quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Apu sai dos "Simpsons".

Depois de três décadas repletas de gargalhadas, o Apu (que é dono de uma loja de conveniência e tem um "batalhão" de filhos) vai sair dos "Simpsons". Esta saída não se deve ao facto de a personagem não ser divertida, longe disso. Esta saída aconteceu devido a um movimento online, nos Estados Unidos, que se opôs à forma "desrespeitosa" como é apresentado. Para estas pessoas, o facto de ser dono de uma loja de conveniência e ter uma família numerosa é um preconceito em relação à forma como são vistos os indianos, que têm uma grande vocação para o comércio.
Esta noticia apanhou-me algo de surpresa e admito que fiquei um pouco triste mas também me fez pensar na forma como as minorias são representadas nos órgãos de comunicação social e nos meios de entretenimento.
Para mim, tirar o Apu é algo de muito radical. Se fosse para mudar a forma como Apu é apresentado, punha-o a ganhar a lotaria ou de repente descobria-se que ele é um sultão indiano.
Para mim estamos a dar muita importância a uma personagem de uma animação. Pode ser um dos programas em exibição há mais tempo do mundo mas no fim de contas nada mais é do que um desenho animado. Só que a ficção costuma imitar a realidade e a verdade é que as minorias continuam a ser apresentadas de uma forma errada. Estamos muito melhor mas continuam a ser apresentados de uma forma errada.
Acho que já "caminhamos" bastante neste processo, pelo menos quando comparado com há uns anos atrás, altura em que todos os alentejanos eram lentos e as louras burras, mas ainda falta muito para fazer. Num mundo ideal estariam representados nas nossas televisões, e de forma semelhante, pessoas de cor, estrangeiros, ciganos ou pessoas da comunidade Gay/LGBT. Mas isso seria num "mundo ideal. Isto porque a maioria dos jornalistas, apresentadores e actores (falando apenas sobre os profissionais que aparecem na sua televisão) são de raça branca.

De: AR.

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