Na segunda-feira tinha tudo mas hoje volta a não ter, novamente, nada. Voltei à maldita estaca zero e não tenho nenhuma porta para bater, o que me deixa louca! O governo diz que o desemprego desceu, que há cada vez mais trabalhadores mas isto não é bem assim. Pode mesmo haver mais pessoas a trabalhar mas estas recebem ordenados tão pequenos que são consideradas pobres. Pobres com um trabalho.
Mas eu nem a este luxo me posso dar pois não consigo passar dos estágios. Faço três meses mas depois, no final, dizem-me que ainda sou muito nova, muito "verde". Só que eu já tenho 26 anos e se continuar assim, à espera, é que não vou poder ter direito à reforma e à minha vida.
No início deste ano fiz uma lista de desejos. Essa lista até foi uma das últimas coisas que publiquei no meu blogue anterior. Um dos tópicos era finalmente conseguir tirar a carteira de jornalista. Só que para conseguir tirar esta carteira é necessário realizar um estágio pelo o IEFP e estes estágios são muito raros. Isto porque o desemprego só quer saber de nós para fazermos número.
Se queremos alguma coisa é preciso lutar por ela. Eu tenho me fartado de lutar mas nunca consigo nada. Quando sai do Infocul, no início deste verão, foi porque ali não chegaria a mais nenhum lugar, não tinha prazer naquilo que fazia. Assim que criei este blogue voltei a sentir prazer em escrever mas como o prazer não enche a barriga nem os bolsos de ninguém (isto porque se o fizesse a maioria das putas seria milionária), queria transformar este blogue em algo lucrativo mas a verdade é que não o tenho conseguido fazer, pelo menos não sozinha. Não vos estar aqui a explicar todo o modelo de negócio que criei para o "S na Rede" (expliquei tudo no YouTube) mas adoraria fazer deste projecto algo mas para tal necessitaria de ajuda.
Mas como não posso esperar que as coisas caiam dos céus, há três meses atrás aceitei um estágio, em tempo parcial, na "Mood Magazine". Este estágio seria, para além de ficar e conseguir sempre alguns "trocados", para a carteira mas para a carteira é necessário fazer um estágio seguido de nove meses e eu tenho declarações de dois estágios com três meses cada. A verdade é que eu tenho mais experiência mas esta não é seguida em nenhum lugar. É que sem esta carteira parece que é impossível conseguir alguma coisa.
Poucos dias depois de ter conseguido este estágio na Mood, apareceu a oportunidade de poder ir trabalhar para o jornal de Sesimbra, local onde comecei a minha carreira (se assim posso chamar a estes últimos anos). Mas depois de umas duas conversas, há três meses atrás, não obtive qualquer tipo de resposta. Esta era a minha última esperança e a verdade é que sem oportunidades, respostas às minhas inúmeras questões, eu sinto que estou a dar em louca.
Eu sempre gostei de trabalhar. Sempre gostei de seguir uma rotina, de ter um objectivo, e sinto-me sempre muito mal quando não tenho nada. Sinto-me incapaz. Sei que como eu, pessoas desempregadas e depressivas (quando estou a trabalhar sinto-me bem mas quando não estou sinto-me...vazia), existem aos milhares. Esta não é uma doença. Há pessoas que estão doentes, que têm que enfrentar doenças graves (eu sei o que isso é. Aconteceu-me há 10 anos atrás e foi um grande susto para todos nós), como é o caso do lutador da WWE Roman Reigns, que foi diagnosticado com leucemia.
Graças a deus que sou saudável mas...já não sei o que fazer. Já tenho medo de dizer o que eu quero em voz alta pois nunca se concretiza. Eu tenho sonhos, todos temos sonhos, mas acho cada vez mais difícil estes se concretizarem. Já sonhei em trabalhar em televisão, já sonhei em trabalhar na área do entretenimento, já sonhei trabalhar na área das viagens, já sonhei trabalhar com o desporto.
Sempre adorei desporto (mais ver do que fazer) e sou benfiquista desde pequenina (até tenho uma historia engraçada sobre como começou o meu benfiquismo mas este não é o local ideal para a contar. Talvez num outro texto), logo poder trabalhar para o Benfica seria um sonho. Estava ali no topo da lista, mesmo ao lado com a possiblidade de poder trabalhar para a RTP (o que dificilmente alguma vez irá acontecer).
Quando, ainda estava na faculdade, comecei a mandar CV'S para inúmeros órgãos de comunicação e outras entidades e um dos primeiros que enviei foi diretamente para o estádio da luz. Primeiro houve a oportunidade de fazer lá um estágio curricular mas a minha faculdade não deixou (por vezes penso como seria a minha vida se este estágio tivesse acontecido ou se não tivesse tirado as oportunidades no Correio da Manhã, Renascença ou África Today pela janela), depois cheguei a ir falar com alguém ligado ao departamento de comunicação (há uns dois anos, mais coisa menos coisa) e há duas semanas contactaram-me para uma futura oportunidade de emprego. Primeiro foi pelo telefone e depois foi mesmo lá no estádio. Eu já levei tantas negas que já não quero criar grandes expectativas com nada. Pelo menos tento mas é impossível não ficar excitada com a oportunidade de ir trabalhar no Benfica. Seria um sonho.
Alimentei esse sonho durante as últimas duas semanas mas na segunda-feira, mesmo dia em que soube que o meu estágio na "Mood Magazine" acabava ali, recebi um e-mail a agradecer a minha ida até às instalações mas eu não era...eu não preenchia o perfil pretendido. Eu nunca preencho o perfil pretendido. Sempre foi assim e acho sempre será. Não sairei daqui, dos lamúrios (pois este texto não é nada mais do que um grande lamúrio) online. Acho que esta é mesmo a minha sina.
