sexta-feira, 6 de julho de 2018

Os 90 anos das concessões de jogos nos casinos portugueses estiveram em debate no Casino Estoril.

A Galeria de Arte do Casino Estoril foi o palco da conferência "Os 90 Anis das Concessões de Jogo nos Casinos Portugueses". Esta conferência, que uniu um distinto painel de oradores, falou sobre o momento actual da indústria dos jogos e quais os desafios existentes a nível nacional e internacional.
Numa intervenção sobre O Jogo Online - Interacção com o jogo de base territorial, António Vieira Coelho, Administrador da Estoril Sol, recordou O primeiro objectivo quando, há 4 anos atrás, resolvi propor o nosso envolvimento no Jogo Online, foi o de potenciar a criação de novos clientes para os Casinos do Grupo, no caso o Estoril, Lisboa, e também o da Póvoa”.
É um problema com que esta actividade se depara: a renovação dos seus clientes. A Estoril Sol, foi e é pioneira na Europa deste tipo de Casinos: espaços onde o Jogo se assume como uma actividade de divertimento, ao lado da restauração, dos espectáculos musicais, de variedades, do teatro, das discotecas, da arte, enfim de toda uma panóplia de actividades de qualidade de carácter lúdico, e onde a cultura pontua com as atribuições anuais de vários prémios literários, de prémios de pintura, e de publicações editoriais de reconhecido mérito internacional, explicou Vieira Coelho.
Prosseguiu dizendo que, Paralelamente, a Estoril Sol reforça toda esta intervenção social, com apoio efectivo a dezenas de eventos anuais de solidariedade, através do mais variado tipo de organizações dedicadas para este fim. E raramente publicitamos estes apoios sociais. É esta a nossa maneira de estar. Mas, estando regulamentada, e sendo praticada por empresas com elevado sentido ético e de responsabilidade social, como o temos vindo a demonstrar, desde há pelo menos 60 anos (A propósito, a Estoril Sol faz este ano 60 anos como empresa), esta questão não se põe, e deve ser vista como uma boa prática, que aufere para o Estado em impostos, quantias que financiam cerca de 70% do Turismo de Portugal, e além disso se evidencia criando espaços turísticos incontornáveis de reconhecido valor nacional e até internacional, como é o caso do Casino Estoril e Casino Lisboa.
Vieira Coelho sublinhou que: Já agora: ao se aproximar já em 2020, um obrigatório e quase certo Concurso Público internacional, para as Concessões de Jogo do Estoril e por extensão ao de Lisboa, espero bem que o Estado Português tenha esta irrepreensível actuação da Estoril Sol em boa conta, e não a vá pôr atrás de meros interesses económicos só porque um qualquer grupo económico mais ou menos obscuro vindo não se sabe de que parte do Mundo, porque dá mais dinheiro, fica com a Concessão.
Mário Assis Ferreira, o moderador deste painel, protagonizou várias reflexões sobre o sector sublinhando que, perante a realidade actual do jogo, adivinham-se grandes desafios, obrigando-nos a ser, primeiro alunos e, depois, estudantes permanentemente aplicados, pois o sector do jogo está em permanente e vertiginosa mutação. Só com um estudo contínuo, acompanhando a evolução do mercado e assente na convicção de que, num casino, tudo o que está bem é porque está, também, obsoleto, será possível alcançar o estatuto de uma referência de prestígio nacional e internacional.
Renato Morais, director da direcção de jogo do Casino Estoril, reflectiu sobre O impacto do Poker nos casinos portugueses: passado, presente e futuro. Renato Morais recordou os anos de proliferação do jogo de poker sem estar legalizado. Bem esteve a Estoril Sol ao aceitar este novo desafio, à altura do seu pioneirismo e inestimável vanguardismo para o desenvolvimento da indústria de jogo em Portugal. De facto, a popularidade e a forte demanda do poker podem constituir uma oportunidade para melhor uso de espaços físicos generosos em casinos caracterizados pelas suas grandes dimensões. Por exemplo, actualmente o Casino Estoril acolhe, por ano, mais de 18 mil inscrições em torneios de poker, distribuídas por mais de 3000 jogadores diferentes estimando-se um acréscimo de outros tantos acompanhantes que, possivelmente, não viriam ao Casino.
No encerramento desta conferência, António Jorge Lé, director artístico do Casino Figueira, dissecou o tema: Os Espectáculos dos Casinos do Século XX. Jorge Lé considerou Mário Assis Ferreira como o fundador da mudança de paradigma dos espectáculos de Casinos no séc: XX. () Desde a década de oitenta, o Casino Estoril passou a ter uma maior e mais intensa actividade artística e cultural, sendo, posteriormente, copiado por outros casinos nacionais. Jorge Lé referiu, ainda, que o Casino Estoril distinguiu-se de todos os outros casinos pela sua oferta impar. Organizou concertos com grandes artistas internacionais, magníficos espectáculos de exibição diária e relevantes exposições na Galeria de Arte".

De: FG

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