêntico "Homem-Aranha". É verdade! Ele ligou a um amigo e com um conjunto de escadas e uma corda com um gancho conseguiu subir cerca de 13 metros. Esta é mais ou menos a altura que separa o chão da varanda do quarto do meu irmão, em pleno terceiro andar.
Devo dizer que nunca tive medo de alturas e até me considero uma pessoa forte (sou daquele tipo que só "quebra" depois do fim da guerra) mas naquele tempo enquanto tive que agarrar na escada e sentir todo o seu peso (que não é pouco) a bambolear em cima dela, senti um pânico único.
Tudo acabou em bem e depois desta aventura fomos todos às compras e agora estou eu aqui de robe a escrever um pouco sobre mais uma confusão de família. A verdade é que histórias como esta há muitas e, tal como o meu pai disse, também estava a achar que era bom demais para ser verdade que o ano ia acabar de uma forma calma e tranquila. É que nada é calmo e tranquilo nesta casa e muito menos na minha vida.
Para terminar, apenas vos digo para terem cuidado com os gestos mais pequenos pois nunca sabemos quando algo pode correr mal.
Bom ano!

De: AR.

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