É isto...
De: AR.
Mas eu nem a este luxo me posso dar pois não consigo passar dos estágios. Faço três meses mas depois, no final, dizem-me que ainda sou muito nova, muito "verde". Só que eu já tenho 26 anos e se continuar assim, à espera, é que não vou poder ter direito à reforma e à minha vida.
No início deste ano fiz uma lista de desejos. Essa lista até foi uma das últimas coisas que publiquei no meu blogue anterior. Um dos tópicos era finalmente conseguir tirar a carteira de jornalista. Só que para conseguir tirar esta carteira é necessário realizar um estágio pelo o IEFP e estes estágios são muito raros. Isto porque o desemprego só quer saber de nós para fazermos número.
Se queremos alguma coisa é preciso lutar por ela. Eu tenho me fartado de lutar mas nunca consigo nada. Quando sai do Infocul, no início deste verão, foi porque ali não chegaria a mais nenhum lugar, não tinha prazer naquilo que fazia. Assim que criei este blogue voltei a sentir prazer em escrever mas como o prazer não enche a barriga nem os bolsos de ninguém (isto porque se o fizesse a maioria das putas seria milionária), queria transformar este blogue em algo lucrativo mas a verdade é que não o tenho conseguido fazer, pelo menos não sozinha. Não vos estar aqui a explicar todo o modelo de negócio que criei para o "S na Rede" (expliquei tudo no YouTube) mas adoraria fazer deste projecto algo mas para tal necessitaria de ajuda.
Mas como não posso esperar que as coisas caiam dos céus, há três meses atrás aceitei um estágio, em tempo parcial, na "Mood Magazine". Este estágio seria, para além de ficar e conseguir sempre alguns "trocados", para a carteira mas para a carteira é necessário fazer um estágio seguido de nove meses e eu tenho declarações de dois estágios com três meses cada. A verdade é que eu tenho mais experiência mas esta não é seguida em nenhum lugar. É que sem esta carteira parece que é impossível conseguir alguma coisa.
Poucos dias depois de ter conseguido este estágio na Mood, apareceu a oportunidade de poder ir trabalhar para o jornal de Sesimbra, local onde comecei a minha carreira (se assim posso chamar a estes últimos anos). Mas depois de umas duas conversas, há três meses atrás, não obtive qualquer tipo de resposta. Esta era a minha última esperança e a verdade é que sem oportunidades, respostas às minhas inúmeras questões, eu sinto que estou a dar em louca.
Eu sempre gostei de trabalhar. Sempre gostei de seguir uma rotina, de ter um objectivo, e sinto-me sempre muito mal quando não tenho nada. Sinto-me incapaz. Sei que como eu, pessoas desempregadas e depressivas (quando estou a trabalhar sinto-me bem mas quando não estou sinto-me...vazia), existem aos milhares. Esta não é uma doença. Há pessoas que estão doentes, que têm que enfrentar doenças graves (eu sei o que isso é. Aconteceu-me há 10 anos atrás e foi um grande susto para todos nós), como é o caso do lutador da WWE Roman Reigns, que foi diagnosticado com leucemia.
Graças a deus que sou saudável mas...já não sei o que fazer. Já tenho medo de dizer o que eu quero em voz alta pois nunca se concretiza. Eu tenho sonhos, todos temos sonhos, mas acho cada vez mais difícil estes se concretizarem. Já sonhei em trabalhar em televisão, já sonhei em trabalhar na área do entretenimento, já sonhei trabalhar na área das viagens, já sonhei trabalhar com o desporto.
Sempre adorei desporto (mais ver do que fazer) e sou benfiquista desde pequenina (até tenho uma historia engraçada sobre como começou o meu benfiquismo mas este não é o local ideal para a contar. Talvez num outro texto), logo poder trabalhar para o Benfica seria um sonho. Estava ali no topo da lista, mesmo ao lado com a possiblidade de poder trabalhar para a RTP (o que dificilmente alguma vez irá acontecer).
Quando, ainda estava na faculdade, comecei a mandar CV'S para inúmeros órgãos de comunicação e outras entidades e um dos primeiros que enviei foi diretamente para o estádio da luz. Primeiro houve a oportunidade de fazer lá um estágio curricular mas a minha faculdade não deixou (por vezes penso como seria a minha vida se este estágio tivesse acontecido ou se não tivesse tirado as oportunidades no Correio da Manhã, Renascença ou África Today pela janela), depois cheguei a ir falar com alguém ligado ao departamento de comunicação (há uns dois anos, mais coisa menos coisa) e há duas semanas contactaram-me para uma futura oportunidade de emprego. Primeiro foi pelo telefone e depois foi mesmo lá no estádio. Eu já levei tantas negas que já não quero criar grandes expectativas com nada. Pelo menos tento mas é impossível não ficar excitada com a oportunidade de ir trabalhar no Benfica. Seria um sonho.
Alimentei esse sonho durante as últimas duas semanas mas na segunda-feira, mesmo dia em que soube que o meu estágio na "Mood Magazine" acabava ali, recebi um e-mail a agradecer a minha ida até às instalações mas eu não era...eu não preenchia o perfil pretendido. Eu nunca preencho o perfil pretendido. Sempre foi assim e acho sempre será. Não sairei daqui, dos lamúrios (pois este texto não é nada mais do que um grande lamúrio) online. Acho que esta é mesmo a minha sina.
É isto...
De: AR.
Sem comentários:
Enviar um comentário